No dia seguinte, Sibele estava com uma ressaca enorme. Damon havia partido. Apesar da ressaca, Sibele tentava manter sua rotina, não era a primeira vez que ficava de porre, então sabia que em algum momento melhoraria. Ela estava treinando, um treino particularmente ofensivo, cada pancada era forte o suficiente para quebrar os ossos de uma pessoa.
- Quem vai chamar ela?
- Eu não. Vai um de vocês.
Discutiam no grupo quem iria perguntar para Sibele se teria reunião ou algo do tipo. Mike Fillipe, decidiu que ia.
Sibele, estava mentalmente esgotava e parecia que tudo o que tinha sofrido, as humilhações, as rejeições, os comentários maldosos, tudo o que a magoou um dia estava prestes a emergir. E as pessoas daquele grupo, eram as mesmas que a fizeram se sentir desprezada, sem valor, sem autoestima.
- Sibele... - começou Mike.
- Se afasta dela! - gritou alguém. Damon. - Saí de perto dela! - Disse ele criando um campo de força para proteger os outros do impacto.
Sibele concentrou toda sua frustração, raiva, tristeza, impotência e angústia em si que começou a criar um vórtice em torno de si.
- Você precisa liberar a energia acumulada. - dizia Damon, tentando se aproximar dela. - Só deixa a magia fluir por você. Libere tua mente e teus sentimentos.
Sibele sentia a energia dentro de si borbulhando, uma tempestade de emoções que parecia pronta para explodir. Damon, mesmo protegendo os outros, compreendia que ela precisava liberar aquela torrente de magia de maneira controlada.
- Sibele, confie em si mesma. Deixe a magia fluir. Você tem o controle.
As palavras de Damon penetravam na mente de Sibele, e ela tentava seguir seu conselho, buscando uma conexão entre suas emoções tumultuadas e o poder mágico que pulsava dentro dela. Gradualmente, ela começou a canalizar a energia, transformando a tempestade interior em uma força controlada.
O vórtice ao redor de Sibele diminuía, enquanto sua expressão se tornava mais focada e determinada. Ela conseguia sentir o equilíbrio retornando, a energia sendo direcionada para algo mais do que uma explosão descontrolada. Ela estendeu uma das mãos em direção a uma parede e a explodiu.
Finalmente, o vórtice desapareceu, e Sibele estava ali, no centro da sala, exausta, mas com uma aura renovada de determinação.
- Damon? Que merda foi essa? - disse ela, recuperando o fôlego.
Damon se aproximou, colocando uma mão reconfortante em seu ombro.
- Então, lembra que tem meu sangue correndo por tuas veias? Magia e emoções são forças que podem sair do controle. Agora, precisamos que resolva um assunto.
Sibele olhou para ele.
- Outra disputa de alfas.
- Caralho, eles não vão parar? Eu não posso interferir.
- Pode ser diplomática...
- Olha o que eu fiz na parede? Acha que estou com clima para diplomacia?
- Damos um jeito. Ah... - ele estalou os dedos e a parede voltou ao seu estado anterior, sem qualquer marca de dano.
Sibele assentiu, reconhecendo a verdade nas palavras de Damon. Enquanto os outros observavam com certo medo e receio. Sibele passou por eles, detendo-se, brevemente par encará-los.
- Reunião às treze horas. Quero todos os relatórios prontos.
Dizendo isso ela, se dirigiu até às armas, pegou um punhal de prata, o revólver e balas embebidas em prata.
- Bora, Damon.
Damon abriu um portal e partiram.
Os demais, correram terminar os relatórios. E, obviamente o assunto do momento era "como assim Sibele tem poderes?", "o que vocês queriam? Ela fez um pacto com o Diabo".
- O que aconteceu? - perguntou Natan.
- A Sibele explodiu uma parede com a força do pensamento ou algo assim. - Respondeu alguém.
- Era magia.
- E onde ela está?
- Saiu com o feiticeiro. Alguma coisa de alfas.
O celular do Jonas tocou.
- Acho que sei o que é. - disse colocando nos monitores.
Sibele estava parada em meio a alcatéia.
- Não é hora de brigar entre si. Vocês também correm risco. Por favor.
Ela tentava acalmar os ânimos.
- Você não é uma de nós. Não tem o direito de interferir.
- É verdade não sou uma de vocês. E sinceramente se continuar assim, não restará muitos ou nenhum de vocês. Não acha que já basta os inimigos derramarem o sangue do povo de vocês, agora vocês também fazem isso com vocês mesmo?
O clima tenso pairava entre os lobos, enquanto Sibele tentava, com palavras e presença, acalmar a alcatéia. O desafio de liderar e mediar entre alfas em conflito não era tarefa fácil, ainda mais quando não fazia parte daquela comunidade.
- Vocês estão perdendo forças internamente. Essas disputas só enfraquecem todos vocês. - Sibele falou com firmeza, encarando os alfas mais proeminentes. - Se não conseguirem encontrar um caminho para a união, estarão condenados.
Alguns rosnados de descontentamento ecoaram, mas Sibele permaneceu inabalável.
- A ameaça lá fora é maior do que qualquer disputa interna. Já enfrentamos inimigos que colocariam todos vocês em perigo. Não vou permitir que o ego e a rivalidade destruam o que resta.
Damon, ao lado de Sibele, mantinha-se em silêncio, observando a dinâmica da alcatéia. Ele sabia que Sibele tinha uma tarefa difícil pela frente, mas confiava na força dela.
Enquanto Sibele continuava a falar, tentando persuadir os alfas a buscarem um entendimento, Damon percebeu movimentos suspeitos nas sombras. Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Sibele foi arremessada para longe.
Sibele, lançada com força, caiu no chão, surpreendida pelo ataque repentino. O agressor emergiu das sombras, revelando-se como um lobo negro, com olhos que brilhavam com uma intensidade ameaçadora.
- Você... - rosnou o lobo negro, dirigindo seu olhar furioso para Sibele. - Não pertence a este lugar. Deveria ter ficado longe das disputas dos lobos.
Damon interveio rapidamente, posicionando-se entre Sibele e o lobo negro, seu olhar demonstrando uma determinação feroz.
- Acalme-se. Não somos seus inimigos. Estamos aqui para ajudar a resolver os conflitos internos desta alcatéia.
O lobo negro, no entanto, não estava disposto a ouvir. Ele avançou novamente, visando Sibele, que tentava se recuperar do impacto. Damon conjurou uma barreira mágica para protegê-la.
- Pare com isso! - exclamou Damon. - Nós não queremos lutar contra vocês.
A alcatéia observava a cena, dividida entre apoiar um dos seus e questionar a violência repentina. Sibele, mesmo atordoada, tentou se levantar, focando sua magia para uma possível defesa.
O confronto entre o lobo negro, Sibele e Damon estava prestes a se desdobrar, enquanto a tensão no local atingia um novo patamar.
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Atualizado até capítulo 31
Comments
Mary
uauuuu
2024-10-04
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