•Broke up

Não lembro ao certo que horas eu acordei, o despertador me acordou novamente. Minha cabeça martelava sem parar, como se um martelo batesse contra minha cabeça a todo momento. A sensação era tão ruim e logo quando eu acordei, ainda estava sonolento, cansado, e não poderia esquecer da faculdade. Quando fui me levantar da cama quase fui ao chão, me sentei de novo na cama, sem entender o que aconteceu comigo.

— Mas que droga! O que há de errado com as minhas pernas!

Me joguei para trás na cama, olhando para teto do quarto com frustração. Sentei-me novamente e tentei levantar da cama, conseguindo dessa vez, mas a cada passo que eu dava minhas pernas ficavam doendo tanto, nem fiz academia esses dias. Me apoiando pelos móveis no quarto, cheguei até o banheiro e me olhei no espelho. Meu rosto parecia cansado, mas o que me intrigava eram as marcas que haviam no meu corpo.

Tinham marcas de mordidas no meu pescoço, passando a mão não dava muito para sentir, mas como isso apareceu no meu corpo? Para piorar, eu não lembrava de absolutamente nada do que havia acontecido no dia anterior. A única coisa que sabia era que eu havia ido no bar ontem a noite, mas... hoje acordei com marcas por todo o meu corpo. Não lembro de ter ficado com algum cara ou nada do tipo, haviam marcas até no meu quadril, para falar a verdade, todo o meu corpo parecia dolorido também.

Suspirei, lavei o rosto e escovei os dentes  normalmente, sem me importar com marcas mesmo tão visíveis na minha pele.

Mesmo tendo buscar por alguma coisa na minha memória sobre o que aconteceu no dia anterior, não consegui raciocionar sobre nada do que poderia ter acontecido comigo.

Terminei de me arrumar, peguei a minha mochila e fui em direção a faculdade, pouco minutos antes de dar o horário da aula. Eu sabia que chegaria atrasado na aula e saí de casa correndo para não perder a primeira aula, não estava nem um pouco a fim de refazê-la outro dia. Na metade do caminho, o carro de Max passou por mim e parou logo a frente. Eu o odiava, mas mesmo assim, fui até o carro dele.

— Está quase na hora da sua aula, vai perdê-la se não chegar a tempo.

Ele olhou para o relógio no seu pulso com um sorriso. Fiquei na minha, quieto, as minhas pernas já estavam doendo demais, mal suportava aquela maldita dor e, por fim, me rendi. Sei que não poderia aguentar muito andando até lá, eram quase 15 minutos para chegar.

— Você sabe que a minha aula começa daqui a pouco, por isso parou aqui? Ou você estava me seguindo, Max?

— A segunda opção não seria má ideia, mas brincadeiras a parte, eu vi você correndo e decidi te dar uma carona.

Max sorriu amigavelmente. Aquele maldito sorriso cínico, como eu o odeio. Mas quando surgiu aquela expressão no seu rosto, senti o meu corpo enfraquecer e o meu rosto esquentar, algo veio a minha memória do que aconteceu na noite anterior. Não levei aquele fragmento adiante, são ilusões, certo?

— Abre a porta.

Ordenei. Virei o meu rosto para o lado, sem olhar direto nos seus olhos. Max destrancou a porta e sentei no banco da frente ao seu lado. Não demorou muito e ele deu partida com o carro, enquanto ele dirigia, fiquei tentando buscar na minha memória o que havia acontecido na noite anterior, mas só me conseguia me lembrar daquele sorriso, a única coisa que eu me lembrava. O sorriso que vinha na minha mente, porra, se assemelhava tanto ao sorriso do Max.

— No que está pensando?

— Em você que não é.

Revirei os olhos quando o respondi. Já estávamos chegando na faculdade e logo me deparei com Jack novamente com Sarah, os dois abraçados na frente do carro dele. Com o seu nada houvesse acontecido, ele foi um livramento na minha vida.

— Pelo visto vocês não se resolveram.

Max disse a mim, olhando para onde Jack estava. Ele não perdia a oportunidade de me provocar um pouco.

— Isso não te interessa.

Abri a porta do carro e a fechei com força, mordi o meu lábio inferior e fui na direção do Jack. Aquela expressão de desdém de Sarah me deixava louco e eu nem disse uma palavra sequer para ela ou Jack.

Cerrei os punhos de raiva e desferi um tapa contra seu rosto, cortando seu lábio inferior.

— Quantas vezes você fodeu com essa puta, Jack! Esqueceu que tinha namorado? Porra, se não gostava de mim, devia me dizer logo. Fodi com você para depois me trocar como uma oferecida como a Sarah, sério isso?

— Do que está falando, Alisson?

Ele gaguejou. Mas os seus olhos não mentiram para mim, mesmo disfarçando tão bem, eu conseguia perceber as suas mentiras. A expressão no sue rosto valiam mais do que mil palavras, isso doeu tanto em mim. Doeu enfrentá-lo, mas não havia nada o que fazer e eu não conseguiria manter um relacionamento com ele, sabendo de tudo.

— Não se faça de sonso!

Bati o pé contra o chão, enfurecido com o seu jeito cínico.

— Você também é um pouco idiota né? Vocês têm um relacionamento aberto, não tem? Qual o problema disso?

Sarah intrometeu-se, me olhou de cima a baixo com um sorriso perverso no rosto.

Mas que porra, aquela vadia me olhava como se eu fosse o amante.

— Tenho certeza que já fodeu com outros caras, assim como Jack.

Respirei fundo e num impulso, desferi um tapa contra o rosto de Sarah. Ao ponto de deixar vermelho. Sei que bater em mulher é errado, mas essa vadia mereceu após ter fodido com o meu namorado sem ter noção das consequências dos seus atos.

— Depois disso acredito que fica claro que nós terminamos, Jack.

Não ouvi mais nada de ambos, ficaram parados me olhando sem dizer nada. Por dentro, eu estava me segurando para não cair num mar de lágrimas e saí rapidamente dali.

Eu não tive tempo para pensar em nada depois aquilo, foi direto para minha aula e tentei esquecer o que fiz antes no estacionamento da faculdade. Nem mesmo falei com Max, e o deixei para trás.

Só quero esquecer daquele infeliz do Jack e tentar lembrar do que eu fiz noite passada...

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***