Roman

A semana começou bem agitada, no sábado tem reunião com os alfas e o conselho, Elizabeth, no hospital a obra da biblioteca para finalizar e Mia com essa história de beijar humanos, Antony conversou com ela sobre o ocorrido e ela teve a coragem de dizer beijou o tal Lucca por curiosidade mas ela tava gostando mesmo de um tal de Leon que beijava melhor que Lucca. Criar uma menina sem ajuda de uma figura feminina em casa não foi e nem é uma tarefa fácil, tivemos que aprender a fazer tranças, comprar roupas femininas minúsculas quando ela era criança, Antony brincava de casinha e boneca com ela, o Théo vivia a levando para o parquinho para ela interagir com crianças, pois ele tinha visto uma reportagem uma vez na tv dizendo que era fundamental para o desenvolvimento da criança conviver com outra crianças, já eu todas as noites ia colocá-la na cama e lê uma história de ela dormir, lembro perfeitamente do dia que Mia sangrou pela primeira vez ficamos loucos, ela tinha 11 anos e não sabíamos como explicar a ela, então Maria, nossa governanta foi quem conversou com ela enquanto fomos ao mercado pegar uma coleção de absorvente de tudo quanto era marca, agora essa menina inventa de sair beijando por aí, o pior e que beija humanos não poderia pelo menos esperar até os 40 anos para ter certas curiosidades?

Sou tirado dos meus pensamentos com a notificação de mensagem, pego o celular e vejo que Liz mandou uma foto, abro a mensagem e a vejo linda com um buquê de flores no colo, ela agradece pelas flores, eu já fico cheio de ódio pois não mandei caralho de flor nenhuma, quero saber quem é o desavisado que tá mandando flores para minha mulher, o infeliz não teve nem a decência de assinar o cartão um baita de um filho da puta, isso sim. Vou tirar essa história a limpo, pois não gosto de ninguém cercando o que me pertence, Antony chega ao meu escritório trazendo uma pasta provavelmente mais problema para resolver

— Que cara é essa, irmão?

— Que eu saiba, não tenho outra

— Que mal humor do caralho é esse? O que houve?

— Um babaca enviou flores para minha mulher, e ela pensou que fui eu porque o cartão não estava assinado

— Ela não faz ideia de quem mandou? Talvez um ex querendo voltar para a vida dela, porque com todo respeito minha cunhada é muito linda, aqueles olhos cor de âmbar e aqueles cabelos cacheados

— Perdeu a noção de perigo, porra! Eu sei que minha mulher é linda e ela não tem nenhum ex

— Calma, irmão. Eu só tava tentando ajudar.

— O que tem na pasta, Antony? — falo mudando de assunto.

— Estava conversando com alguns representantes aqui da matilha e eles deram a ideia de fazermos um hospital aqui, com uma estrutura moderna unindo médicos e curandeiros. Temos muitos lobos formados na área de saúde e os curandeiros não têm uma boa estrutura para cuidar dos nossos doentes

— Isso é muito bom, assim que terminamos com a biblioteca podemos dar início ao hospital

— Sim, falei sobre o projeto com nosso administrador e financeiro e eles disseram que temos condições para construir e manter um hospital aqui na reserva

— Pronto! Mais a frente vamos reunir os representantes da matilha e fechar o projeto — aqui na matilha existe uma hierarquia onde eu sou o alfa, Antony meu Beta, Théo meu secretário e temos mais três representantes que trabalha buscando melhorias para nossa matilha formando nosso conselho — Onde está, Mia?

— Disse que precisava ir ao shopping comprar umas coisas, tava enchendo meu saco e o do Théo pra levar ela, como eu tinha uma reunião com os representantes, sobrou para o Théo a função de levá-la ao shopping

— Se está com o Théo eu fico tranquilo — não gosto da Mia andando por aí sem segurança, não tenho nenhum inimigo e meu território é bastante seguro, mas existem alguns lobisomem sem matilha, desgarrados, esses são os que me preocupam pois geralmente não são boas pessoas — Estou de saída, vou visitar Elizabeth, qualquer coisa me liga.

Antes de ir para a casa da Elizabeth passo em uma joalheria em busca de um anel para ela, se ela pensa que vai sair desfilando solteira por aí está muito errada, ela é minha e vou deixar isso bem claro pra ela e para todos que se aproximarem, a atendente da loja se aproxima toda atenciosa, com um sorriso de um lado aí outro do rosto e diz:

— Boa tarde, senhor! Como posso ajudá-lo?

— Boa tarde, você tem algum anel com diamante Tiffany? — pergunto. Desde a primeira vez que vi Elizabeth, aqueles olhos cor de âmbar me deixou completamente perdido, tinha certeza que combinaria com diamantes amarelo.

— Temos sim, senhor! Me acompanhe por favor — sigo a atendente até um balcão mais reservado, a mesma abre uma gaveta e tira uma peça com anéis de várias cores, entre eles vejo alguns amarelos — Esses são os anéis que temos disponíveis na cor que deseja.

Entre os anéis avistei um que me agradou bastante, um solitário de ouro branco com uma pequena pedra amarela, tão delicado quanto Elizabeth

— Vou ficar com esse solitário

— Esse é lindíssimo, um dos mais caros que temos. Com certeza é um presente para alguém especial

— Sim, um presente para minha mulher. Embale ele por favor

— Certo, vou tirar a nota qual a forma de pagamento?

— A vista, por favor

— certo

Antes de seguir para a casa de Elizabeth, passo na floricultura e compro uma orquídea para minha sogra, pois ela disse ser sua planta favorita. Chegando na casa de Elizabeth ela vem me receber toda alegre, me enchendo de beijos até vê a orquídea que trouxe para a mãe dela é me chamar se puxa saco

— Tenho que mimar minha futura sogra, já que ela me deu você — digo puxando pela cintura e beijando sua testa.

— A mim ninguém mima — diz fazendo um biquinho lindo

— Claro que mimo, meu anjo inclusive tenho uma coisa para você também

— Tem? — pergunta ela com os olhos brilhando — Ahh eu quero vê

— Calma, podemos pelo menos entrar ou deixar-me na porta?

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