Capítulo 3

Maria da Silva

Acordei mais cedo do que o normal, fiz minha higiene e fui abrir a padaria para ajudar o padeiro a fazer a primeira fornada. Depois subi para fazer o almoço e o lanche da Belinha e da Beck. Em seguida, fiz o café da manhã e fui levar para o meu avô que já estava na padaria. Subi para acordar minhas filhas e, depois de arrumar Belinha e dar o café da manhã, fui levá-la para a escola. Já eram 6:30h, o que significa que estávamos atrasadas. A Jack desceu para ajudar enquanto eu levava a Belinha para a escola, o que foi um milagre.

— Mamãe, a senhora está andando muito rápido — reclamou Belinha.

— Desculpa, meu amorzinho, mas estamos atrasadas — falei parando de andar e pegando-a no colo para andar mais rápido. A escola não ficava muito distante da minha casa, eram apenas 5 quadras. Assim que chegamos, a coloquei no chão. — Meu amor, hoje a Beck vem te buscar, se comporta por favor - falei depositando um beijo em sua testa.

— Certo, mamãe, te amo — ela falou me beijando.

— Também te amo — falei a beijando novamente. Antes de ela sair correndo ao encontro das colegas, voltei o mais rápido que pude para a padaria.

Graças a Deus, hoje o movimento estava muito grande e vai dar para fazer todos os pagamentos. Pedi para o compadre pagar a conta de energia. Já eram quase 10 horas quando consegui sentar um pouco.

— Ai, Maria, você está cada dia mais bonita — o Alemão falou. Ele é o maior bandido do bairro. Não é nenhum galã, tem 1,75m, cabelos loiros e olhos verdes. Já ouvi muitas vezes que eu era apenas mais uma das raparigas dele, mas nunca deixei me afetar.

Ele mal se aproximou e já estava com uma arma à mostra. Já sabia que não era coisa boa, mas como já tínhamos pago a taxa que ele cobra, estava um pouco apreensiva.

Podia ver três capangas muito bem armados se posicionando na entrada da padaria. Ele sempre anda com escolta e, mesmo morando no asfalto, um pouco longe da entrada da comunidade, já tem uns anos que ele manda neste lugar. Se você tem comércio, precisa ficar sempre alerta.

— O que vai querer? — perguntei e meu avô veio se aproximando.

— Nada, vocês como sempre me pagam certinho, mas eu só queria falar da Jack — ele falou, segurando a arma na mão para que eu pudesse ver com mais clareza.

— Cuidado com o que vai falar da minha irmã — falei com todo meu corpo tremendo, mas tentando manter a postura de durona.

— Calma, Maria, só que Jack estava precisando de um empréstimo. Como sou uma boa pessoa, emprestei R$ 20.000, e hoje vence uma parte. Vim pegar os R$ 3.000 — estou com tanta raiva. Nós nunca pegamos dinheiro emprestado, se não dá, simplesmente não temos. Mas a Jack, como sempre, fazendo idiotices.

— Eu não tenho os R$ 3.000. Acabamos de pagar a conta de luz. Só tenho R$ 800,00 no caixa — falei para ele.

— Só porque eu vou com a sua cara, eu vou aceitar. Mas ela tem até a próxima semana para me pagar a metade da dívida — ele falou pegando o dinheiro. Minha raiva só aumentou onde a minha irmã estava com a cabeça. — Ah, as suas filhas estão cada dia mais lindas. A Bernada está com um corpão. Parece até você quando tinha a idade dela...

— Não ouse chegar perto das minhas filhas...

— Não se preocupe, eu ainda prefiro a mãe delas — ele falou pegando no meu rosto e tentou me beijar, mas tirei com força. Ele saiu rindo. — Você ainda será minha. — ele falou saindo.

— Como a Jack pode pegar dinheiro com este bandido? Ela é louca — meu avô falou, mas eu estava com tanta raiva que subi para ter uma conversa séria com ela, que ainda estava se arrumando para ir para faculdade.

