5. Ágatha

PARTE I-3.

Ágatha desembarca no aeroporto de Florianópolis e logo tinha um homem de terno, aparentando ter uns 25 anos com uma plaquinha em mãos com seu nome.

Ele logo a reconhece ao lhe ver a olhar e se dirige a ela como se fosse uma ‘socialite’ de alto escalão.

HOMEM: Senhorita Ágatha, sou o assistente da senhora Úrsula e vim lhe buscar.

ÁGATHA: E minha mãe onde está?

HOMEM: No momento está na empresa e pediu para eu busca lá. Por favor, me acompanhe!

Ágatha estranhou mais curtiu o tratamento, ela sabia que sua mãe havia largado seu pai assim que os negócios dele faliram e se viram em dificuldades financeiras, ela vagamente se lembrava das muitas brigas e da sua mãe gostar de luxos e futilidades. Ela imaginava que sua mãe se encaixaria perfeitamente no grupo das Pinks da escola, ao pensar sobre no banco de trás de um carro luxuoso ela soltou uma risada alta.

HOMEM: A senhorita disse alguma coisa?

ÁGATHA: Não. Nada!

Ela segue o trajeto em silêncio e logo chegam numa rua fechada, era um condomínio só de mansões, uma mais linda que a outra e logo ficou impactada ao observar a qual ela entrou.

Logo na entrada da casa havia uma moça de uniforme que a recebeu.

MOÇA: Olá senhorita Nadine, eu sou a governanta e estarei a sua disposição durante sua estadia.

ÁGATHA: Prazer! Tem certeza que é aqui onde minha mãe mora? Ela se chama Úrsula Mendes. Quer dizer, agora é Úrsula Ross.

GOVERNANTA: Sim. Senhorita Nadine, você está na casa certa! Me acompanhe por favor que vou te mostrar seu quarto.

Ágatha caminhou com a governanta embasbacada diante de tanto luxo, nunca tinha visto nada igual.

Seu pai tinha uma pequena empresa de transportes e eles tinham uma situação financeira simples, porém confortável. Quando a pequena empresa de seu pai faliu, eles que viviam numa casa boa de três quartos, se mudaram para uma menor de um quarto, quando seu pai voltou a se reerguer arrumando um emprego de motorista de ônibus de sua cidade, eles puderam se mudar para uma casinha melhor de dois quartos onde ela mora até hoje.

Sabia que sua mãe havia se casado com um empresário gaúcho bem de vida, mas jamais imaginou que era neste nível.

Quando olhou o interior do quarto apresentado a ela, na mesma hora quando ficou sozinha ela tirou fotos na sua pequena máquina fotográfica a fim de poder mostrar tudo a sua amiga quando retornasse.

Era hora de almoço e logo a governanta bate na porta do quarto.

GOVERNANTA: A senhorita deseja almoçar aqui ou na sala de jantar?

ÁGATHA: Pode ser lá em baixo mesmo!

GOVERNANTA: Pode me acompanhar então!

Ela desceu reparando cada detalhe da casa, imaginando que até poderia se perder diante de tantas portas e corredores, logo entrou num cômodo luxuoso com uma enorme mesa.

GOVERNANTA: Sente-se por favor! Logo o almoço será servido.

Ela se viu sozinha diante daquela imensa mesa e duas funcionárias apareceram e foram arrumando tudo só para ela.

ÁGATHA: Acho que devo esperar pelos outros.

GOVERNANTA: A senhorita já pode comer. Os senhorios da casa e sua mãe só se juntaram na hora do jantar.

ÁGATHA: AH tá! Acho melhor eu comer então.

Ela desfrutou do almoço sozinha e começou a se sentir estranha naquela casa com um monte de funcionários desconhecidos.

Ágatha passou a maior parte do seu tempo trancafiada no quarto, ao anoitecer a governanta foi avisar que sua mãe a aguardava no escritório e a acompanhou.

Ágatha desceu empolgada que finalmente iria ver a sua mãe e foi recepcionada pela mulher de terninho branco atrás de uma mesa mandando-a sentar.

ÚRSULA: Como foi seu voo Ágatha?

ÁGATHA: Bem! Como a senhora tem passado?

ÚRSULA: Eu vou bem, querida!

ÁGATHA: Fiquei feliz que a senhora me convidou para vir. Não imaginava que seu esposo era tão rico assim. Essa casa é linda!

ÚRSULA: Digamos que eu sou a rica agora! Gostei das suas notas escolares, continue assim que tenho grandes planos para você futuramente.

Ágatha estranhava cada vez mais o clima se sentia numa consulta médica. Elas ouvem leves batidas na porta e o mesmo rapaz que a buscou entra.

RAPAZ: Senhora sua esteticista remarcou o procedimento para amanhã de tarde.

ÚRSULA: Quanta incompetência! Mas deixe estar! Não posso perder essa vaga. Pode confirmar!

Em seguida a governanta entra...

GOVERNANTA: Senhora! O jantar já pode ser servido? O senhor Ross a aguarda na sala de jantar.

ÚRSULA: Sim! Já vamos.

Ambos funcionários saem e Ágatha só observava tudo em silêncio.

ÚRSULA: Vamos jantar!

Úrsula sai na frente e chega até a enorme mesa direcionando um lugar para Nadine que vê um senhor grisalho aparentemente bem mais velho que a sua mãe e um rapaz, não muito mais velho que ela.

ÁGATHA: Boa noite!

ÚRSULA: Está é Ágatha, minha filha. Ficará uns dias conosco.

ROSS: Ela é bem crescida! Seja bem vinda menina.

ÁGATHA: Obrigada!

Ela olha para o rapaz e para sua mãe esperando que ela os apresente.

ÚRSULA: Este é Antony, o filho dele!

ÁGATHA: Prazer!

ANTONY: Olá! Podemos comer?

Logo a própria governanta traz os pratos e todos comem em silêncio. Ao terminar, cada qual se retira e se enfia num dos cômodos da casa.

ÚRSULA: O café da manhã é as sete. Te aguardo aqui! Irei trabalhar em seguida e terei um compromisso à tarde. Nos veremos provavelmente a noite. Fique a vontade! E qualquer coisa fale com a Salete que ela resolverá para você.

ÁGATHA: Você já vai dormir também?

ÚRSULA: Não. Estarei no escritório trabalhando.

Ela se levanta e logo surge o rapaz assistente dela como uma sombra atrás dela e saem juntos dali.

A governanta dá ordens para começarem a retirar as coisas da mesa.

GOVERNANTA: Deseja mais alguma coisa senhorita?

ÁGATHA: Não. Você que é a Salete?

GOVERNANTA: Sim, senhorita.

ÁGATHA: Aí, por favor fale informal comigo e me chame pelo meu nome.

SALETE: Como quiser! Rs

ÁGATHA: Vou para o meu quarto. Boa noite Salete!

SALETE: Boa noite Ágatha.

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