capítulo 15

ADRIANA - Eu fui criada em uma casa no subúrbio, era um lugar miserável, mais dava para viver, os meus pais, ou melhor, o casal que me criou, não valiam o que comiam, nunca se importaram comigo, foi assim até que eu completei dezoito anos, eu descobri que estava grávida do meu agora marido, eles nunca ligaram para mim, então achei que seria só pegar as minha coisas e ir embora, mais não, eles entraram na frente e me impediram.- Disse sem esboçar reação nenhuma ela já tinha chorando demais por esse assunto.- Eles me disseram que ainda precisavam de mim para tirar dinheiro do meu avô, eu sem entender nada, eu perguntei sobre o que se tratava, então eles me revelar que eu fui abandonada, que o meu próprio avô havia mandado desaparecer comigo, e eles só ficaram comigo, por causa da herança que eu poderia reclamar quando fosse mais velha, mais como pode ver eu não precisei de nada disso.

ELISA - Não pode ser.- Disse tentando convencer a si mesma.- Meu avô pode não ser a melhor pessoa do mundo, mais não pode ser capaz de uma coisa dessas.

ADRIANA - Quer saber, eu já sabia da sua existência a muito tempo, eu queria saber mais da minha família, pois também achei que pudesse ser um engano, mais logo desisti, os seus pais nunca me procuraram, eles ja tinham você, então, com certeza não queriam saber de mim, então eu desisti.

ELISA- Olha Adriana, eu sei que você passou por coisas difíceis, mais também não pode ficar jogando a culpa toda nos nossos pais, eu tenho certeza de que eles não sabiam de você, se você desse uma chance e conversasse com eles, eu tenho certeza se que tudo seria esclarecido.- Disse olhando para a irmã, com um olhar de súplica.

ADRIANA- Elisa, já se passaram muitos anos, se os seus pais ou o seu avô, quisessem me conhecer, teriam ido atrás de mim, eu não quero parecer grossa, mais não me interessa ter contado com nenhum de vocês, a minha vida já está consolidanda com o meu marido e os meus filhos, eu decidi que era melhor para mim, me afastar do que me fazia mal, então, por favor, esqueça essa história.- Disse, depois tirou algumas notas da bolsa, colocou na mesa e foi embora, deixando Elisa pensativa.

#COM RAFAEL E OS GÊMEOS#

RAFAEL - Já terminaram de almoçar?

DOMENICO -Sim papai.

ALBA- Agora queremos a sobremesa.

RAFAEL - Eu vou pegar, vou servir os dois e depois eu vou subir, para terminar de passar pano, está bem?

DOMENICO - Sim.

Rafael foi até a geladeira, tirou a torta que havia feito e a serviu para os filhos, os pequenos se transformaram em seus degustadores pessoais.

RAFAEL - O que acharam?

ALBA - Tá uma delicia papai.- Disse depois de colocar duas coleradas do doce na boca.

RAFAEL - Fico feliz que tenha gostado, quando acabarem de comer a torta, coloquei as tigelas na lava louças, que depois eu ligo.- Disse e subiu as escadas para terminar de limpar o andar de cima, ele já estava pegando o jeito de cuidar da casa e de seus filhos.

DOMENICO - Vamos ajudar o papai?

ALBA-Como?

DOMENICO - Vamos ligar a lava louças, para que ela vá funcionando até o papai descer, depois ele só vai precisar lavar.

ALBA - Tá bom.- Disse pegando a sua tigelinha e indo até a maquina de lavar louças.- Você sabe ligar.

DOMENICO - Eu já vi a mamãe ligando.

Os dois colocaram na máquina de lavar e Alba perguntou.

ALBA - Como faz para a louça ter espuma irmão?

DOMENICO - Acho que coloca sabão em pó, eu vi que a mamãe coloca na roupa para fazer espuma, eu vou lá pegar.

Na inocência, Domenico foi até a lavanderia da casa, pegou uma caixa de sabão em pó, voltou para perto da irmã e despejou uma caixa de sabão em pó na lava louças.

Depois que ligaram a maquina, ela começou a espumar muito, chegando a começar a vazar por todo o chão da cozinha, que logo estava cheio de água e espuma espalhada pelo chão.

ALBA- O que fazemos agora?- Perguntou para o irmão, quando viu as bolhas alcançar o meio de suas curvas pernas.

DOMENICO - Vamos chamar o papai.- Disse e Alba concordou e os dois gritaram chamando pelo pai.

RAFAEL - O que aconteceu?- Perguntou após descer as escadas, assustado após ouvir o grito de seus filhos, mais antes que pudesse questiona-los, o homem caiu por entre as espumas que tomavam completamente o chão.

ALBA- Papai, você está bem?- Perguntou se aproximando do homem que gemia de dor por cauda do impacto.

RAFAEL - O que aconteceu?- Perguntou levantando um pouco a cabeça, eles estava com o rosto molhado e com espumas pelo cabelo.

DOMENICO - Nos queria ajudar o senhor papai, eu tive a ideia de ligar a lava louças, mais aí começou a soltar um montão de espuma.- Disse olhando para o pai, com medo de se encrencar.- Se for brigar, é para brigar só comigo, a Alba não tem culpa.- Disse se colocando na frente da irmã.

CAMERON - Que confusão é essa?- Perguntou ao passar pela porta.

MILENA - Você está bem papai?- Perguntou ajudando o homem a se levantar.

RAFAEL - Estou, foi só um tombo querida, não se preocupe, vocês dois, vão buscar os rodos e os panos.- Disse em um tom firme.

DOMENICO E ALBA- Sim papai.- Disse e saíram para pegar o que o pai havia pedido.

CAMERON - Eles vão se encrencar?

RAFAEL - Não, só vou dar um pequeno sermão, eles fizeram com boa intenção, não é justo brigar com eles.

MILENA - É melhor ajudarmos eles, antes que a mamãe volte.

Os cinco começaram a fazer a faxina da cozinha, mais no meio, eles se atrapalharam e começaram a brincar, depois de algumas horas, tudo ficou limpo e logo Adriana chegou, alheia a confusão que estava acontecendo do outro lado da cidade.

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