Estava tão distraído e acabei esbarrando em uma pessoa. Um homem caindo de bêbado que estava sendo carregado com ajuda de outra pessoa até em casa, ou achei que era, não fazia ideia de onde poderiam ir, não é.
— Ah, me desculpe. Meu amigo aqui bebeu muito.
Ele carregava aquele homem com cuidado, parecia estar dormindo, mas estava sendo levado mesmo assim.
— Não tem problema. Não é melhor chamar um táxi?
Sugeri amigavelmente.
— Obrigado, mas não precisa. Eu levo ele de carro.
— Ok, então.
Olhei o homem carregar o outro pela roupa, quase caindo para leva-lo até o seu carro.
— Zen chama o Max! A "fúria" tá atrás de mim!
O homem bêbado dizia cambaleando, quase caindo no chão. O outro o segurava e puxava para seu lado para não bater de cara na parede do seu lado esquerdo.
— Para de falar coisas sem sentido. Max está com a Thay! Vamos para casa.
— Não quero...
Olhando isso, para os dois, processei o que aquele homem bêbado havia dito antes. Corri até eles, enquanto um colocava o outro para dentro do carro, estava para entrar no carro e irem embora, mas fui mais rápido.
— Espera!
Coloquei a mão na porta do carro, impedindo que entrasse.
— Com licença, mas eu preciso ir.
Pressionou a maçaneta, querendo abrir a porta do carro.
— Vocês conhecem o Max?
— Max Frost?
Ele me perguntou, apenas confirmei com a cabeça que sim.
— Sim, e daí?
Não era a resposta que estava esperando. Aqueles dois, conheciam mesmo o Max? O típico cara que eu simplesmente odeio, eles o conhecem, mas nunca os vi na faculdade ou junto com Max. Tirei a mão da porta e o cara entrou no carro.
— Uh.. ei, posso saber o seu nome?
— Zen Yuan.
Respondeu, já manobrando o carro para sair. Os vi indo embora e não disse mais nada, observei o carro deles até que não pudesse mais vê-los, estava tão pensativo agora.
— Um estrangeiro...
Murmurei para mim mesmo.
— Estou pensando de mais em Max, que loucura!
Passei a mão pelo cabelo, o jogando para trás. Fui em direção ao bar, seguindo o caminho de antes.
Ainda é estranho ver que tem um segurança na entrada do bar, me pergunto sempre o por que disso. Passei sem problemas para dentro do bar, são só caras bebendo e conversando, uma certa nostalgia passa por mim todas as vezes que venho beber aqui. Sempre sozinho, peço um copo de shop, a mesma coisa, até amizade com o barmen acabei fazendo. Pessoas com gostos parecidos sempre ficam juntas, mas nem sempre como amantes.
Não sei quanto tempo eu passei bebendo e falando com barmen, meu rosto estava queimando, era tão óbvio que eu já estava ficando bêbado.
— Rick, trás mais um pra mim.
Pedi, enquanto brincava com um dos copos vazios na mesa. Minha visão parecia começar a ficar turva, mas não ao ponto de me deixar atordoado.
— Você bebeu demais, melhor ir para casa, não acha?
Rick me sugeriu amigavelmente. O copo que pedi estava ao seu lado, mas não se atreveu a me entregar. Antes que eu o respondesse de volta, senti uma mão no meu ombro e uma voz masculina surgiu.
— Me trás um shop.
A voz estava tão perto e a mão em meu ombro, olhei em direção a pessoa que agora já estava sentada ao meu lado.
Um cara alto e bonito, admito, era meu tipo. Mas não seria o certo trair Jack com alguém que nem conheço. Irônico dizer isso sabendo que Jack acabou me traindo com uma garota da faculdade.
— Tudo bem?
Me perguntou com um sorriso, pegando a bebida da mão de Rick.
— Sim...
Respondi sem tirar os olhos dele, me perguntava se aquele cara tinha namorada, minha mente estava uma bagunça depois de tanto beber.
— Não parece.
Me olhou enquanto terminava de virar o seu copo de shop de uma vez só. Ainda sorrindo para mim de um jeito amigável.
— Te pago uma bebida, quer?
Ele ofereceu. Eu estava um pouco sóbrio ainda, mas o pensamento de ter visto Jack com Sarah não saiu da minha cabeça, então, por isso, acenei em confirmação e aceitei que pagasse uma bebida para mim. Chamei Rick e pedi mais dois shops, dois copos pequenos e cheios de álcool.
— Não acho que devia beber tanto.
Rick me entregou o copo em um gesto sutil, não hesitei em pegar a bebida e a tomar de uma vez só.
— Não estou muito bêbado.
Coloquei o copo de volta na mesa, o olhando com um sorriso no rosto.
— Qual o seu nome?
— Thian. E o seu?
— Alisson.
