Eu te amo

GUILHERME: Então, podemos ir?

CLARICE: Sim

GUILHERME: Venha no meu carro Clarice. Precisamos conversar

CLARICE: Sim (o que vou fazer - penso)

GUILHERME: Miguel, vai na frente e prepara nossa mãe?

MIGUEL: Sim, pode deixar

NA MANSÃO...

JOANA: Miguel, pra onde levaram o Guilherme, eu chego em casa e não encontro ninguém?

MIGUEL: Senta um pouco mãe, tenho uma surpresa pra senhora (sorrio)

JOANA: Miguel pelo amor de Deus, fala o que tá acontecendo menino

GUILHERME: A senhora sempre foi assim mãe, ansiosa (falo entrando)

JOANA: (me viro lentamente ao ouvir aquela voz que eu reconheceria em qualquer lugar do mundo) AH MEU... (desmaio)

MIGUEL: MÃE, MÃE... (a seguro)

GUILHERME: Caramba cara, e agora?

CLARICE: Coloquem ela no sofá pra que eu a examine (falo pegando meu estetoscópio que sempre carrego na bolsa)

MIGUEL: O que ela tem Clarice?

CLARICE: Fiquem calmos, foi só um desmaio pela emoção. Ela já vai acordar (vemos ela se mexendo)

GUILHERME: Mãe, mãezinha, tá se sentindo bem?

JOANA: Oh meu Deus, você acordou meu menino, você está bem (choro me levantando) como foi isso?

MIGUEL: A gente te explicar tudo mãe, mas agora temos umas coisas pra resolver

JOANA: Tudo bem queridos, graças a Deus que você voltou meu filho (sorrio)

GUILHERME: Descanse um pouco mãe, mais tarde conversamos. Agora tenho uma conversa pendente com a Clarice (a encaro) Vamos?

CLARICE: Sim (ele segue pra o escritório e eu vou atrás, me sinto desesperada mas não tenho saída)

NO ESCRITÓRIO...

GUILHERME: Então Clarice, tem algo pra me contar?

CLARICE: Eu não sei o que dizer Guilherme, você mesmo disse que não se lembra de mim

GUILHERME: Então de fato nós nos conhecemos, nos apaixonamos, e nos casamos?

CLARICE: Sim (abaixo a cabeça)

GUILHERME: Como começaram as coisas entre nós, como nos conhecemos, onde, quando?

CLARICE: Em uma boate. Nos esbarramos lá, você me chamou pra dançar... Trocamos números de celular e começamos uma amizade. Mais ou menos um mês depois você me pediu em namoro e em menos de uma semana em casamento. Mas queria guardar segredo de todos, nem meu familiares sabem (falo rápido, nervosa).

GUILHERME: E quando nos casamos? (percebo seu nervosismo)

CLARICE: Um dia antes do seu acidente.

GUILHERME: E que tipo de homem era eu que recém casado fui a uma boate sem minha esposa?

CLARICE: Você queria comemorar com seu irmão e contar pra ele primeiro. Pra depois me apresentar a todos

GUILHERME: Hum, entendi... E você não se importou?

CLARICE: Não, eu entendi (abaixo a cabeça)

GUILHERME: É só isso? Tem mais alguma coisa?

CLARICE: Guilherme... (por um momento pensei em dizer a verdade e lhe pedir ajuda, mas será que ele acreditaria em uma desconhecida e iria contra os seus pais... é claro que não)

GUILHERME: Tem algo a me dizer Clarice? (uma esperança cresce em mim de que ela fale a verdade e aí sim eu possa ter essa mulher que me encantou e parece um anjo)

CLARICE: Eu quero o divórcio

GUILHERME: O quê? Porque?

CLARICE: Você não se lembra mais de mim, não me ama mais. Porque continuaremos juntos?

GUILHERME: Clarice (me aproximo) se eu escolhi você foi por algum motivo (pego sua mao) talvez eu não me lembre agora, mas com certeza eu amo você, e quero me recordar desse amor. Não desista do nosso casamento, me conquiste de novo (sorrio) Ou você não me ama mais?

CLARICE: Eu te amo (falo rápido) eu te amo desde o primeiro momento que te vi naquela ca... boate, naquela boate

GUILHERME: Então minha linda, vamos tentar?

CLARICE: Sim (sorrio) Vamos

(de fato eu o amo, e não nego, mas até quando poderei mentir e proteger a minha família?)

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