16ª capítulo

Henry

Estava em meu quarto estudando. Quando meu celular toca.

Ligação on

Deny: oi cara.

Eu: Deny que tá pegando? Pelo tom da voz dele notei, logo que estava abalado.

Deny: tive uma conversa com meu pai.

Eu: tu está bem? Parece que estava chorando.

Deny: descobri como minha mãe morreu. Ele disse e notei tremor na sua voz.

Eu: fala aí cara.

Deny: ela foi assassinada dentro da antiga casa que eles moravam.

Eu: Eita cara que barra. Seu pai que te contou?

Deny: sim. Pior foi saber que ainda nem tinha nascido.

Eu: como assim Denyel, não estou entendendo. Eu já estava ficando espantado.

Deny: ela tava de oito meses de gravidez quando a mataram. Os médicos fizeram uma cesariana para tirar o bebê. No caso eu, do corpo sem vida dela. Senti um nó enorme na garganta.

Eu: cara que história.

Deny: tô quebrado com isso. Como alguém atira em uma mulher grávida?

Eu: mano, tu tem que se acalmar. Vai acabar tendo uma crise nervosa.

Deny: eu não sei nem o que falar. Isso é pior do que ter imaginado esse tempo todo o que aconteceu. Eu nem sei se pegaram o culpado. Meu pai disse que nem puderam identificar o tal sujeito. Ouço um barulho do outro lado e sei que o Deny quebrou alguma coisa.

Eu: Deny se acalme. O que você está quebrando?

Deny: nada desculpe te meter no meio disso. Não tinha com quem falar. Foi mal.

Eu: Deny não se atre...

Ligação off

Ele desligou antes de terminar a frase.

"Humm, mimado, mimado e mimado. Não apronta uma dessa." Ligo para ele outra vez inutilmente  Já é muito tarde, se não fosse eu iria lá na casa dele. Ele é sempre tão cabeça dura, espero que não tenha feito besteira.

Denyel

Enquanto falava com Henry, pensei na maldita máfia a morte de minha mãe só pode ser obra deles. No impulso joguei toda as coisas do criado mudo no chão o jarro de vidro se quebrou espalhando água e caco pelo chão.  Dou uma desculpa para o Henry e desligo antes dele argumentar.  Olho o estrago que fiz e no mesmo instante alguém bateu na porta.

"Quero ficar sozinho." Falei firme. Sorte eu ter trancado a porta.

"Está tudo bem garoto?" Ouço a voz do Edgar.

"Sim, me deixa Ed." Logo não ouço mais barulho. Deito na cama, estou muito indignado e a ideia de que foram os caras da máfia me irrita ao saber que meu pai continua com eles.

Como pode. Fecho os olhos ainda chorando. Minha cabeça lateja de dor. Levanto vou até a janela abro. A brisa toca minha pele. Que vontade de sumir. Olho para baixo e o movimento tá bem pouco. Nunca precisei fugir de nada, mas dessa vez tinha vontade de sumir.

Se eu o fizesse seria arriscado demais. E se aquele cara de fato tivesse me vigiando. Droga por que eu tenho que pensar demais. Fechei a janela. E deitei na cama, fechei os olhos. Acabei adormecendo.

*de repente me vejo diante de uma cena de terror uma mulher jovem e bonita olhos verdes mas assustado. Um indivíduo semelhante a um monstro a encurrala, ela chama por alguém. Mas logo ela está no chão e tem muito sangue... seus olhos tão sem brilho.

E uma risada sombria invade minha mente."' Acordo em desespero, meu corpo está tremendo além de banhado de suor. Passo a mão pelo rosto nervoso.

Ainda está bem escuro, olho no celular e são duas horas da manhã, meu coração está aos pulos. Levanto atordoado. Entro no banheiro. Olho no espelho, meus olhos estão um pouco vermelhos e irritados.

Sinto um calafrio percorrer o meu corpo. Volto para cama mas rolo de um lado para o outro o resto da noite sem conseguir dormir. Olho a hora e falta dez minutos para o alarme tocar. Me levanto com cuidado desvio dos cacos de vidro.

Entro no box e tomo um banho quente meu corpo arrepia. Saio do banheiro visto uma bermuda preta e o uniforme escolar. Pego meu casaco preto porque estou sentindo um pouco de frio. Depois desço.

"Bom dia, filho."

"Bom dia pai."

"Como está hoje?" Dei de ombros. "Ok. Toma o café"

"eu não quero como qualquer coisa na escola."

"Deny..."

"Por favor." Digo e saio. Entro no carro.

"Está tudo bem Deny?"

"Quando começou a trabalhar aqui, Len?"

" Você tinha três anos, rapaz."

"Um sim." Esse tempo todo já ouviu falar da Lídia?"

"Poucas vezes."

"Eu queria mesmo. Que ela ainda estivesse aqui." Digo e fico triste.

"Ei menino, sei que sente falta de uma mãe. Mas a gente tá com e por você. " logo chegamos na escola. Henry estava me esperando na entrada.

"Como está Den?"

" nem sei man"

"Tou vendo que nem dormiu direito."

"Tive um pesadelo terrível." Logo o sinal tocou e fomos para a sala. Mas não conseguia me concentrar na aula. Bom que a manhã passou rápido. Fui para casa ainda em silêncio. Fui direto para o quarto. Que já estava tudo limpo. Fui tomar banho. Depois escolhi uma roupa para ir à empresa. Ouvi batida na porta.

"Entre." Meu pai entrou.

"Deny, a Silvia falou que tinha cacos espalhados. Fiquei preocupado. "

"Não foi nada, só me distraí e acabei derrubando o jarro."

"Tem à ver com a conversa de ontem?" Olhei para ele inquieto.

" sim, logo passa pai." Digo sinceramente " agora eu preciso terminar de me arrumar para o trabalho." Falo e ele concorda saindo. Então me visto e desço. Ele está na sala, me despeço dele e saio para o trabalho.

Como não tive nenhuma reunião, fiquei o tempo todo trancado na sala que tenho ocupado. Mas não me concentrei nos papéis da empresa e sim numa pesquisa completa sobre minha mãe e essa tal máfia. Me frustrou um pouco por não ter tido sorte.

Não tinha nada da minha mãe na internet. Só umas poucas fotos do casamento dos meus pais e alguns eventos que eles participavam. Porém também descobri que o Sr. Jullian tem muito mais ligação com meus pais do que eu imaginei.

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