— Jack — gritei assim que cheguei no seu quarto. — Onde é que você estava com a sua cabeça? Como pode pegar dinheiro emprestado com o Rato? — falei furiosa. — Onde você vai tirar R$ 20.000? — falei parecendo uma louca.

— Ele já foi de fofoqueiro falar para você, e só foram R$ 18.900 reais. Ele é um exagerado — ela falou histérica.

— O Alemão é um criminoso, Jack. Todo mundo sabe. Vai me dizer que você não sabia? — falei com raiva.

— Por acaso você iria me emprestar o dinheiro? — ela perguntou.

— Claro que não, garota. Me fala de onde eu vou tirar esse dinheiro? E ele não veio de fofoca, ele veio me cobrar, e eu tive que dar todo o dinheiro que eu tinha no caixa...

— Maria, eu pedi para o vovô e ele disse que não poderia me dar, e não tive escolha — ela falou andando pela casa. Eu fui atrás dela.

— Me explica para que você queria esse dinheiro? — perguntei irritada. A Jack sempre vive no mundo da lua, fingindo uma vida que não temos, e eu tenho que limpar as suas bobagens. Me irrita porque eu não sou tão mais velha que ela, sou apenas 9 anos e meio mais velha.

— Lembra que estava trabalhando naquela loja? Bom, por acidente, eu quebrei uma peça e tinha que pagar - ela falou sentada no sofá.

— Você sabe com quem se meteu? Se você não pagar o mais rápido, ele vai fazer algo ruim. E você sabe que envolveu a família toda. Já pensou que ele pode fazer algo com a Beck ou com a Belinha? Ele pode machucar as minhas filhas...

— Suas filhas? Até onde eu sei, a Beck é nossa irmã, e com toda a certeza se fosse a Beck você não estaria fazendo esse show...

— Não estaria porque a minha filha não faria isso, e eu cuido dela desde o dia em que ela nasceu e ensinei-a a sonhar com os pés no chão. Já você nunca pensa antes de agir — falei ficando na sua frente. — Jack, você não é mais criança. Você tem 20 anos e eu não sou sua mãe para ter que resolver todos os seus problemas. Me diga onde você vai arrumar esse dinheiro.

— Eu não estou pedindo para você resolver, e hoje à noite eu vou conhecer o milionário que será meu marido. Estará tudo resolvido — revirei meus olhos, me afastando dela para não dar um tapa na sua cara.

— Me escuta, Jack — falei respirando fundo. — Se você encontrar alguém, ele não vai querer casar com você. Esse tipo de homem quer se divertir com garotas fáceis e depois descartá-las. Você tem que procurar um trabalho em vez de ficar sonhando acordada — falei olhando nos olhos dela.

— Maria, nem todos os homens são iguais ao pai da sua filha. O pai da sua filha que você teve na França e até hoje não teve coragem de contar sobre o homem que fez junto com você, né? Até onde eu sei, não dá para fazer um filho sozinha, mas você é a filha perfeita, a neta perfeita...

— Eu não sou perfeita, e o pai da minha filha não interessa a ninguém...

— Claro né, mas o meu príncipe encantado não vai me largar grávida. Você só não quer falar do homem que te machucou. Afinal, você não tira a pose da Maria durona — ela falou batendo à porta e saiu. Respirei fundo antes de me sentar na escada. Eu não sei mais o que fazer com ela.

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À tarde, passei na minha salinha de costura. Eu me sentei em frente à minha máquina de costura, olhando para a foto do vestido da marca Ferrara que a Jack trouxera para mim copiar. Era um modelo elegante, porém ele precisava de algo a mais. Eu não poderia negar que a peça era realmente deslumbrante, mas meu coração se apertou ao pensar nas consequências que isso poderia trazer.

