Elizabeth

Depois de falar por mensagem com Roman, tomei banho e me arrumei um pouco já que ele disse que viria me ver, não acreditei de imediato mas como ele não mandou mais mensagem resolvi me ajeitar caso ele aparecesse. E não demorou muito a aparecer, ouvimos uma batida na porta e minha mãe foi atender já que a Zoe tinha ido à cafeteira com Felipe.

— Olá, boa tarde! Esse é o quarto da Elizabeth? — ouço Roman perguntar a minha mãe.

— É sim, pode entrar! — vejo entrar no quarto, Roman acompanhado de Théo e um buquê de lírios brancos. Eles se apresentam à minha mãe e Roman vem falar comigo.

— Olá, meu anjo! Como você está? O que aconteceu? — diz passando a mão em meus cabelos — não sei quais são suas flores favoritas, então escolhi as que minha mãe gostava.

— Estou bem melhor! as flores são lindas, obrigada! — minha mãe pega as flores e sai do quarto dizendo que vai em busca de um vaso — Eu venho me sentindo cansada e com dores à alguns dias, durante essa madrugada eu senti muita dor e estava com uma febre muito alta, parecia que meus ossos estavam se quebrando a dor foi tão intensa que acabei desmaiando e acordei aqui — digo enquanto vejo Roman trocar um olhar discreto com Théo.

— E a primeira vez que sente isso, Liz? — pergunta Théo.

— Sim, primeira vez, já fiz alguns exames e estamos aguardando o resultado

— O que mais você andou, sentindo durante esses dias? — pergunta Roman.

— Além do que relatei, eu senti muita sede, e mesmo bebendo muita água meu corpo parecia desidratado

— Hum... realmente é preocupante, vamos aguardar o resultado dos exames, melhor que ficar criando teorias— diz Roman. O celular de Théo toca e ele sai para atender, deixando eu e Roman sozinhos.

— Você veio mesmo, pensei que estava brincando

— Eu não brinco quando o assunto é você, eu realmente tô muito encantado por você, Liz — diz fazendo meu coração acelerar.

— Também me sinto encantada por você, é tudo tão novo, uma sensação estranha. Eu não sou do tipo emocionado, mas você tem mexido muito comigo.

— Bom saber que estamos na mesma página — diz Roman sorrindo enquanto beija minha testa.

— Acho um absurdo eu ficar doente logo quando um cara gostoso me chama para jantar — digo fazendo biquinho.

— De fato é um absurdo! Porém esse cara gostoso vai esperar você ter alta então teremos o nosso jantar

— Bom, sendo assim você me deve um jantar e eu não vou esquecer de cobrar

— Se você tivesse noção do quanto te quero, saberia que farei questão de te levar a quantos jantares desejar — diz ele olhando nos meus olhos — Você é uma garota incrível Elizabeth, merece o mundo, não apenas um jantar.

— Não me chama de Elizabeth por favor, Liz só Liz.

— Não gosta do seu nome?

— Não é o nome em si, mas o motivo. Quem escolheu meu nome foi meu pai quando soube que minha mãe estava grávida, ele disse que se fosse menina seria Elizabeth assim como a avó dele, mesmo ele desaparecendo antes de eu nascer, minha mãe decidiu seguir com o nome. Eu acho absurdo saber que tive uma bisavó chamada Elizabeth quando não sei o nome do meu pai

— Sua mãe nunca te disse o nome dele?

— Minha mãe o conhecia como Charles Augusto Suan, mas quando ela foi procurar por ele descobriu que esse nome não existia, então claramente ele mentiu até a identidade.

— Sua mãe namorou quanto tempo com ele?

— Um ano e pouco, ele dizia que ela era o amor da vida dele, mas sumiu sem nem dizer adeus. Pelo menos teve a decência de deixar uma casa em nome dela e uma quantia em dinheiro que ajudou minha mãe até eu ficar adolescente

— Sua mãe tentou rastrear o dinheiro? Talvez conseguisse saber o nome dele através disso.

— Ele deixou uma bolsa cheia de dinheiro dentro do armário sem minha mãe saber. Um belo dia quando ela chegou do trabalho tinha uma carta em cima da cama falando sobre o dinheiro e uma pasta de documentos no armário

— Parece que ele não queria ser encontrado

— Pelo visto o plano dele deu certo

— Quem perdeu foi ele de acompanhar o seu desenvolvimento e vê a mulher linda e incrível que se tornou

— Obrigada, Roman. Você é um amor

— O seu, amor! — disse ele me fazendo corar

— Romannn!

— Você fica muito linda quando está corando de vergonha como faz agora. — diz ele sorrindo e fazendo um carinho com os dedos na minha bochecha.

Após três batidas na porta, vejo Théo entrar sendo seguido por Mia e Antony.

