UM MAL ENTENDIDO parte II

Chego no curso e a galera boa parte já está e interagindo. Rodrigo também está em sala e organizando o seu notebook e data show para aula.

Vejo que todos param quando eu chego mas meus olhos fixam naqueles olhos penetrantes que parecem que travaram nos meus.

Fico sem graça mas não fiz nada de mais.

Coloquei um vestidinho básico apenas, o meu perfume de sempre. Quando ouvi assovios e cantadas. Eu já tinha percebido que alguns dos meninos sempre falavam algo mais e eu nem considerava. Porém percebi que o Rodrigo não gostou muito e deu uma cortada nos meninos e no sr Paulo que estava me comendo com o olhos. Nossa que vergonha!

Vejo as meninas de shorts, saia curta e nunca vi esse fuzué todos. Quando olho para o lado vejo que a Jéssica está me fuzilando e dessa vez eu não fui nada simpática.

Sento e o Rodrigo não tira os olhos de mim até que somos tirado do transe com os meninos falando

- eita lindão...

- Belo casal...

Meus olhos se voltam para projeção que me parece mais um tapa na cara ou um balde de água fria. Na tela estava a foto dele e da esposa no dia do casamento deles.

Nossa, não sei como explicar como me senti naquela hora. Por que além do choque da foto ainda tinha que aguentar a voz irritante daquela menina falando sobre ele e a esposa novamente.

Não consigo me conter e já vou logo dando uma resposta, e a tuema toda entra no mesmo ritmo e ela ficou toda sem graça.

O professor começa a aula e percebo que fica me observando mas não olho pra ele.

Me seguro e finjo receber uma ligação, peço licença e saí da sala, corro para o banheiro.

Não posso chorar! Não posso chorar! Não posso dar bandeira para turma mas porque tô assim? Ele não é nada meu e meu Deus, ele ainda está casado? e agora? Que confusão estou me metendo minha a gente...

Volto pra sala, sento em meu lugar, ele já me pergunta se tá tudo bem. Respondo que sim.. evito o tempo todo olhar pra ele.

Toca o intervalo e todos saem para. Eu saí rápido pois depois do ocorrido sei que os meus planos para o final de semana deu ruim... e pelo que percebi nem me olhar mais ela conseguiu na aula. Corri pra fazer uma ligação encomendando uma cestinha de chocolates. Preciso dar um jeito dela não desistir do nosso final de semana e assim explicar tudo pra ela como já era minha intenção. Quando encomendo a sexta peço pra para a entrega ser rápida.

Depois vou tomar meu cafezinho e volto para sala. Ela estava lá envolvida em pensamentos, triste e cabisbaixa. Que droga! Já não deve estar fácil a situação dela, tudo que tem passado e ainda dou essa mancada.

Eu preciso desfazer isso. Passo por ela e falo:

- oi Letícia não saiu para o intervalo?

- Não. ela respondeu e virou a cabeça para o lado e fala com a Fabi que estava com dor de cabeça e se ela tinha algum remédio?

- Não está se sentindo bem Letícia?

- a minha cabeça está doendo.

Fabi me deu um comprimido e pedi licença pra sair da sala e tomar o remédio.

Ela volta para a sala de atão e o restante da aula transcorre de forma mecânica. Minha linda era sempre tão alegre, envolve a turma, ela faz todos participarem, e eu também. Mas confesso que me abati com tudo que aconteceu. Não queria ter magoado ela mesmo que não aconteça mais nada entre Nós. Mas não quero vê-la triste.

Chega a encomenda e Rosane, a recepcionista, chama por ela e entrega na sala mesmo a cestinha de chocolates.

A rosane diz:

- Letícia, mandaram entregar pra você.

Jessyca mais uma vez é inconveniente.

LETICIA

quando volto a turma toda para e começa a zoação.

- Prá mim? (levo um susto e vou buscar)

- Sim... tem gente que é muito apaixonado por você gata.

- Vai pensando amiga. Isso é porque faz besteira e depois fica querendo se achegar.

Jessyca - você tem o quê hein garota? Mel é?

- Como é que é? Você tá querendo experimentar é garota? Se enxerga.

e todos riem novamente.

Sento e peço desculpas ao professor e vejo que tem um bilhete que diz assim:

_ Não desiste do nosso encontro. Explico tudo pessoalmente mas me dá essa chance.

Permaneço com os olhos abaixados e não consigo olhar para ele. Guardo o cartão, pego um bombom e como devagar prá provocar ele, mesmo sem levantar os olhos.

Que raiva e que Vontade de ir pra casa.

Vejo que o horário vai ser aproximando e começo a me organizar para quando acabar a aula eu já partir pra minha casa e assim fiz

Quando tocou fui a primeira a sair da sala. Dei tchau correndo para a turma e fui para o meu carro em segui para casa.

RODRIGO

Vejo Rosane trazer a encomenda. ufa!!! já estava com medo de não chegar a tempo.

Ela leva um susto quando Rosane chamou seu nome.

A turma tirou uma resenha, ela respondeu a Jessyca, que mais uma vez foi inconveniente com ela e pede desculpa por ter "atrapalhado" a minha aula.

Vejo que encontrou o bilhete e leu de cabeça baixa, não esboçando reação a não ser pegar um chocolate e comer com tanta força que eu não soube entender.

Sserá raiva ou uma provocação. Espero que seja provocação!

Tocou o sinal, eu me atrapalho todo com a organização do material para desmontar. Quando vejo ela já foi.

E agora?

Hoje não vou prá casa. Não quero ver a Dayane e nem ninguém. Vou para chácara da minha mãe. Eu gosto de ir para lá quando preciso descansar, pensar e ter paz. Pego um vinho, uma taça e vou para a piscina onde fico a pensar se devo ou não mandar uma mensagem para ela.

Estou ficando louco por essa mulher. Ela é fora de série e não quero perdê-la.

continua...

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