Amor pelo filho

JOANA: Clarice querida, venha almoçar (falo da porta)

CLARICE: Estou indo Joana (desço) huuummm, que cheiro bom (sorrio)

JOANA: Sente querida, almoce (sorrio)

CLARICE: Joana, como é o relacionamento do Guilherme com os pais?

JOANA: Complicado filha, eles nunca se deram muito bem, nunca foram pais presente, depois que o Guilherme nasceu em menos de duas semanas ele viajaram e passaram meses fora, e sempre foi assim, como é até hoje. Eles passar uma semana ou duas trabalhando e meses por aí viajando, e não é a trabalho. Guilherme diz que eles só o geraram pra garantir a fortuna da família intacta já que foi uma regra imposta pelo senhor Hugo.

CLARICE: Minha nossa, será que eles não sentem nem um pouco de amor pelo filho?

JOANA: Pela forma como eles são desligados do Guilherme até podemos dizer que não. Mas eles são os pais né? Devem ter ao menos um pequeno sentimento. Depois desse acidente percebi eles mais preocupados e próximos. Veem aqui todos os dias, parecem tristes, abatidos...

CLARICE: É, talvez seja só o jeito fútil deles que não souberam lidar com uma criança. Mas acredito que exista um certo amor pelo filho. Mas pelo que vejo você e Miguel são apaixonados por ele né? (sorrio)

JOANA: Ahh sim, Guilherme é meu menino, o amo com todo o meu coração. E o Miguel, nem se fala, é o irmão amado dele, ele não se desgrudam por nada, até quase morreram juntos (falo triste) Miguel tá muito mal por vê-lo assim

CLARICE: Eu percebo... E onde ele está?

JOANA: No escritório, almoçou e foi trabalhar.

CLARICE: Hum, vou subir, estava uma delicia... Obrigada! (sorrio e subo)

NO QUARTO...

CLARICE: E aí gatão, vamos tomar um banho? (começo tirando sua roupa) Meu Deus, porque você é tão bonito em homem? Olha só esses músculos (rindo) Ui chuchuzinho

MIGUEL: Oi (rindo)

CLARICE: Quanto tempo você tá aí?

MIGUEL: Tempo suficiente pra te ver apalpando os músculos dele (rindo)

CLARICE: Ai meu Deus que vergonha, desculpa

MIGUEL: Eu posso te processar por assédio sabia? (ela me encara assustada) Tô brincando (rindo)

CLARICE: Ufa (suspiro fundo e ele ri mais)

MIGUEL: Ele deu algum sinal?

CLARICE: Nada ainda (falo o limpando com o pano molhado, é o banho que dá pra dar nele por enquanto)

MIGUEL: O médico dele vem aqui no fim do dia examiná-lo

CLARICE: Tomara que ele tenha uma boa notícia

MIGUEL: Tomara... eu vou descer, só vim vê-lo mesmo (sorrio)

CLARICE: Tá bom, se cuide (sorrio)

HORAS MAIS TARDE...

DOUTOR: Com licença doutora (sorrio e vejo uma mulher que me deixa hipnotizado)

CLARICE: Fique a vontade (sorrio) Obrigada pelo doutora

DOUTROR: É o que você será em breve pelo que Miguel me contou

CLARICE: Sim, falta só alguns meses

DOUTOR: Que bom... prazer me chamo Victor Brandão (estendo a mão)

CLARICE: Prazer, Clarice Alencar (aperto sua mão)

VICTOR: Nome de médica (sorrio) deixa eu examinar esse rapaz. Notou alguma mudança no quadro dele?

CLARICE: Infelizmente não

VITOR: Não tenho esperanças

CLARICE: Clinicamente falando, eu também não. Mas tenho fé

VICTOR: Isso é bom (sorrio) Bem, por hoje é só, fique atenta nele, qualquer coisa me ligue, aqui está meu cartão.

CLARICE: Obrigada doutror, tenha um bom dia (ele se vai)

Victor Brandão, 30 anos, cirurgião/clínico geral. Solteiro e sem filhos. Cuidou de Miguel e Guilherme no hospital e Miguel optou pra que ele continuasse os atendendo, já que Miguel e Guilherme não confiam no médico da família. Isso foi um problema entre ele e Gustavo, mas no fim Miguel venceu.

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