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Os lábios de Yaru tem um efeito estranho no meu corpo, nunca senti essas sensações antes, nem mesmo com Isabelle, que foi a pessoa por quem mais tive carinho. Mas o que eu sentia por ela, era um carinho imenso, um desejo de cuidar e de proteger, ela me transmitia muita paz e deixava meu espírito mais leve.

Já Yaru deixava seu corpo quente, suas pernas perdiam a força, sua pele formigava, e a única coisa que ele pensava era que queria mais.

Os dois estavam sozinhos naquele quarto, sem mais ninguém por perto, nem ninguém pra interromper , Raphael achou que Yaru continuaria só beijando ele, mas na verdade Yaru começou a passar as mãos por todo o seu corpo, suas mãos e boca estavam por toda parte. Raphael gemia com as novas sensações que estava sentindo, Yaru também soltava suspiros e gemidos roucos de prazer, então uma coisa aconteceu, algo que não acontecia a muito, muito tempo. Ele teve uma reação. Raphael se assustou com a forma que Yaru fazia seu corpo reagir.

Yaru estava surpreso com a sua falta de controle, não conseguia tirar as mãos de Raphael e quanto mais explorava seu corpo mais queria ter ele por completo, Raphael despertou nele uma paixão que ele nunca sentiu, um desejo que ele só viu nos olhos de outras pessoas, geralmente seus parceiros, mas agora cada dobra do seu corpo desejava estar dentro de Raphael como se aquile fosse o seu lugar.

Assustado com a reação de seu próprio corpo, Raphael interrompeu o beijo, e se afastou um pouco de Yaru.

- Isso foi... intenso. Yaru

- Muito intenso, mas agora a gente tem que ir pra sala de treinamento. Raphael

- Tudo bem, vou deixar você em paz por um tempo, mas vamos continuar isso mais tarde, afinal, você não vai poder fugir de mim essa noite. Yaru

Se o objetivo de Yaru era deixar Raphael envergonhado e ansioso, ele conseguiu. Raphael mal se concentrou no treino, e levou várias broncas de Simon, que estava se divertindo em chamar a atenção de Raphael que antes era como se fosse seu superior, e agora ele é quem era o superior, não poderia dizer o quanto estava feliz.

Yaru pra variar, foi perfeito em tudo, lutou com precisão e agilidade, como se nada o preocupasse ou deixasse ele ansioso. Enquanto Yaru dava seu show, Raphael olhava em volta pra ver se encontrava alguém suspeito de ser o infiltrado do clã dos vampiros, ele observou bastante e viu 3 suspeitos em potencial, ele conversaria com Yaru depois pra decidir o que fariam a seguir.

No final do dia, depois do treinamento, eles foram escolher suas armas, Raphael escolheu uma adaga pequena, combinava com ele e elle sabia usar muito bem, Yaru concordou com a escolha dele. Todos deveriam estar pensando que Yaru escolheria um arco com flechas ou algo assim, mas ele escolheu uma lança. Era apenas um pequeno bastão que cabia no bolso, mas quando apertava um mecanismo, ela ficava maior dos dois lados e na porta havia uma lâmina tão afiada que poderia cortar um fio de cabelo em dois.

Satisfeitos com suas armas, eles foram conhecer a sala de operações e mais algumas pessoas, não demorou muito já estavam todos no refeitório, ao contrário de Yaru, Raphael está a muito a vontade, e fazia amizades com facilidade, Yaru só ia na onda dele, mas falava o mínimo possível, mas ao invés de desencorajar isso despertava ainda mais o interesse das pessoas. De uma Shadowhunters em participar inclusive.

Raphael percebeu que era a décima vez que aquela mulher tocava o braço de Yaru, sim ele contou, ela falava com ele de forma melosa, ela queria ser sedutora mas na opinião de Raphael ela estava sendo ridícula.

- Yaru querido, quer comer purê?

- Ele não gosta de purê. Raphael falou seco.

- Sinto muito, e camarão você quer?

- Ele é alérgico.

- Oh, bem, existe alguma coisa que você gostaria de saborear?

A piranha estava inclinada sobre a mesa, apertando aqueles seios siliconados dela e quase esfregando eles na cara do Yaru. Raphael estava se segurando ao máximo pra não fazer uma cena.

- Bom, eu já estou satisfeito por hoje, boa noite. Raphael falou e se levantou indo em direção ao quarto.

Ele chegou e foi direto pro banho, demorou bastante no chuveiro, e achou que quando ele saísse Yaru já estaria lá, mas a sua raiva só aumentou quando ele viu que não havia ninguém ali além dele. Raphael começou a imaginar Yaru com aquela morena sem sal, e isso estava deixando ele maluco, como ele poderia flertar com Raphael e beijar ele daquele jeito, só pra depois trocar ele pela primeira piranha que aparecesse.

Demorou exatos 23 minutos pra que Yaru chegasse, e assim que chegou ele teve que lidar com a cara emburrada de Raphael.

- Posso pelo menos tomar banho antes de você me matar? Yaru

- Deve estar louco pra tirar o cheiro daquele puta de você não é? Raphael

- Não estou entendendo, mas depois do meu banho você explica. Yaru

Depois de um banho rápido Yaru saiu apenas de toalha, Raphael ficou furioso, como aquele Índio de araque pensa que vai distrair ele só com aqueles músculos a mostra, ou aqueles cabelos molhados espalhado pelas costas, ou até mesmo aquele abdômen definido, com aqueles gominhos e aquela marca em V marcando a virilha, e aquele rosto lindo com olhos profundos e...

- Vai me contar o que tá acontecendo? Yaru

- Conta você como foi ficar com aquela piranha! Raphael

- Eu não fiquei com ninguém, não preciso porque eu tenho você. Yaru

- Você não me tem coisa nenhuma, e não vem mentir pra mim, porque você demorou tantão? Yaru

- Bom, vou te dar um desconto porque você não deve saber, mas eu preciso de mais que 20 minutos na cama com alguém. E eu demorei porque um certo senhor estressadinho deixou seu prato sujo na mesa e saiu, então eu tive que tirar e lavar o seu prato e o meu, por isso eu demorei.

Raphael ficou vermelho de vergonha e não sabia o que dizer, então disse o óbvio.

- Obrigada. Raphael

- Hum, sabe você brigou comigo injustamente, me acusou, e foi grosso comigo, acho que vou querer mais que só um pedido de desculpas. Yaru

- E o que você quer? Raphael

- Pra começar, um beijo....

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