Era um dia nublado no vilarejo de São Miguel. As casas de estilo colonial com suas paredes brancas contrastavam com o cinza do céu carregado de nuvens. O vento soprava forte, levando consigo folhas secas e promessas que nunca se concretizam.
Na praça central, alguns fazendeiros se reuniam para trocar histórias e preocupações. Os rostos enrugados e as mãos calejadas denunciavam o trabalho árduo da terra. Ali, era o local perfeito para trocar promessas vagas e inalcançáveis ao vento.
José, um dos fazendeiros mais antigos do vilarejo, era visto pela sua astúcia e pelos discursos de esperança que compartilhava com o vento. Ele acreditava que, ao soltar suas palavras na brisa suave, o universo conspiraria a seu favor.
Certo dia, José enfrentava problemas financeiros por conta de uma grande seca que assolava a pequena propriedade. A terra estava árida e o gado sofria com a falha de alimentação. Desesperado, o fazendeiro se dirigiu a uma clareira na colina, desde costumava conversar com o vento e dar suas promessas voarem.
"Vento, meu velho amigo", disse José em um sussurro, "eu te prometo que, a partir de agora, trabalho com ainda mais dedicação e forço para superar essa dificuldade". Com um suspiro, ele soltou suas palavras na intensidade brisa, esperando que elas chegasse aos ouvidos do criador dos destinos.
Contudo, as promessas ao vento não era suficientes para José. Ele sabia que era preciso agir, buscar soluções concretas. Foi então que decidiu visitar a cidade vizinha em busca de emprego temporário. Ao voltar para casa, após semanas de trabalho árduo, trás consigo dicas e técnicas para melhorar a produtividade de suas terras.
O fazendeiro reuniu toda sua família e com o auxílio deles, aplicado como novas técnicas na lavoura. Como plantações vem a florescer e o gado finalmente tinha pasto verde e peido. José havia mantido sua promessa ao vento, mas também trabalho duro para mudar sua própria realidade.
O vilarejo de São Miguel começou a prosperar. As pessoas notaram a dedicação do fazendeiro e passaram a buscar sua ajuda para melhor suas terras. Compartilhando suas novas descobertas e técnicas agrícolas, José se tornou uma influência positiva na comunidade.
No entanto, nem todos viam com bons olhos a transformação que estava acontecendo em São Miguel. Ocorreu uma divisão entre os moradores conservadores, que acreditavam que as promessas ao vento tinham poderes mágicos, e os adeptos do realismo, que valorizavam a ação e o trabalho árduo.
Essa disputa ideológica começou a ganhar proporções maiores, transformando-se em uma batalha política no vilarejo. Encontros foram marcados, debates acalorados aconteciam nas praças, mas nenhuma solução parecia satisfazer ambas as partes.
Enquanto a discórdia se instalava em São Miguel, José continua trabalhando incansavelmente em sua lavoura, ainda soltando suas promessas ao vento. Percebendo que a guerra ideológica estava dividindo as pessoas que tanto amava, ele decidiu tomar uma atitude.
Reunindo-se com os líderes dos dois grupos, ele propôs um desafio. Cada grupo teria que trabalhar intensamente em suas terras, aplicando técnicas e promessas ao vento. Após um ano, os resultados seriam comparados e o grupo mais próspero teria suas práticas reconhecidas.
Ambos os grupos aceitaram o desafio e os trabalhos começaram. Durante um ano inteiro, o vento foi testemunha das promessas soltas em busca do crescimento das terras. José, como mediador, acompanhou de perto cada progresso feito por cada grupo.
Ao final do prazo determinado, realizou-se uma grande feira no vilarejo. As plantações e criações foram expostas à vista de todos e uma equipe de especialistas avaliou cada detalhe. Após longas discussões, concluíram que ambos os grupos haviam sido bem-sucedidos em suas propostas, cada um do seu jeito.
A notícia foi recebida com alívio e alegria por todos. O vilarejo de São Miguel finalmente tinha uma solução para essa disputa que parecia interminável. As promessas ao vento e o trabalho árduo coexistiram harmoniosamente, trabalhando prosperidade e união àquela lugar tão querido.
E assim, a tradição das promessas ao vento continuou sendo parte do cotidiano em São Miguel, mas dessa vez, acompanhada de uma abordagem realista, reforçando que é preciso acreditar na sorte e no esforço próprio para alcançar o sucesso. O vento continua soprando, carregando as palavras de esperança e promessa, agora guiadas pela sabedoria adquirida graças à união entre tradição e progresso.
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Atualizado até capítulo 70
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