Jack era minha irmã mais nova, uma garota cheia de sonhos e determinação. Ela sempre me admirou por minha habilidade com a costura, e eu, por minha vez, fazia tudo o que podia para ajudá-la a alcançar seus objetivos. No entanto, copiar um vestido da marca Ferrara era algo errado eu nunca copiei nada de ninguém e sabia que não era o certo a dr fazer.

Nossa família não vivia na mesma faixa de renda que as pessoas que frequentavam as festas luxuosas da agência em que Jack trabalhava. Enquanto eles esbanjavam dinheiro em roupas de grife e acessórios caros, nós precisávamos nos virar com o pouco que tínhamos. A ideia de recriar um vestido tão caro era, no mínimo, intimidante.

Ainda assim, não pude resistir aos olhos suplicantes de Jack. Ela implorava que eu a ajudasse, dizendo que precisava impressionar os superiores se quisesse se manter no emprego.

Então, me pus a copiar o vestido, mesmo a Jack não merecendo, mas nós íamos precisar do dinheiro mais que nunca agora, então comecei a cópia o vestido, mas com algumas modificações para deixá-lo ainda melhor. Comecei a estudar cada detalhe, analisando os tecidos, as costuras e os acabamentos. Minhas mãos habilidosas trabalhavam com destreza, movendo a agulha e a linha com precisão.

Primeiro, escolhi um tecido semelhante ao original, mas de melhor qualidade. Queria que o vestido fosse não apenas uma cópia, mas uma versão aprimorada. Em seguida, comecei a fazer as alterações nos detalhes. Ajustei a modelagem para se adaptar perfeitamente ao corpo de Jack, realçando suas curvas e valorizando sua silhueta.

Para deixar o vestido ainda mais bonito, acrescentei bordados delicados no decote e nas mangas. Utilizei linhas douradas, que brilhavam sutilmente à luz, conferindo um toque de elegância e sofisticação à peça. Os detalhes eram minuciosamente pensados, levando em consideração a personalidade única de Jack.

Ao finalizar, meus olhos se encheram de orgulho ao ver a obra de arte que havia criado. O vestido, de fato, estava mais bonito que o original. Era uma verdadeira prova de que, com talento e dedicação, era possível superar até mesmo as marcas mais renomadas.

Estava terminando alguns detalhes quando a Jack entrou.

— Conseguiu terminar o vestido? — ela perguntou assim que eu terminei de colocar o último detalhe.

— Sim, mas me escuta, Jack. Esta é a primeira e última vez que copio um desenho alheio. Se você quiser, eu faço um para você, mas não copio. Entendeu? Isso é um crime e do jeito que tenho sorte, vão me esquecer na cadeia. E eu tenho uma família para criar.

— Claro, Maria. Deixa eu ver — ela pediu e mostrei o vestido. O vestido original está um pouco básico e não consegui fazer um vestido tão sem graça. Sou muito fã da marca de moda Ferrara, mas nos últimos anos as coleções têm sido meio fracas.

— Ficou perfeito, Maria, e muito parecido com o da Ferrara, quase idêntico — ela falou com os olhos brilhantes e empolgada. Ainda estou chateada com ela e não deveria estar fazendo isso, mas preciso.

— Idêntico não, eu fiz várias alterações . Acho que ficou ainda mais bonito — falei e ela girava com o vestido.

— Eu comprei um sapato que vai ficar perfeito com este vestido... — eu a cortei.

— Não, por favor, não estrague a moda. Este vestido precisa de um sapato especial. Eu mesma o desenhei e fiz para você usar hoje - falei pegando a caixa.

Eu dediquei horas e horas para produzir esse salto, cuidando de cada minúcia. Cada flor foi delicadamente esculpida e pintada, com uma atenção especial aos detalhes para dar vida a essa obra-prima. É gratificante ver como elas adicionam um toque feminino e especial à peça.

A harmonia entre as flores e a pintura à mão é algo que me enche de alegria. Cada pincelada foi feita com precisão, com um objetivo claro em mente: criar um padrão único e envolvente que atraia olhares e desperte admiração.

