Lara prometeu ao homem que trouxe Alex para o hospital que faria os possíveis para salva-lo. Lara se retira depois de falar com o homem e então vai a sala de cirurgia, pois tinha que opera-lo ou ele perderia a vida.
Lara: Anestesia general por favor.
Ao fazer o pedido, o ajudante prepara a seringa e entrega para Lara que injeta em Alex.
Lara: Bisturí por favor...
Mais uma vez, o ajudante pega no objeto e entrega para Lara que faz o corte no local preciso.
Lara: Me passe a pinça por favor.
E mais uma vez o ajudante entrega o que Lara pediu. Foram mais de duas horas realizando a cirurgia. No final do processo, ao ver que o paciente estava estável, mas em coma Lara decide não mandá-lo para UTI e sim para o um dos quartos do hospital.
Nora: Como foi a cirurgia doutora?
Lara: Correu tudo bem. O paciente está em coma, mas não está em estado grave.
Nora: Isso é ótimo doutora.
Quando o vi naquele estado, confesso que pensei que ele não fosse resistir. Ele estava bem mal.
Lara: Ele sofreu vários cortes pelo corpo. Inclusive um caco grande do pára-brisa encravou no peito dele, causando um corte assustador. Mas ele reagiu bem e lutou pela vida.
Nora: Mais um trabalho bem sucedido. Parabéns doutora.
Lara: Obrigada Nora. Você sabe me dizer onde está o homem que o trouxe para cá?
Nora: Ele foi embora doutora. Ele disse que não conhece o paciente e que não sabe nada sobre ele. Ele só ajudou ao ver o estado dele naquele acidente.
Lara: Oh meu Deus. O paciente está sem identificação alguma e não temos como acessar a família dele para avisar o ocorrido.
Nora: Eu irei ver nas roupas dele se não tem algo que possa nos ajudar. Talvez eu encontre algum contacto de algum familiar ou amigo.
Lara: Vamos esperar até amanhã para ver se ele acorda. Não podemos mexer nas coisas coisas dele. Se ele acordar e descobrir, pode se chatear.
Nora: Mas é por uma justa causa doutora.
Lara: Eu sei. Mas mesmo assim não deixa de ser invasão de privacidade.
Nora: E o que vamos fazer então?
Lara: Vamos esperar até amanhã. Se o paciente acordar, nós conversaremos com ele. Caso não a gente procura na roupa dele, algo que nos faça chegar em seus familiares.
Nora: Você tem razão doutora. A senhora sempre sendo sábia.
Lara dá um leve sorriso acariciando o ombro de sua amiga, Nora.
Lara: Não é para muito, Nora. Eu só faço isso pensando na integridade privacidade de cada paciente. —Lara olha para o relógio—
Lara: Já é 01h da tarde. Vamos almoçar?
Nora: Infelizmente eu não vou pedir ir. Eu tenho que cuidar do paciente do quarto 403. O senhor Bolton.
Lara: Esse senhor é o patriarca da família Bolton e o presidente das empresas Bolton's industries?
Nora: Sim, é ele mesmo.
Lara: O que aconteceu com ele? Eu não entendi muito o caso dele.
Nora: Então, ele teve um AVC isquêmico transitório. E acabou perdendo o movimento e o sentido tátil de todo o corpo. Ele acabou ficando tetraplégico.
Lara: Meu Deus. Isso é muito triste.
Nora: Você nem sabe do pior hein.
Lara: Como assim? Tem algo pior que isso?
Nora: A família o jogou aqui e o abandonou. Na verdade, eu escutei vários boatos dizendo que a família o largou aqui para poder usufruir do seu dinheiro e se apoderar de suas empresas. Os dois filhos dele só o visitaram nos primeiros dias, e nunca mais voltaram.
Lara: Isso é mais triste ainda. Quanta maldade. E você sabe da esposa dele?
Nora: A senhora Bolton mesmo sabendo que seu marido está internado, ela fez uma viagem e foi tirar férias no Havaí.
Lara: Que família maldosa. Cadê a consideração por ele?
Nora: Quem está cuidando dele, é uma sobrinha que é filha da irmã.
Lara: Pelo menos ele tem alguém nem.
Nora: Não quero nem imaginar a confusão que vai dar, se esse velho se recuperar.
Lara: Com certeza o bicho vai pegar. Bem eu já vou almoçar. Até daqui há pouco, Nora...
Lara dá um leve tapa no ombro de Nora e vai em direção a saída. Lara não gostava de comer no hospital, prefería comer em restaurantes.
Lara vai até seu carro que está no estacionamento e depois de o destravar, adentra no veículo.
••••
— Como assim ele não chegou no aeroporto? Ele não estava com vocês?
— Ele estava com o carro bem atrás de nós senhor, mas sumiu de vista.
— Como isso foi acontecer? O Alex não é assim.
Claire: Eu liguei várias vezes para ele, mas só dá caixa postal.
— Vai ver, ele amarelou comandante.
— O Alex nunca faria isso. Ele jamais abandonaria uma missão por medo ou capricho.
— Às pessoas mudam, né comandante.
— Sumam todos daqui, procurem Alex em todos os cantos. Seja hospitais, prisões, clínicas, tudo.
Caleb: Senhor, eu já fui para a casa dele. Mas a recepcionista do prédio disse que Alex não foi pra casa desde que saiu ontem de manhã.
— Céus, mas onde diabos o Alex se meteu‽¿
Claire: Será que não aconteceu alguma coisa com ele?
Caleb: Como o quê Claire?
Claire: Eu não sei, um acidente talvez?
Caleb: Vira essa boca pra lá, mulher. Que tipo de pensamento é esse?
Claire: É só uma possibilidade. Temos que pensar em qualquer hipótese agora.
Enquanto o comandante, o Caleb e Claire pensavam no que terá acontecido com Alex, um soldado entra no escritório sem nem mesmo bater de tão desesperado que estava.
— Que forma é essa de entrar? Não sabe bater na porta?
— Desculpe comandante Luís, mas acontece que eu lembrei de uma coisa. Eu não sei se vai servir de grande ajuda.
Luís: Do que se trata?
— É sobre o Alex.
Claire: Fala logo. O que está esperando?
— Então, quando nós estávamos indo para o aeroporto, o carro do Alex estava a frente, mas não sei o que aconteceu e nós o ultrapassamos, ele ficou atrás. Quando estávamos mais adiante dele, eu via o carro dele ficar mais distante. Do nado o carro dele sumiu da nossa vista e ouvimos um estrondo, o som de algo explodindo. Só que eu não sei dizer se era o carro dele.
Luis: E só agora você está nos contando isso? — Luís pega o soldado pelo colarinho—
— Desculpa senhor, mas eu...
Caleb: Quando vocês perceberam a ausência dele?
— Quando chegamos no aeroporto.
Claire: Isso quer dizer que... O Alex está morto?
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Atualizado até capítulo 27
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