— Atrapalhamos alguma coisa? — diz, Antony se aproximando e depositando um beijo em minha testa, um fofo sem dúvidas.

— Vocês nunca atrapalham, não sabia que estavam aqui também, Roman não disse

— Meu irmão é muito egoísta e quer você só pra ele — diz, Mia me abraçando

— Não foi isso, sabem muito bem que não liberam muita gente de uma vez para a visita

— Sabemos disso irmão, Encontramos com a Zoe, Felipe e tia Anna na recepção, depois dela saber que também somos amigos da Liz ela nos deixou entrar além do mais o Théo também foi bastante persuasivo com a recepcionista

— Não precisava de tanta preocupação comigo, já estou bem melhor! Mas é tão bom saber que ganhei mais alguns amigos incríveis

— E de quebra quem sabe um namorado, né irmão? — diz uma Mia sapeca sorrindo para Roman.

— Miaaaa, o que eu faço com você, hein?

— Só me ame como tem feito, irmão

— Quando foi que essa garota ficou com a língua tão afiada? — pergunta Théo incrédulo.

— Não sei quantas vezes tenho que dizer a vocês três que não sou mais uma criança, eu tenho 16 anos e até já beijei

— Ooooo que??? — grita os três ao mesmo tempo, eu não aguento a cena e acabo gargalhando, não resisto e acabo perguntando:

— E como foi o seu primeiro beijo, Mia? — ela me olha meio sem graça antes de responder.

— Foi legal, porém o terceiro foi muito bom

— Terceiro? Como assim terceiro? Quantas pessoas você já beijou? — pergunta um Théo furioso.

— Eu só beijei dois meninos, mas beijei eles mais de três vezes

— Roman, eu não tô bem, acho que tô morrendo, meu peito tá doendo eu vou morrer tão jovem, essa pequena beijoqueira que me matar — diz um Antony desnorteado, nunca imaginei que ele fosse tão dramático.

— Vamos deixar essa conversa para quando chegar em casa, Liz precisa descansar, porém você tem muito a dizer quando chegar em casa mocinha

— Tudo bem, Roman. Eu sou muito língua grande mesmo

— O horário de visita já tá acabando, vamos dar um pouco de privacidade a vocês dois. Vamos Mia, quero saber quem você andou beijando — diz Théo, ele se despede de mim e sai, Mia e Antony repetem o mesmo processo.

Olho para Roman que senta na cama de frente para mim, pega minha mão e deposita um beijo em cada nó dos meus dedos, impossível não me arrepiar, eu quero mais, quero sentir seus lábios no meu outra vez então tomo a iniciativa e colo nossos lábios. O beijo começa lento e cheio de carinho e ternura, mas não demora nada para todo esse carinho dá lugar a urgência que nossos corpos sentem, Roman avança pra cima apertando minha cintura e praticamente pairando sobre meu corpo, eu puxo ele mais pra mim pela nuca então ele para nosso beijo e começa a beijar meu pescoço com urgência, sinto uma de suas mãos entrando por baixo da roupa do hospital e apertando a parte interna da minha coxa, sua boca desce do meu pescoço para o meu colo e sinto ele passar a língua no vale entre meu seios, meu corpo parece convulsionar de prazer implorando por mais, puxo seus cabelos enquanto ele continua passando a língua preguiçosamente do vale do meu seios, passando pelo pescoço até meu queixo, ele volta a me beijar e quanto afundo os dedos nos seus cabelos, sinto a mão dele indo em direção ao meio das minhas pernas, céus! Esse homem vai me matar. Quando penso que vou morrer de prazer ouvimos novamente três batidas na porta, rapidamente me recompondo, Roman levanta da cama e depois de alguns segundos entra Zoe segurando o vaso de flores nas mãos

— Vocês não têm vergonha de tá se pegando no hospital não? Você parece bem melhor, amiga! Tá até corada.

— Não estávamos nos pegando, o Roman só estava sendo prestativo comigo

— Pelo visto ele estava sendo bem prestativo mesmo, a língua é os dedos que o digam

— Zoeee! Por favor amiga, controle sua língua um pouquinho pra não me matar de vergonha

— Não precisava ter vergonha Liz, somos adultos e sentimos desejos um pelo outro, nada de absurdo, não é? — esse homem sabe me acalmar — eu estou indo, mas vou manter o celular em mãos todo tempo, por favor me mantenha informado meu anjo

— Fica tranquilo, me sinto bem melhor desde que você chegou, nem cansaço, tô sentindo mais

— Isso é ótimo, mesmo assim quero que me mantenha informada, tudo bem?

— Tudo bem, senhor mandão

Após nos despedirmos com um selinho, Roman vai embora e Zoe fica comigo já que minha mãe tinha ido em casa com o Felipe.

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