Irmãs, A Vingança

Irmãs, A Vingança

Capítulo 01

Emma

Há um ano, Mia chegou com um lindo sorriso no rosto, ela estava radiante, disse ter conhecido o homem dos seus sonhos, lindo, charmoso, cavalheiro, educado, tudo que ela sempre quis.

Sempre tive uma boa intuição, e nesse caso, dei concelhos, mas, um coração apaixonado, como sempre acontece, fica cego e surdo.

Os dias e meses foram passando, queria conhecer o tal namorado da minha irmã, porém, ele sempre arrumava pretextos, dizia trabalhar bastante, reuniões, viagens a negócios, então, comecei a suspeitar ser um homem casado, contudo, ao pesquisar o seu nome na Internet, observei que era solteiro, Arthur Bennett, não parecia ser uma má pessoa, fazia até trabalhos sociais, ajudava muitas instituições de caridade.

Ele e Mia eram de classe sociais diferentes, concordo que isso não é um empecilho para o amor, porém, fiquei um pouco temerosa, mal sabia, o que poderia acontecer em seguida. Comecei a preocupar-me mais ainda, quando descobri que ele não gostava de tirar fotos com Mia, e sempre se encontravam em segredo, dizia ser devido aos paparazzis, se eles os vissem juntos, não a deixariam viver em paz. Acreditamos na história, porém, esperava o dia em que, veria o meu cunhado frente a frente, iria deixar bem claro, se ele fizesse a minha irmã sofrer, iria pagar muito caro.

Eu e Mia nos conhecemos num orfanato, tínhamos apenas, oito anos. Estava no pátio, quando vi duas meninas a provocando, enquanto ela derramava as suas lágrimas inocentes. Levantei-me de o de estava, fui ao encontro delas, cheguei puxando o cabelo de uma das meninas, a outra veio para cima de mim, bati e apanhei bastante, fiquei de castigo por uma semana, sem poder brincar, fazendo serviços domésticos, logo quando saí do castigo, Mia veio agradecer-me, as grandalhonas nunca mais a atormentaram, e nós duas, viramos grandes amigas.

Quando completamos dezoito anos, Arminda, a cozinheira do orfanato, era como uma mãe para nós, ela é viúva, vivia sozinha em um pequeno e simples apartamento, não tinha filhos, nos acolheu em sua casa, deu seu sobre nome a mim e a Mia, algum tempo depois, conseguimos arrumar emprego, a minha irmã, em um restaurante como atendente, e eu, em um hotel, como recepcionista.

Tudo estava indo bem, mas, oito anos depois, Mia conhece um homem chamado Arthur Bennett, mal sabia ela que le iria destruir a sua vida. Após seis meses de relacionamento com o aquele homem, me recordo de chegar do trabalho, e encontrar a minha irmã, chorando de felicidade, com um teste de gravidez em mãos.

— Emma! Eu estou esperando um bebê! Estou grávida!

Confesso que levei um grande susto, com essa notícia, éramos sozinhas, ganhávamos tão pouco, como cuidaríamos de um bebê? E se o pai não quisesse assumir? O que seria da Mia e dessa criança? Deixei o meu nervosismo de lado, abracei a minha amiga, sendo contagiada pela sua felicidade, já imaginava esse serzinho correndo pela casa, não importava o que fosse acontecer, estaria do seu lado, e ajudaria cuidar do bebê.

No dia seguinte, ela chegou explodindo de alegria, contou que o Arthur iria levá-la para conhecer os seus pais, na sexta-feira, iriam almoçar juntos, e logo, estariam casados. Tia Arminda como sempre, demonstravam preocupação, pois, se realmente esse tal homem amasse a Mia, teria tentado ter contado com sua família, mas, ela não nos escutava.

Senti uma dor no peito, uma sensação ruim, pensei, talvez, fosse por pensar chegar o dia em que, Mia fosse partir, construir a sua família, e ficaríamos distante, porém, não era nada disso.

No dia seguinte, esperei a minha amiga voltar para casa, mas, ela não voltou. Tentei entrar em contato com o seu namorado, porém, ele não atendia o telefone. Decidimos ir a polícia registrar um boletim de ocorrência, mas, nos informaram que só conseguiria depois de vinte quatro horas. Ficamos desesperadas, não conseguimos dormir. Mia nunca havia feito isso, será que decidiu passar a noite com o Arthur e esqueceu de me avisar?

Mia apareceu pela manhã, estava chorando bastante, pálida, seus olhos refletiam uma imensa tristeza.

— Mia! Onde esteve? Você está bem? O que aconteceu? Por que estás chorando?

Abraço a minha amiga, minha irmã do coração, enquanto ela me abraça forte, entre soluços.

— Ele... Ele...

— Fique calma amiga, não fique assim, vai fazer mal para o bebê, vou pegar uma água, sente aqui.(Falo colocando ela sentada no sofá.)

Vou rapidamente na cozinha, Mia continua chorando bastante, ao voltar com a água, ela sussurrando algo que deixa o meu coração em pedaços.

— Emma, eu não estou mais grávida, o meu bebê... Ele se foi...

— O seu bebê se foi? Mia, você teve um aborto? Estava esse tempo todo no hospital? Por que não me ligou?(Falo enxugando as suas lágrimas.)

— O Arthur... Ele me enganou, nunca me amou, só quis se divertir comigo. Mentiu... Ao invés de me apresentar aos seus pais, me levou para o seu apartamento, me forçou a tomar um abortivo que estava em um suco, Emma... Eu juro.... Não sabia, queria muito que meu filho vivesse. Ele me fez beber todo o suco, e logo depois, me contou que era um abortivo.

— Ele fez o quê?!

— Eu comecei a sangrar e... Pedi para que me levasse ao hospital, depois de muito tempo, ele me levou, falou para o médico que fiz um aborto, não consegui falar a verdade, todos pensaram que sou pessoa má. Eu juro Emma... Eu... Eu não matei o meu filhooo... Eu não queria que ele se fosse...

— Temos que ir a polícia! Isso foi um crime! Esse desgraç*do tem que ser preso.

— Não! Não! Por favor, eu que serei presa. Ele me ameaçou, disse que têm provas, se eu o denunciar, quem ficará presa sou eu. Deu dinheiro aos médicos para que tudo ficasse em cigilo, mas, se eu colocasse a polícia no meio, os médicos iriam depor ao seu favor, ele tem muito dinheiro, e eu seria mais humilhada do que agora.

— Isso não vão ficar assim, Mia. Você foi ingênua, acreditou nesse desgr*çado. Eu vou fazer ele se arrepender por tudo, Arthur Bennett, vai se arrepender de ter nascido, ou, não me chamo, Emma Clarck.

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Comments

Elizabeth Fernandes

Elizabeth Fernandes

Esse Arthur é um monstro

2024-07-05

0

Marilene Lena

Marilene Lena

Está estranho isso...

2024-06-26

1

Cléia Maria da Silva d Azevedo

Cléia Maria da Silva d Azevedo

Não sei não.Sera quê alguém não passou por ele? Tem caroço neste angú

2024-06-17

0

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