Quando eu olho para esse sapato, sinto como se estivesse vendo um pedaço de mim mesmo. Cada técnica artesanal aplicada é uma expressão do meu talento e criatividade. Essa peça vai além de simplesmente ser um sapato, ela é uma verdadeira manifestação da minha paixão pela arte e pela moda.

— Uau, Maria, eles são perfeitos! Você quem fez? — ela perguntou com a boca aberta.

— Sim, fiz todos os detalhes, passei a semana trabalhando neles. Experimenta — falei e ela foi colocar no pé, mas fez uma cara.

— Não, Maria, você tem que colocar o nome em tudo — ela falou.

— Claro, o desenho é meu, o trabalho é meu, eu tenho que colocar minha etiqueta — falei e ela sorriu.

— Obrigada mesmo, Maria. Você é a melhor irmã do mundo. Não acredito que você fez esses sapatos para mim — ela falou e eu sorri. — E sério, me desculpa mesmo por tudo. Eu só queria resolver...

— Só tome cuidado. Hoje não vou poder fazer o jantar, tenho que voltar para a padaria. Por favor, resolva isso e não deixe minha filha comer nenhuma besteira — falei saindo.

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Voltei para casa já eram mais de 20h. Eu tinha muita coisa para fazer em casa. Assim que entrei, vi a Beck sentada com a Belinha, assistindo a um filme da Barbie.

— Mamãe — as meninas falaram juntas, sorrindo assim que me viram. Com certeza, essa era a melhor parte do meu dia. A Belinha veio correndo para o meu colo, e eu a peguei, enchendo-a de beijinhos.

— Oi meu amor, estava com saudade, muita saudade — falei, beijando-a.

— Também, mamãe — ela falou, me beijando. Coloquei-a no chão e fui falar com a Beck. Depositei um beijo na bochecha dela antes de falar.

— Filha, muito obrigada mesmo por cuidar da sua irmã e desculpe, eu sei que a responsabilidade de cuidar da Belinha é minha. Espero que sua treinadora não tenha ficado muito irritada — falei, colocando meu celular em cima da mesa e me sentei no sofá por um tempo com as duas, estou muito cansada.

— Ela não ficou muito feliz, mas entendeu e disse que se eu precisar, posso levá-la comigo, claro se você deixar — a Beck falou.

Ela teve que perder o treino hoje porque eu não podia ficar com a Belinha e, bom, confio mais na filha (irmã) de 15 anos do que na minha irmã de 20.

— Por mim, tudo bem. Obrigada mesmo. Eu prometo me organizar... — comecei a falar e ela me interrompeu.

— Eu posso ficar com a minha irmã sem problema nenhum, mamãe. Sei que você precisa costurar, você fica até mais feliz quando faz o que gosta... — ela falou e acho incrível o quanto ela é compreensiva

— Eu amo mesmo costurar. Estou até fazendo um vestido lindo para a minha pequena e fiz um look lindo para você, filha...

— Nada de saias e vestidos...

— Até parece que eu não te conheço. Você pode não ter nascido da minha barriga, mas eu cuido de você desde o dia que você nasceu — falei, e ela me abraçou.

— Mas eu nasci da sua barriga, né mamãe? —. a Belinha falou, me fazendo rir.

— Sim, você nasceu da minha barriga, e doeu muito para você sair de mim. Eu nem acreditei que fiz uma menina tão linda, mesmo não sendo parecida com a mamãe. Mas eu te amo muito do mesmo jeito — falei, beijando-a. — Eu vou tomar um banho e já volto para jantarmos", falei saindo e fui tomar um banho. Assim que saí, vesti meu pijama soltinho.

Fui até a cozinha ver o que tínhamos para comer. A Beck já tinha arrumado a casa, o que facilita o meu trabalho. Quando ela está em casa, ela arruma. Já a Jack, eu nunca posso contar. Minha avó mimava muito ela, só porque o pai dela dava pensão. Minha avó sempre foi louca por dinheiro.

