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Tudo o que Yaru não queria aconteceu, ele estava sendo obrigado a tocar a espada Alma, que faz qualquer um falar apenas a verdade. Todos estavam lá, Raphael, Magnus e um monte de gente desconhecida.

Raphael tinha sei coração em pedacinhos vendo Yaru naquele estado, preso com correntes nos pés, uma corrente no pescoço e algemas nas mãos. Yaru estava muito envergonhado e humilhado, nem se longe parecia o homem forte e poderoso que Raphael conheceu e pelo qual se apaixonou perdidamente, quebraram seu amor, e isso doía muito nele.

- Vamos começar o interrogatório. Alec

Yaru estava à direita de Alec de frente pra todos.

- Pra começar, diga qual é o seu nome de onde você veio. Alec

- Sou do Brasil, da Aldeia se Índios Parecis. Me chamam de Yaru, mas eu não tenho um nome, ninguém se importou o suficiente comigo pra me dar um nome. Yaru significa filho de ninguém em Parecis. Yaru

- Porque quis entrar pra academia de Shadowhunters? Alec

- Queria me tornar alguém digno de ser amado e aceito pelo meu pai. Yaru sofria por se aproximar da pergunta que não queria responder.

O "acusado"era breve em suas respostas, deixando todos frustrados.

- Qual demônio é os eu pai? Alec

- Meu pai é um feiticeiro, não um demônio. Yaru

- Impossível, feiticeiros não podem reproduzir, explique-se. Alec

- Há 300 anos atrás, um grupo de 3 feiticeiros estavam em expedição pelo Brasil, acharam por acidente nossa Aldeia, lá morava a minha mãe, ele era filha do pajé, conhecedora de ervas poções, ele queria fazer uma poção de transferência de poderes, ela queria roubar a imortalidade de um dos feiticeiros, mas a poção deu errado uma das ervas estava errada, e a poção virou uma poção de fertilidade, minha mãe se deitou com o feiticeiro e eu fui concebido. Depois que nasci, minha mãe foi embora em busca do seu sonho de imortalidade e me deixou na aldeia. Yaru

- Como sabe quem é o seu pai? Alec

- Soube por meu avô. Yaru

- Quem é seu avô? Alec

- Asmodeus. Yaru

Todos estavam em choque, principalmente Magnus que não estava conseguindo entender nada, seu pai? Será que ele tinha um irmão e não sabia?

Raphael podia ver a dor em cada palavra que Yaru dizia, ele sabia como era difícil Yaru dizer cada palavra.

- Como conheceu Asmodeus e qual a sua relação com ele? Alec

- Quando saí da aldeia, fiquei vagando sem rumo um tempo até achar um grupo de feiticeiros que me disseram o que eu era, e me ajudaram a usar a minha magia, Asmodeus soube sobre mim e veio me procurar, ele queria que eu ajudasse ele com coisas em Edon. Ele me treinou, me ensinou a forma correta de ser um Feiticeiro, como deveria falar, agir e usar minha magia. Eu aceitei em troca de saber quem era meu pai, então descobri que ele planejava nunca me contar e me prender em Edon, então cortei relações com ele e não vi ele mais. Yaru

Grande surpresa, Magnus pensou, Asmodeus só pensava em dominar Edon e nada mais.

- Quem é seu pai? Alec já sabia a resposta, mas entendia que Yaru precisava falar, e Magnus precisava ouvir.

Yaru não queria falar, ele tentou lutar, mas a magia da espada estava queimando em sua pele o obrigando a falar, ele não pôde suportar a dor e acabou falando entre dentes.

- Magnus Bane. Yaru

Houve um grande silêncio em toda a sala, e nesse momento Jeremiah chegou, a tempo de ouvir Yaru dizer o nome do pai.

Magnus foi tomado de uma grande surpresa, sua memória o levou de volta aquela aldeia e a estranha índia com quem viveu uma quente noite de amor. Olhou pra Yaru e pode ver a semelhança na cor da pele, no formato do rosto, não se lembrava do rosto de sua mãe ,mas imaginava que tinha muita dela nele também.

- Prove. Alec não queria nenhuma dúvida, era sobre Magnus e ele faria de tudo pelo marido.

Yaru olhou pra Rafael que tinha os olhos marejados, e um semblante surpreso. Não se atreveu a olhar para Magnus, se sentiu humilhado demais. Mas pra acabar logo com aquilo, ele simplesmente olhou pra frente, e deixou seus olhos de gato à mostra pra quem quisesse ver.

Magnus não tinha mais dúvidas, Yaru era seu filho, ele era tudo o que ele pediu todos esses séculos, ele era seu filho. O garoto que ele acusou, que ele desprezou e humilhou era seu filho, tinha seu sangue, era parte dele. Ele errou com a pessoa que mais deveria amar e proteger.

Raphael queria ir até Yaru e abraçar ele, tirar ele daquele palco de show de horrores, queria sumir com ele dali e nunca mais deixar que ele sofresse.

- Porque veio para o instituto? Alec

- A Juíza Penhallow me enviou. Yaru

Nesse momento, Gia interrompeu para defender Yaru.

- Ele diz a verdade, eu enviei ele e Raphael para prender a quadrilha de traficantes, depois que soubemos da prisão de Yaru sabiamos que era uma armadilha, e fomos atrás da chefe da quadrilha Camille , ela está presa agora e eu vim inocentar Yaru, por favor soltem o rapaz. Gia Penhallow

Alec acenou e os guardas soltaram Uai, que permaneceu imóvel e de cabeça baixa, Raphael não se controlou e correu para os braços de Yaru, que quando sentiu Raphael em seis braços desabou em um choro de profunda dor. Jeremiah se aproximou e também abraçou o amigo, deixando Magnus curioso sobre a relação dos dois.

Raphael e Jeremiah levaram Yaru, ele foi pro antigo quarto dos dois.

- Desculpe meu amigo, eu não consegui chegar a tempo de impedir. Jeremiah

- Tudo bem, agora já está feito. Yaru

- O que quer fazer agora Mi Cariño? Raphael

- Quero ir pra casa, pra minha cabana no meio da floresta. Yaru

- Me deixe ir com você? Raphael tinha medo de Yaru não deixar ele ficar do seu lado nesse momento, estava nervoso só de pensar em ficar longe de Yaru depois de tudo que ele passou.

- Claro meu bem, eu não ia deixar você, já disse que é o meu mundo e eu o seu sol que gira em torno de te fazer feliz. Yaru.

- Yaru, e seu pai... Jeremiah

- Não posso, não agora. Não posso lidar com isso Jeremiah, por favor, apenas me entenda. Yaru

- Claro que eu entendo, vou cuidar de tudo. Jeremiah

Yaru abriu um portal pra sua cabana e ele e Raphael passaram por ele. Jeremiah sabia que Magnus que já estava arrasado ficaria ainda pior. Ele saiu pela porta e encontrou todos lá esperando, e Magnus com um olhar cheio de expectativa.

- Onde ele está? Magnus

- Sinto muito Magnus, ele se foi.

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