Eram 12h30, hora do pico, a chuva havia abaixado, então olhei minha bolsa e peguei alguns currículos, eu estava em frente ao "The Carter's restaurant" o melhor restaurante da cidade, eu poderia trabalhar como garçonete ou auxiliar de limpeza.
Quando eu estava ainda cursando a faculdade de pedagogia, eu fazia muito desses bicos, eu agora estava com 22 anos, uma idade péssima, pois muitos me achavam muito nova e não me davam confiança.
Ao entrar no restaurante, meu olhar vagava pelo ambiente, observando os detalhes e as pessoas ao meu redor. Foi então que algo familiar chamou minha atenção um homem virado de costas para mim, mas algo em sua postura ou talvez em sua silhueta parecia estranhamente familiar. Uma sensação de déjà vu percorreu minha mente, e um leve arrepio percorreu minha espinha enquanto tentava decifrar o que poderia ser essa semelhança.
– Posso ajudar – diz uma garota, fazendo eu perder o interesse no rapaz
Seu cabelo era grande e preto, e seus olhos eram azuis, ela era um pouco pálida, e de uma estatura baixa.
– vocês tão contratando? – pergunto na mesma hora
– por enquanto não, desculpe – diz com um leve suspiro
– haa – susurro meio tristonha indo em direção à saída.
Ao sair do restaurante, distraída em meus pensamentos, esbarrei em uma garotinha, fazendo-a cair. O coração apertou ao ouvir seu choro, e meu estômago se revirou de culpa. A menina, com sua pele branquinha e olhos azuis como o céu, parecia ainda mais vulnerável no chão. Ajoelhei-me ao seu lado, sentindo um aperto no peito ao ver seu joelho avermelhado pelo impacto. Um misto de preocupação e arrependimento inundou meu ser, enquanto buscava consolar a pequena desconhecida.
– Calma princesa! Já vai sarar, venha – disse entrando no banheiro. Peguei um papel e molhei, e passei em seu joelho
– Está melhor? – perguntei com um certo receio
– um pouco – disse meio chorosa.
– olá, está tudo bem aqui – um homem alto e magro perguntou chegando em nosso encontro – ouvi um barulho – continua
– há sim, vou levar ela para seus pais – digo me levantando do chão em que a linda menininha estava
– Se precisar de algo pode falar
– ok, muito obrigada
Assim que ele se foi, olho novamente para a garotinha e pego sua mão pequena
– Cadê seus pais? Quer que eu te leve até eles? – perguntei
– Sim! Brigada – diz ainda meio envergonhada
A menininha levou-me até uma mesa onde o vi...
Ao me aproximar, observei-o sentado com sua postura séria e seus cabelos desalinhados conferindo-lhe um charme peculiar. Seu foco no notebook era evidente, mas algo na maneira como ele se inclinava levemente em direção à mulher ao seu lado me intrigava. Ela parecia mais velha, e a cena despertou em mim uma sensação de curiosidade misturada com um lampejo de inveja, imaginando qual seria a relação entre os dois. Um turbilhão de emoções me invadiu, enquanto eu lutava para não deixar transparecer minha curiosidade.
"É ele! o moço que esbarrei pensei"
Quando chegamos em sua mesa, tentei soar normal.
– Papai – disse a menina
– Onde você estava! – Diz bravo – E quem é essa? De novo você, está me seguindo? – seus olhos estavam com uma fúria inexplicável
– É.... É que sua filha havia caído no chão, então passei uma água em seu joelho – Disse com hesitação – Mais ela não chorou muito – terminei
– que bom! Só foi um arranhão – diz a mulher ao seu lado, e então sorrio para a mesma
– Então pode sair ou vai querer algo em troca – seu tom era indiferente e o mesmo nem se quer me olhou
– como? algo em troca – falo confusa
– Você é surda ou oque? quer dinheiro, aposto que precisa – sua voz aumentou novamente isso fez com que eu ficasse com medo e me recuasse
– não eu não... não quero nada.
– Então porque ainda está aqui – Ele olhou para mim e em seguida olhou para fora do restaurante, fazendo com que eu saísse de lá o mais rápido possível.
Eu estava assustada nunca havia sido tratada daquela forma e muito menos com pessoas me olhando com um olhar de vergonha por mim, meus olhos estavam lacrimejando relembrando da cena. Mais quando estava indo para casa a mulher que estava junto ao homem, veio até mim.
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Atualizado até capítulo 27
Comments
iranete teofilo
Mal educado esse homem, E a moça só quis ajudar a filha dele e ele tratou ela tão mal, mais a vida é assim. Vida que segue.
2024-05-30
5
Teresa Jordão
detesto esses homens grosseiro.
2024-05-30
0