Cinco anos depois
Dan
A uns dias eu tenho pensado em deixar essa máfia. Descobrir que foram responsáveis pela morte de minha esposa foi o limite mas eu não posso arriscar a vida do meu filho. Eu não suportaria, e quando eu supus a eles minha retirada ameaçaram fazer com o Denyel o mesmo que fizeram com minha amada Lídia. Não permitirei.
"Está tudo bem pai?" Ouço o Deny perguntar volto meus olhos para ele.
"Está sim." Eu continuo distraído.
"Eu lhe perguntei onde jantaremos hoje?"
"Como"
"Pai o senhor está bem?"
" eu preciso resolver um problema Denyel. Você escolhe o lugar." Digo me levantando. Desde de aquele suposto assalto que o meu filho sofreu a uma semana, eu não tenho conseguido dormir direito. Até por que me disseram que se eu insistir em sair. Coisa pior vai acontecer com ele. Maldita hora que eu voltei para essa máfia. Meu filho é muito esperto temo que ele acabe descobrindo. Antes de sair falo com Lendon "se o Deny quiser sair, leve seguranças com vocês ok."
"Sim, senhor"
" eu preciso resolver um problema, não virei para o almoço. " digo saindo. Ultimamente não tenho tido muito tempo. Os caras estão me exigindo mas trabalho. Eu morrerei pelo meu filho se for necessário mas eu não vou deixar machucarem ele. Vou para o carro tenho que decidir de vez a minha vida.
Denyel
Nesses dias eu tenho notado que meu pai está bem cansado. Desde o dia que eu fui assaltado no caminho para o colégio ele aumentou a segurança da casa. E me faz andar com vários seguranças. Henry insisti que ele só está preocupado. Talvez seja. Lembro que o Henry está me esperando na biblioteca, pego meu celular. Me encontro com Lendon.
"Onde vamos rapaz?"
" a biblioteca, tenho um trabalho escolar." Ele chama dois seguranças
"Pra que eles Lendon?" Pergunto já sabendo a resposta.
"Ordens do sr. Dan" saímos e os guardas estão ao meu lado. Isso é constrangedor afinal já tenho dezesseis anos não sou mais um menino. Eu suspiro sentindo que de fato algo estava bem errado. Ao chegar na biblioteca eu peço para me aguardarem ali. Eles ficam ali, entro e me encontro com Henry.
" oi cara, desculpa o atraso?"
" por que demorou tanto? Aconteceu algo?"
" acho que meu pai está com algum problema. Estava tentando faze-lo falar algo."
" deve ser, problema no trabalho. Não se preocupa mano." Eu concordo com ele e começamos a ler o livro da qual teremos que fazer o trabalho.
"Aquela mina a Marta, me mandou mensagem querendo dá um rolê. "
"Ela é gatinha Den." Henry diz e reviro os olhos.
"Ela é chata pá. Depois daquele lance ela tá toda virada querendo algo sério."
"Mano vou sair com a Sabrina mas tarde. A guria tá querendo o mesmo."
"A gente podia fazer uma resenha dia desses."
"Fechou Deny. Agora vamos terminar esse trabalho e pensar nas minas depois."
"Certo." Continuamos e ao final voltei para casa.
Após o almoço vou para meu quarto. Meu pai não veio para casa desde a manhã, Edgar me avisou que ele não viria. Mesmo assim eu tinha esperança. Espero que ele venha para o jantar, é quase uma tradição nossa e ambos sabemos que é importante eu até já escolhi o lugar. Olho meu celular.
Marta: vai rola de sairmos hoje gato?
Eu: Marta tem o lance do jantar com meu pai hoje.
Marta: queria te ver bebê.
Ela é uma moça bonita olhos castanho e pele um tanto bronzeada destacando as marquinhas. Nos ficamos algumas vezes lance nada sério eu curto a companhia dela e ela curte a minha mas de uns dias pra cá ela tá com umas ideias.
EU: bebê não vai rolar tu sabe que meu pai e eu temos uma tradição mas qualquer hora a gente sai.
Marta: tá bom gatinho. Bloqueio meu celular e vou a procura da dona Silvia. Queria um pãozinho de mel enquanto esperava ela me serviu.
"Obrigado." Digo sorrindo e mordo o pãozinho.
.......
