CAP 8

Falei para minha mãe das crianças e ela ficou doida para conhecê-los. Ela adorou o cachorro também. Fazia tempo que eu não a via com esse brilho no olhar. Ainda me lembro daquele homem a tirando pelo braço da casa onde morávamos, a cicatriz que ficou em seu rosto da chicotada.

Só depois de muito tempo e a insistência do meu padrasto é que ela concordou em remover aquela marca.

Doía em mim, o que aquela mulher fez com ela. Eu queria encontrá-la de novo! Eu acabaria com elas!

Mas nós demos muita sorte, além do meu tio, irmão dela ser um homem excepcional, ainda Deus colocou em nosso caminho meu padrasto, que casou com ela e me adotou legalmente, agora carrego seu sobrenome.

Ele estava montando a companhia com meu tio, os dois eram amigos. Quando entrei na adolescência e assim que entrei na faculdade

Eles me colocaram para trabalhar na empresa que estava apenas engatinhando nos negócios. Eu cresci com a empresa e ela cresceu comigo.

Agora sou um CEO respeitado no mundo dos negócios e me orgulho disso!

Me despedi da minha mãe e lembrei a ela que as crianças virão amanhã.

Fui até meu apartamento e fiz minha mala,

troquei de roupa que só uso terno quando estou em reunião, e corri para o aeroporto.

Não tive nem tempo de procurar o tal gênio, assim que me sentei, notei um par de pernas maravilhosas, em um sapato de salto, que me tirou o fôlego. Que pernas! A minha vontade era pôr os dedos na boca e soltar um assobio. Que perfeição é essa? Quando consegui desgrudar os olhos daquelas pernas me deparei com um corpo escultural dentro de um terninho feminino, que me deixou com água na boca. Será que é uma executiva?

Quem é que conseguiria trabalhar com aquela beldade?

Minha mente vagou. Imaginei-a na mesa da minha sala de reunião deitada e eu com a cabeça no meio daquelas pernas maravilhosas. Tentei ver seu rosto, mas ela tinha notado que eu estava secando e ficou constrangida. Vi quando suas bochechas ficaram vermelhas.

O aviso para o embarque foi dado e ela saiu praticamente correndo para o portão de embarque. Eu fiquei alguns minutos sentado admirando aquele corpo. Que mulher!

Saio e a sigo para o avião. Ela estava olhando para a porta quando eu entrei e pude ver um pouco melhor aquele rosto. ELA É REALMENTE LINDA!

Para minha sorte, estamos sentados perto. Não juntos, infelizmente! Mas perto.

Fico o tempo todo tentando chamar sua atenção, mas ela não me olha de volta. Quando a comissária serve a água para ela que toma a água com vontade, tudo o que eu queria nesse momento é ser aquela garrafa.

Ela abre um livro e tenta ler mas não consegue. Está desconfortável e eu sou o motivo desse desconforto.

Quando ela finalmente me olha séria eu coloco minha mão no coração e lhe dou um sorriso safado. Ela desvia seu olhar novamente. Fica séria olhando para o livro,

mas eu reparei que ela não virou uma página sequer.

Depois de um tempo. Ela levanta a cabeça e me encara. Ficamos paralisados olhando um para o outro. Até que a comissária fica no meio dos dois e quando depois de insistir muito que eu beba alguma coisa eu concordo que ela traga uma água e quando consigo enxergar a beldade ela está dormindo.

Alguma coisa nessa mulher mexe muito comigo. E não é só sua óbvia beleza. Tem mais alguma coisa. Que agora eu não sei, mas eu vou descobrir. Ah, se não vou!

Depois de tentar dormir, mais para tirar a comissária do meu pé, do que por cansaço eu realmente pego no sono e durmo pesado.

Acordo às seis horas da manhã, mais um pouco e já estaríamos pousando. Antes mesmo de ver a hora, olho para conferir se a beldade ainda está dormindo. Ela também está acordando, esfregando os olhos como uma criança e seu primeiro pensamento também é para mim, pois assim que desperta me procura. Quando nossos olhos se encontram suas bochechas coram. Ela desvia os olhos e se levanta para ir ao banheiro, pega uma bolsa dentro da sua bolsa e sai, minha vontade é ir até o banheiro atrás dela e lhe dar um beijo de bom dia!

Fico no meu lugar e quando ela volta e está em pé guardando sua bolsa o avião dá uma leve guinada ela se desequilibra e cai no meu colo.

Desculpe

Ela gagueja em um tom rouco de voz e meu coração estremece. Eu seguro em sua cintura e aspiro aquele cheiro maravilhoso.

Ela se levanta rápido para o meu gosto. E volta ao seu lugar. O café da manhã é servido e mais um pouco e estamos pousando em solo japonês. Na hora do desembarque ela se movimenta tão rápido que eu a perco na multidão.