Eu só queria te amar

O clima tenso na sala atingiu um novo ápice com a aceitação do desafio. Sibele, com a determinação refletida em seus olhos, enfrentaria César em um duelo até a morte. A atmosfera ao redor ficou impregnada com a energia carregada de tensão e antecipação.

Sibele retirou sua espada, enquanto César fazia o mesmo, preparando-se para o confronto. Os demais membros do grupo observavam em silêncio, cientes de que aquele duelo poderia redefinir não apenas a dinâmica do Conselho, mas também a unidade frágil do grupo.

O duelo começou, os dois guerreiros se movendo com agilidade e determinação. O som dos choques de espadas ecoava na sala, uma representação física das tensões subjacentes entre os membros do grupo. Os golpes eram rápidos e calculados, cada movimento revelando a habilidade e a experiência dos combatentes.

Enquanto Sibele lutava para se manter firme e defender a honra de seu convite ao Conselho, César demonstrava uma ferocidade impulsionada por sua desconfiança em relação à aliança com Lúcifer. O duelo era não apenas físico, mas uma manifestação de conflitos ideológicos e lealdades divididas.

César, movido por uma mistura de desespero e raiva, conseguiu desarmar Sibele em um movimento rápido e preciso. A espada de Sibele caiu ao chão, e, em um segundo, César investiu contra ela, ferindo-a no braço com um golpe certeiro.

A dor explodiu no braço de Sibele, mas sua determinação não vacilou. Com agilidade surpreendente, ela usou sua mão não ferida para se defender dos ataques subsequentes de César. O combate corpo a corpo tornou-se intenso, cada movimento refletindo a ferocidade do duelo.

Mesmo ferida, Sibele encontrou uma abertura e revidou com uma série de golpes rápidos e calculados. Sua esperteza e habilidade se destacaram, e ela conseguiu afastar César por tempo suficiente para recuperar sua espada caída.

O confronto continuou, agora com Sibele empunhando sua espada com ainda mais determinação. Seus movimentos eram fluidos e rápidos, enquanto ela buscava equilibrar a defesa e o ataque, mesmo com a dor persistente no braço ferido.

Com um movimento decisivo, Sibele conseguiu desarmar César, revertendo a situação a seu favor. Ela o encarou com firmeza, exibindo uma combinação de determinação e compaixão.

- Isso não precisa continuar. - afirmou Sibele, mantendo a adaga em punho, mas demonstrando sua disposição para encerrar o conflito.

César, percebendo a derrota iminente, abaixou a guarda e, com uma expressão resignada, assentiu.

- A aliança com o inferno pode ser nossa única esperança. Mas eu ainda acredito que estamos arriscando demais.

Sibele baixou a adaga, mostrando que a disputa tinha chegado ao fim.

- Vamos superar essas diferenças para enfrentar a escuridão que se aproxima. Precisamos uns dos outros agora mais do que nunca.

César, no chão e derrotado, olhou nos olhos de Sibele com uma mistura de frustração e resignação.

- Você venceu. Mas não sei se posso aceitar Lúcifer e seus demônios como aliados.

- Não pedimos que aceite. Pedimos que confie em nossa liderança. - disse Jason, se aproximando. - A luta contra as trevas é complexa, e precisamos de toda ajuda possível.

Sibele estendeu a mão para ajudar César a se levantar.

- A escolha é sua, César. Podemos continuar divididos ou unir forças para enfrentar o verdadeiro inimigo.

César, após um momento de reflexão, aceitou a mão estendida por Sibele. O duelo havia terminado, mas as feridas emocionais e as divisões persistiriam.

- Vou para outra base, que não esteja corrompida.

- Se é teu desejo. Enviarei recomendações.

- não há necessidade. - disse ele com superioridade para Jason, que deu de ombros.

- foram muitas emoções em pouco tempo. Vamos relaxar um pouco, mas fiquem alertas.

......................

Enquanto a tensão diminuía no ambiente, Sibele se encontrou sozinha no grande salão. Seus dedos tocavam suavemente as teclas do piano de cauda, e sua voz se elevava no melodioso refrão da música. Ela estava imersa na música, perdendo-se nas notas que ecoavam pelo salão.

...[...]...

...Assim morre outra vez meu coração...

...Nessa estrada onde eu caminho só...

...E o céu que se abriu pra gente se amar...

...Ficou cinza e de repente se escondeu de nós...

...Onde a gente se perdeu, queria tanto achar...

...E me lembrar que eu só queria te amar...

...Não, não vale a pena...

...Perder o amor que pena...

...Não posso não...

...Não consigo não...

...Quero nossa vida...

...De volta a alegria que soltou da minha mão...

...Você, bela página de um velho livro...

...Não vou mais te esquecer...

...Assim morre outra vez meu coração...

...Nessa estrada onde eu caminho só...

...E o céu que se abriu pra gente se amar...

...Ficou cinza e de repente se escondeu de nós...

...Onde a gente se perdeu, queria tanto achar...

...E me lembrar que eu só queria te amar...

...Você, bela página de um belo livro...

...Não vou mais te esquecer...

...Assim morre outra vez meu coração...

...Nessa estrada onde eu caminho só...

...E o céu que se abriu pra gente se amar...

...Ficou cinza e de repente se escondeu de nós...

...Onde a gente se perdeu, queria achar...

...Nessa estrada onde eu caminho só...

...E o céu que se abriu pra gente se amar...

...E me lembrar que eu só queria te amar...

...E me lembrar que eu só queria te amar...

Natan e alguns outros membros do grupo observava discretamente, apreciando a expressão vulnerável e emotiva de Sibele enquanto ela entregava sua alma à melodia. O piano servia como uma extensão de suas emoções, um refúgio temporário das batalhas e desafios que enfrentavam.

Natan, em particular, estava fascinado pela apresentação, admirando não apenas a habilidade musical de Sibele, mas também a profundidade de suas emoções transmitidas através da canção. A melodia ecoou pelos corredores vazios da base, um momento de pausa antes que a realidade da luta contra as trevas se fizesse presente novamente.

Quando a última nota se desvaneceu, Sibele se levantou e, sem perceber seus expectadores, se retirou do grande salão.

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