Hanny
Eu amo tocar piano e quando ouço o som melodioso que aprendi acabo por agradecer o sr. Jullian pelas aulas de música, ao menos isso foi uma das melhores coisas de ficar enfiada nessa prisão. Tenho dezesseis anos e nunca conheci um menino como eu desejava. Minhas amigas todas dizem como é bom ter os namorados. Eu não tenho permissão nem de sair deste colégio. Minha mãe me prometeu que me levará para casa está semana mas tantas vezes ela já prometeu que até duvido se meu pai permitirá. Eu concentro no toque do piano para mostrar o grande final que a prof. Alice me ensinou no piano. Ao terminar ouço aplausos e agradeço saindo.
.....
Mas tarde em meu quarto recebo elogios de minhas amigas.
"Você arrasou Hanny"
"Você acha Barbi?"
"Claro foi perfeito" Sofi completa.
" obrigado meninas, vocês são as melhores" elas me abraçam um abraço bem caloroso. Eu correspondo e deitamos na cama e continuamos falando sobre tudo.
.......
Denyel
Já é a terceira vez que ligo para o meu pai, vai direto para caixa postal. Talvez ele tenha esquecido do nosso jantar, já são onze horas.
"Quer algo para comer menino?" Silvia me pergunta, olho para ela. E sei que ela só esta tentando me agradar, faço sinal negativo com a cabeça. Subo as escadas até meu quarto, tudo que eu quero agora é mais do que nunca descobrir o que está acontecendo com meu pai. Me deito na cama, querendo só ficar sozinho, meus pensamentos indicam que ele não esta sendo sincero e está tentando me manter protegido... Mas do que? Fecho meus olhos sentindo o pesar das pálpebras. O sono me rouba a concentração e os pensamentos se afastam.
.......
Dan
Chego em casa já passam da meia noite.
"Boa noite, senhor." Edgar me saúda.
"Boa noite. E o meu filho?" Pergunto lembrando que faltei ao nosso compromisso. Que merda foi a primeira vez ele deve ter se decepcionado.
"o garoto está dormindo"
"Ele me esperou muito?"
"Sim até às onze, e acabou dormindo sem jantar"
"Obrigado, vou lá ver ele" digo subindo as escadas, se eu não tivesse tido problemas chegaria a tempo e não teria perdido o jantar. Abro a porta do quarto, meu filho dorme tranquilo eu observo por um instante. Acabei me machucando hoje e isso causou o meu atraso. Sinto ter deixado meu garotinho esperando. Logo saio do quarto deixando-o descansar, também preciso descansar.
"Vai comer algo, senhor?" Silvia me pergunta.
"Não, senhora eu comi qualquer coisa na rua. Mas já devia estar descansado senhora." Falo.
"Eu já vou, descanse bem." Diz carinhosa e sai ela é como uma mãe para mim sempre preocupada. Eu não considero os que trabalham comigo empregados somos como uma família. Todos, exceto o meu filho sabem da vida errada que eu levo das coisas que eu já fiz mas são fiéis companheiros e me ajudam até hoje à manter meu filho longe disso. Eu vou para o meu quarto meu abdômen arde com o ferimento um pouco profundo que recebi na luta contra uns caras que fui incumbido de cobrar. Tomei banho e fiz um curativo de qualquer jeito geralmente a Silvia me ajuda mas hoje não quis incomodar. Deito na cama procurando descansar.
.......
Mal consegui dormir durante a noite sentindo essa dor insuportável. Forço a me levantar, certamente estou abatido pela má noite. Desço as escadas devagar. Meu filho já está à mesa.
"Bom dia pai" ele diz sorrindo eu me sinto mal por ser essa pessoa que certamente não merece aquele sorriso que tenho toda manhã. Mas eu não vivo sem ele.
"Bom dia meu garoto"
"Tudo bem papai? O senhor parece abatido." Pergunta me olhando aquele olhar terno que aquece meu coração. Seus olhos incrivelmente verdes me lembra ela, como a Lídia me faz falta.
"Só não dormi muito bem a noite, eu cheguei muito tarde"
"Pois é"
"Me desculpa, por ter falto com nosso compromisso."
"Sem problemas pai. Entendo. Eu preciso ir para o colégio, tenta descansar papai o senhor está de fato exausto" concordo com ele e me dispenso do meu garoto. Ledon e os seguranças saem acompanhando o menino. Ele nem reclamou da minha falta com nosso jantar. Eu sei que o magoou mas mesmo assim ele compreendeu.
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Atualizado até capítulo 37
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