CAPÍTULO 5

Eu fiz uma pergunta, responda? Diego se altera com o silêncio dela..

- Eu vou para casa da minha amiga!

- Você já saiu pela manhã e vai sair de novo? Você é uma mulher casada, não pode ficar a sair como se fosse solteira..

- E por quê não? Sou sua prisioneira, Diego Trajano?

Rebeca fita os seus olhos castanhos ofendida com as palavras dele..

Eles se encaram profundamente..

Diego segura o braço dela levemente..

- Não, claro que não! Pode ir, não é uma prisioneira, mas saiba que as coisas mudaram. Agora que é a senhora Trajano, terá muitas pessoas maldosas querendo se aproximar de você, tome cuidado..

Ele diz as suas palavras e sai para o quarto.

Rebeca sai da mansão e pegando um ônibus vai para a casa de Luísa..

Chegando lá, Luisa se agarra a Rebeca deprimida..

- O que aconteceu, Luísa?

- Preciso contar-te uma coisa, mas não sei como. Rebeca? Perdão amiga..

Ela chora no ombro de Rebeca!

- Luisa? O que está acontecendo? Porque está a chorar e pedindo perdão?

- Eu estou grávida! Luisa solta a novidade.

- Filho é uma benção,! Então porque está chorando? Está emocionada ?

Rebeca não se surpreende com a notícia, mas fica apreensiva porque pensava que o choro de Luísa não era de felicidade..

- Beca! Estou grávida do seu Tio!

Rebeca solta-a perplexa da notícia..

- Como assim Luisa? O meu tio é casado e tem uma família, explica essa história direito?

- Estávamos a sair a dois meses.. No início resisti, mas não pude suportar por muito tempo..

Ela chorava muito..

- Ele sabe sobre a gravidez? Ele deu-te esperança que ia ficar com você? Luisa? Eu sempre te avisei que o meu tio é muito traiçoeiro.. Com certeza se aproximou de você para saber informações sobre mim.

- Não disse nada para ele! Terminamos faz alguns dias..

Rebeca senta no sofá da sala..

- Me perdoa por não ter falado nada? Luisa fica ao lado dela no sofá..

- Luisa? Não gostei do que fez! Só quero confiar em você, mas depois disso... Transar com o homem que me odeia .

Rebeca abaixa a cabeça..

- Beca! Não falei nada sobre os seus planos..Ele vinha com umas conversas esquisitas para saber informações sobre você, mas ficava atenta para não responder coisa errada..

Luisa abraça fortemente Rebeca.

- Vou para casa! Depois conversamos. Levantando-se, Rebeca tenta sair da casa, mas Luisa não permite..

- Por favor amiga, perdoa-me por não ter falado sobre isso.

- Agora estou muito chateada! Me conhece muito bem Luisa, sabe que quando passo por decepção gosto de ficar sozinha..

Rebeca sai da casa e anda a pé até uma praça do bairro..

- Beca? O que faz aí pensativa? A voz grossa e mansa de Adriel desperta Rebeca de seu transe.

- Ah, você está ai! Estou a esperar o ônibus.

Resmunga ela .

- o meu carro está alí, vamos...Te levo para casa..Mas ?

Adriel senta ao lado dela no banco da praça.

- Pôr que irá pegar ônibus, se mora no bairro? Trocou de endereço?

- Troquei sim , mas isso é uma longa história.

Rebeca estava triste.

Adriel nota o rosto triste dela, ele se corroe por dentro por vê-la assim, escondia uma paixão secreta por Rebeca desde faculdade..Ele sabia que ela se fingia de feia..

- Tudo bem! Quando quiser conversar sobre isso, sabe que pode contar comigo, não é?

Ele pega nas mãos frias de Rebeca.

- obrigada, o seu apoio ajuda-me muito. Ela sorri discretamente.

- Vamos? Vou levar-la para a sua casa.

- Não precisa ! Rebeca rejeita a carona tirando as suas mãos das mãos de Adriel.

- Pôr que não? não quer que eu saiba sobre o seu novo endereço?

Ela levanta do banco um pouco irritada.

- não, claro que não! Só não quero incomodar-lhe..

Ela responde apertando as suas têmporas..

Ela se desequilibra e Adriel segura pela cintura..

- o que está sentindo? Tontura? Adriel a senta no banco novamente, espera a resposta dela.

- Sim , senti-me tonta! Durante esses dias, não tinha sentido tontura, mas hoje estou..

- tem tomado os remédios certinho? Não pode esquecer de tomar seus remédios.. Eles são essenciais para seu o tratamento.

- Hoje eu me esqueci, desculpa Adriel...

Adriel a olha amorosamente.

- Não vou deixar você pegar um ônibus, vou deixar-la em casa e não quero reclamações..

Ele fala sério segurando a mão dela e saindo os dois para o carro..

Adriel era rico.. Vinha de uma família muito rica e tradicional de médicos, trabalhava no hospital público, e atendia também particular na sua clínica duas vezes na semana..

Os seus pais são médicos e os seus irmãos também.. Uma família de jalecos brancos.. Adriel tinha muito orgulho da sua profissão.

Ele é muito atencioso com ela, abre a porta do carro para Rebeca entrar , e logo após entra no banco do motorista e dar partida e o carro se movimenta pela as ruas da cidade..

Ele estaciona o carro em frente a uma farmácia..

Rebeca repousava a sua cabeça sobre o banco do carro, após alguns minutos Adriel volta e entrega-lhe uma cartela de comprimidos.

- Tome um agora! E daqui a oito horas tome outro, se continuar ainda com dores e tontura me procura no hospital, amanhã vou estar de plantão o dia todo.

Ela assentiu com Ele.

- aonde você mora?

Adriel olha fixamente para ela, os seus olhos brilhavam radiantes enquanto contemplava a mulher a sua frente.

Rebeca fica pensativa, não queria que ele soubesse sobre o casamento com Diego.

- Me deixe no (bairro) vazantes, na rua santos Dumont.

Ele liga o carro e dá partida.

Após alguns minutos chega na determinada rua.

- Pode deixar-me aqui! Pedi Rebeca um pouco nervosa.

- A sua casa é essa?

Adriel olha para a casa que ele parou em frente, era luxuosa, e o bairro era dos mais ricos da cidade.

- Não! Hoje vou dormir aqui, tem uma amiga que mora aqui.

Ela fala saindo do automóvel.

Adriel fica inexpressivo ao perceber o nervosismo dela, mas resolve não dizer nada e se despedindo dela sai dali.

Ele fica preocupado , e resolve segu-la ao notar Rebeca andando em direção a outra resistência..

Ela entra numa mansão enorme, a mais bonita do bairro, e Adriel fica a pensar o porque dela ter ocultado o endereço.

Continua..

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