CAPÍTULO 8

Rebeca passa a tarde pensando nas palavras que Diego havia dito, ela se sente culpada por ele ter ido embora..

Adriel não havia retornado desde que saíu da enfermaria enciumado..

O celular dela estava descarregado e uma angústia batia no seu peito.

- Preciso do celular de alguém para ligar para o meu esposo.

Ela pensa nessa opção procurando a pessoa para isso.

Uma técnica de enfermagem veio ao leito de Rebeca para verificar os seus sinais vitais..

Ela não ia perder essa oportunidade.

- Com licença minha querida, pode emprestar-me o seu celular para me fazer uma ligação?

- Você precisa do celular? Pergunta a técnica.

Nesse momento Adriel adentra a sala e não olha para Rebeca.

Ele parecia triste..

A técnica empresta o celular para Rebeca que observava Adriel conversando com alguns colegas de trabalho.

- Obrigada! Te devolvo rapidinho.. Ela agradece e digita pausadamente o número de Diego.

A ligação é desconectada várias vezes até que ele atende.

- Quem é? Pergunta com a voz irritada.

- Sou eu querido! Sinto muito por mais cedo. Ela deixa a sua voz mansa . Pode perdoar-me ?

Enquanto ela falava ao telefone , Adriel olhava discretamente de soslaio.seu coração ardia por dentro, muitos anos escondendo um amor por ela e agora ver a pessoa amada casada com outro, foi um grande golpe para ele..

- Não te perdôo! Resmunga Diego irritado.

- Querido! Não faz isso comigo, sou a sua esposa e queria que estivesse aqui comigo.

Do outro lado da linha, o coração de Diego se derrete pelas palavras carinhosas de Rebeca.

- É sério mesmo? Queria que estivesse aí ? Ele pergunta um pouco mais bonançoso.

- Estou falando sério, mas se duvida melhor eu desligar.

Rebeca faz um pouco de drama para tentar amolecer o coração dele.

Na hora que Diego ia responder , Adriel aparece em frente a Rebeca e fala-lhe.

- Beca, como está meu anjo?

Ligeiramente a ligação é desconectada.

- Estou bem melhor! Pode dar-me alta, por favor?

Ela responde tentando ligar novamente para o marido.

Adriel se senta na beirada da cama dela.

- Está com saudades do marido? Pergunta curioso.

- Sim , estou! Respondeu ela rapidamente.

- Por enquanto não posso te dar alta, amanhã fará uma tomografia e depois veremos o que prosseguirá.

Ele conversa com ela pacificamente.

Já no escritório, Diego havia derrubado algumas coisas da mesa após ter encerrado a ligação..

O ciúme ardia no seu peito.

Ele levanta-se e sai da empresa novamente..

Rebeca apaga o número do marido e devolve o celular para a técnica de enfermagem e continua a conversar com o amigo médico,ela estava muito entediada.

- Me perdoa por não ter falado sobre o meu casamento , tenho os meus motivos para isso, espero que não fique chateado comigo.

- Não gostei por esconder de mim algo tão sério, afinal sou teu amigo, não é? Mas tudo bem, está perdoada.

Adriel passa a mão alisando os cabelos dela, ele não queria se declarar por enquanto, também pensou que não era adequado já que Rebeca estava casada.

- obrigada meu amigo, estava com medo que ficasse chateado. Vai ficar também no turno da noite? Pergunta ela curiosa.

- Hoje não! Mas amanhã estarei aqui para te acompanhar.

Ele despede-se de Rebeca e vai embora, já que o seu plantão havia se encerrado.

Ela fecha os olhos tentando dormir.

Enquanto isso, Adriel andava pelo corredor do hospital para ir embora, mas teve os seus passos paralisados ao encontrar Diego.

Eles se encaram e Adriel pergunta.

- Vai pernoitar com a Beca no hospital?

- Sim, ela é minha esposa, é justo que seja assim!

Diego responde rispidamente.

- Vejo que tem fibra! Só amando de verdade, um homem como o senhor se abaixa a esse ambiente, não é verdade?

Adriel já percebera o quão rico Diego era e ficou realmente surpreso por vê-lo ali.

- Não devo satisfação para você! Acho melhor você ir embora..

Diego estava nervoso com as palavras de Adriel.

Nem ele mesmo sabia qual tipo de sentimento sentira por Rebeca.

- Não a faça sofrer!

Adriel chega bem perto dele e sussurra para Diego ouvir.

O marido de Rebeca solta um sorriso diabólico e sarcástico.

- o meu casamento com Rebeca só corresponde a mim e a ela. Não me diga, que está apaixonado pela minha esposa?

- Sim , Estou! Sou loucamente apaixonado por ela.. Adriel diz furioso.

Diego solta um ruivo baixo de raiva.

- Fique longe dela, não quero ela perto de você.

- O que é ? Está com medo que roube ela de você? Sinceramente, não sei como ela pode se casar com um homem como você, dar para ver que não a ama, e que isso deve ter sido um capricho seu..

Diego segura Adriel pela (gola) da sua blusa e diz com arrogância..

- Ouça bem , seu médico de quinta categoria, quem pensa que é para dizer o que sinto ou deixou de sentir? Se não saí da vida dela vou arruinar a sua carreira de médico!

Adriel o empurra com ira.

- Não tenho medo das suas ameaças, não vou deixar a minha amizade com ela, porque um marido ciumento quer.

Ligeiramente a discussão entre eles ia aumentando e Diego olhava com bastante ódio para Adriel cerrando os seus punhos prontos para o acertar.

- Adriel? Ainda não foi ?

Um dos médicos se aproxima e segura no ombro do doutor e o puxa tirando-o dali.

Diego vai em direção a enfermaria.

Ao entrar, nota que Rebeca está com os olhos fechados.

Ele chega de mansinho e se senta na cadeira ao lado dela.

Os outros pacientes e acompanhantes observam o homem lindo e bem vestido a olhar para a mulher feia na cama.

- Diego? Meu Bem? Que bom que veio.

Ela abre os olhos dando um sorriso para o marido.

- Vim, para depois não me acusarem de negligência com a minha esposa.

Ele fala duramente reprimindo a sua voz.

Ela o olha a estreitar as sobrancelhas e entortando os seus lábios para um dos lados da boca, Rebeca resolve ficar calada e fechando os olhos tenta dormir novamente.

Ele olha de canto de olho para ela que continuava com os olhos fechados, Diego com as mãos, puxa um pouco as bochechas dela deixando avermelhada a sua pele branca.

- Aiiii, isso dói! Reclama ela.

- Isso é para não fingir que não me ouviu..

- Te ouvi sim , mas parece que não quer ter obrigações comigo..

O casal começa uma discussão baixinho.

Continua...

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