Capítulo 05

Arthur

Sinto muita raiva ao ver o estado que aquele bandido deixou a minha assistente. Ela está muito assustada, e machucada.

— Emma, vem comigo! Vou te levar ao hospital.

— Não precisa senhor, eu...

— Claro que precisa, olha o estado que você está. Não precisa se fazer de forte agora. Estou aqui para te ajudar, ok? Venha!

Estendo a mão e ela segura, percebo que o seu pé também está machucado. Coloco minha mão na sua cintura para dar apoio a ela, mas, Emma não consegue firmar o pé no chão. De imediato, a pego no colo, ela não protesta, entrelaça as suas mãos no meu pescoço, e encosta a cabeça no peito. Desejei essa proximidade, mas, não dessa forma.

Coloco ela sentada no banco da frente, ajudo a por o cinto, em seguida, fecho a porta, entro no carro, e dirijo em alta velocidade até o Hospital.

— Senhor Bennett! Estou bem, não precisa correr tanto, desse jeito vai nos matar!( Emma fala assustada.)

Diminuo a velocidade, não quero deixá-la ainda mais assustada. Fiquei tão preocupado que queria chegar o mais rápido possível ao hospital.

Ao chegar, a minha assistente é levada para a emergência, alguns minutos depois, a Doutora Katy, minha ex-colega de faculdade, me leva até o quarto onde Emma está.

— Ela é sua namorada?( Katy pergunta ao chegar na porta do quarto.)

— Emma é minha assistente. Foi assaltada ao sair do trabalho.

— Entendo. Que tal sairmos para jantar, e relembrarmos os velhos tempos?(Ela fala ao entrarmos no quarto.)

Emma nos olha com um olhar de curiosidade. Não queria deixar Katy constrangida ao recusar o seu convite na frente da Emma, e talvez, sendo um pouco egoísta, queria testar se a minha assistente sentiria ciúmes de mim.

— Claro, será um prazer.

— Esse aqui é o meu cartão, vou esperar a sua ligação.

— Já posso ir para casa Doutora?(Emma fala num tom nada bom).

É impressão minha, ou, ela ficou com raiva da minha interação com a Katy?

— Vai precisar fazer um RX no tornozelo, e uma tomografia na cabeça.

— Não precisa, eu estou bem. Tenho que ir para casa, a minha tia e a minha irmã...

Emma

Percebi que falei demais, Arthur não precisava saber sobre a minha irmã. Ver aquela oferecida da Doutora flertar com o meu chefe deixou-me furiosa. Não é porque estou apaixonada por ele, tudo o que eu sinto por esse homem é ódio. Porém, não posso deixar essa mulher destruir os meus planos.

— Avise a sua família que está no hospital, assim que terminar os exames, se estiver tudo bem, te levo em casa.

— Não! Elas vão ficar preocupadas. Eu estou bem, não posso pagar esses exames, esse é um hospital particular, vou passar um bom tempo para pagar o pouco de tempo que fiquei aqui.

— Não se preocupe com os gastos, você se machucou porque estava trabalhando e saiu tarde, te devo isso.

— O senhor não me deve nada...

— Concordo com a moça, Arthur. Você não tem nenhuma obrigação para com ela.(A oferecida fala, acariciando o ombro do meu chefe.)

— Tudo bem, eu fico.(Falo olhando para a doutora me controlando para não enganá-la.)

Vejo Arrhur dar um sorriso de canto, o que ele está pensando? Terei o prazer de tirar esse sorriso do seu rosto, Arthur Bennett.

— O senhor pode ir para casa, posso pegar um taxi depois.

— Não insista Emma, vou ficar com você até constatar que está realmente bem, e depois, te deixar em casa.

Ligo para a minha tia, informo o que aconteceu. Não tinha pensado nessa parte, deixei a minha família preocupada, também estou afetando eles com essa vingança. Mas, esse cret*no não pode se safar, tem que pagar por tudo o que fez a Mia.

Uma hora e meia depois, fiz os exames, e como estava tudo bem, a doutora passou alguns analgésicos e me liberou. Em seguida, o Arthur levou-me para casa, depois tenho que convencer a tia Arminda a mudar para outro local. Ainda bem que esse cafajeste nunca quis conhecer o nosso lar, os encontros com Mia eram sempre distantes, as escondidas.

Arthur estaciona o carro em frente ao nosso apartamento, antes que eu desça do carro, ele desce, abrindo a porta para mim.

— Precisa de ajuda?

— Obrigado, eu consigo sozinha.

Começo a andar devagar, quando lembro de algo, paro, e olho para trás. O cara que mais odeio nessa vida, está parado, encostado no capô do carro, me olhando intensamente. Nesse momento o meu coração dispara, sinto algo diferente, que nunca senti antes, mas, é algo bom. Tento cancelar essa sensação, não posso sentir nada de bom por esse homem.

— Senhor Bennett, a despesa do hospital...

— Não se preocupe com isso.

— Não consigo pagar tudo de uma só vez. Preciso que o senhor parcela e desconte do meu salário, não posso deixar que o senhor...

— Depois falamos a respeito. Agora entre em casa e descanse.

— Está bem, mas, eu vou pagar tudo. Obrigado por me ajudar hoje.

— Estarei aqui sempre que precisar.

Meu coração acelera novamente ao escutar essa frase, o que está acontecendo comigo? Não, não, não, não! Não posso gostar desse homem. Não se engane Emma, esse cara engana para depois destruir, porém, dessa vez, quem dará as cartas sou eu, ele quem irá sofrer nessa história.

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Comments

Anonymous

Anonymous

Ela atirou no próprio pé. kkkkk... já está se apaixonando.

2024-08-09

2

Ana Lúcia De Oliveira

Ana Lúcia De Oliveira

vingança mal planejado

2024-07-09

0

Tania Loz

Tania Loz

tomara 🙄 que não fique nesse lenga-lenga e descubra logo que ele não foi o namorado de Mia 🤔🤔🤔🤔

2024-05-26

1

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