A Jack tinha feito uma lasanha de carne. Coloquei um pedaço para a Belinha e outro para a Beck. Coloquei os dois pratos na mesa, o suco. Meu avô, depois que fechou a padaria, tinha saído para uma festa de idosos que teria hoje, mas eu estava sentindo algo estranho e olhei para o relógio. Já passava das 20:40 e nada da Jack. Me sentei com as meninas para jantar quando ouvi algo vindo do andar de baixo e reconheci a voz da Jack. Pulei da cadeira e saí correndo, e encontrei a Jack toda machucada no chão.

— Beck, me ajuda — pedi e desci para pegar a Jack.

— O que aconteceu? — a Beck perguntou, toda preocupada, e não era para menos.

— Eu estava saindo do salão quando os capangas do Alemão me pegaram. Eles disseram que era um aviso — ela falou, cansada, e eu fiquei andando de um lado para o outro.

— Eu te falei, me diga de onde eu vou tirar esse dinheiro. Nós gastamos comprando o novo maquinário da padaria. Eu não tenho esse dinheiro, e o vovô não vai dar. Você sabe disso. Me diz como você pensa em resolver isso. Eu paguei hoje e ele ainda fez isso. Como vamos fazer? — falei, andando de um lado para o outro.

— Maria, por favor, vai no meu lugar no evento. Eu não posso perder esse trabalho, e não posso ir assim. Eles vão me pagar amanhã, e é o valor da primeira prestação do Alemão. Por favor, Maria — ela pediu, com a voz cansada.

— Vai, mãe. Eu tomo conta das duas — a Beck falou, forçando um sorriso.

— É a última vez que eu vou fazer isso por você. Estou cansada disso, Jack. Você não é mais criança. Eu preciso que você acorde para a vida. Eu sou sua irmã, Jack. Eu também quero poder me dar o luxo de me divertir, às vezes, de não me preocupar, mas eu não consigo, sabe por que? Porque eu tenho que ser a responsável. Por favor, pensa um pouco. Eu não vou estar a vida toda para te ajudar nos seus problemas. Uma hora eu vou cansar — falei e saí para pegar um remédio e a maleta de primeiros socorros. Depois de limpar os ferimentos, fui me arrumar.

Já faz tanto tempo que eu não vou em uma festa que nem me lembro direito como é. A última vez que eu saí foi quando conheci o mascarado, e já tem cinco anos. Depois de fazer uma maquiagem, vesti uma roupa e calcei um sapato que estava um pouco folgado, mas nada que me impedisse de andar. Assim que saí do quarto, vi a cara de surpresa de todas.

— Mamãe, você está perfeita, mais bonita que uma princesa. — a Belinha falou, sorrindo.

— Nossa, mãe, você está deslumbrante. Com certeza, é a mais bonita da festa — a Beck falou e estava em choque.

— Nossa, Maria, como você é linda, você se esconde tanto naquele uniforme, mas você é um avião. Sério, ainda não entendo por que você não tem um namorado...

— Eu não quero me envolver com ninguém..."

— Espero que você se divirta um pouco para curar esse mau humor — a Jack me deu o convite e o nome que eu tinha que dar para entrar no evento.

— Vocês lembram das regras, né meus amores? — perguntei para elas.

— Sim, mamãe, e não se preocupe.

— Qualquer coisa, vocês me ligam, viu? Fiquem trancafiadas e não abram a porta para ninguém. Entenderam? Para ninguém — falei, e elas fizeram que sim com a cabeça.

Pedi um aplicativo e saí para ir para essa tal festa, mas algo me diz que eu não deveria ir.

©©©©©©©©©

Continua...

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Comments

Rosa Beheregaray Fagundes

Rosa Beheregaray Fagundes

amando seu romance autora

2024-01-12

1

Roseli Santos

Roseli Santos

Estou amando a história

2023-12-19

0

Maria Fraga

Maria Fraga

algo me dis que você tem que esta la

2023-12-12

1

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