— Seu nome é um pouco diferente, não é daqui né?
Levantei uma sobrancelha com curiosidade. Me nenhum momento deixava de olhar para ele, ele também não. Uma troca de olhares sem sentido, talvez.
— Não sou. Vim da Áustria.
— Um pouco longe daqui...
Minha voz vacilou e repentinamente senti meu corpo começar a ficar mais quente do que o normal. Mais do que deveria ficar com alguns copos de shop.
— Primeira vez que vem aqui?
Perguntei normalmente e coloquei a mão em frente a boca, o ar quente da minha respiraçãome deixou incomodado. Cheirava a puro álcool, obviamente.
— Sim. Acho que não a sua.
— É, não é.
Tentei disfarçar ao máximo o meu desconforto, cada segundo que passava, mais o meu corpo parecia que estava queimando.
— Está tudo bem? Você parece um pouco mal.
Encostou sua mão no meu ombro, me encarando com preocupação. Minha visão começou a ficar mais turva e as coisas estavam começando a ficar embaralhadas na minha frente, me deixando confuso com tudo.
— Ei, Ali! Melhor ir para casa. Você bebeu demais.
Ouvi a voz de Rick do lado do meu ouvido, sua figura estava tão distorcida para perceber que era ele.
— Eu te levo para casa.
A voz de Thian surgiu, e então, envolveu a sua mão por trás do meu pescoço para eu poder me apoiar nele.
— Cuidado no caminho.
— Deixei o dinheiro das bebidas no balcão, eu vou levá-lo.
— Está bem.
Thian e Rick conversavam. Eu mantinha o olhar ao redor do bar, minha visão bagunçava tudo a minha volta. Me deixando com tontura, meu corpo está queimado, estava ofegante. Por um momento fechei os olhos, vagamente eu via onde Thian estava me levando, se era para fora do bar ou sei lá para onde.
Não sei, mas poucos minutos depois, nos paramos. Estava apoiando no ombro de Thian e ainda muito atordoado e a minha visão estava embaçada, ouvi uma voz diferente, mas aparentemente familiar para mim.
Com quem Thian estava conversando? Pensei, tentando reconhecer a pessoa, mas só conseguia ouvir as vozes. Outra silhueta apareceu, não sei quem, mas era a figura de uma garota, a quem eu não reconhecia também.
— Por que está levando ele?
— Ah, eu não posso?
— Não, não pode. Pensei que estava fora do país, o que veio fazer aqui?
A voz, estranhamente era familiar para mim. Os dois conversavam como se odiassem, quem era?
— Em breve você vai saber. Agora me deixa passar.
Thian tentou avançar enquanto eu me mantinha apoiado ao seu lado. A pessoa entrou na nossa frente e impediu.
— Ele não vai com você. Me dê ele, eu levo ele pra casa.
Aquela pessoa sugeriu, por acaso eu o conhecia? Não conseguia formar o seu rosto, minha visão estava tão turva para poder reconhecê-lo naquele momento.
— Ele é seu namorado por acaso?
— Não te interessa.
— Thian, você não deveria estar aqui. Não venha causar de novo. Entrega esse garoto para gente!
Uma voz feminina, o tom irritado com Thian. Quem poderia odiá-lo? Não conseguia nem mesmo formar o rosto daquela garota também, tudo embaçado ainda. E o calor que eu sentia ainda me deixava tão mal e sufocado.
— Está calor...
Ofeguei tentando tirar a minha camisa para aliviar o calor que eu sentia, a minha respiração estava acelerada e minha visão turva. Isso obviamente não poderia ser efeito de apenas alguns copos de álcool, tinha algo a mais.
— Isso não parece efeito de álcool.
A garota disse.
— Voce acha que eu o droguei?
— Não acho, tenho certeza.
O cara respondeu a Thian, me puxou pelo braço, me trazendo para mais perto de si. O seu corpo estava um pouco gelado, tão bom do jeito que estava. Desejava sentei esse toque de lado, da sua pele fria se chocando contra o meu corpo, quente e gelado, apesar de não ser uma cosia exatamente boa, era o que eu queria naquela hora. Sentir o gelado do seu corpo e que dissolvesse todo o calor que irradiava do meu corpo.
— É afrodisíaco.
Ele colocou a sua mão no meu rosto, percebendo o quão quente eu estava. Sua mão gelada, me encostando, me deu um choque pela temperatura diferente do que estava meu corpo.
— Thian, já causou de mais com isso.
A garota disse irritada.
— Thay, vou levar o Alisson para casa.
Como esse cara sabia o meu nome? Quem era ele? Não tinha como recusar, o meu corpo não reagia da forma que gostaria que reagisse, então apenas aceitei o que estava acontecendo e fui com aquele cara. Ele envolveu o seu braço por trás do meu pescoço e me fez se apoiar nele com cuidado, me ajudando para andar. A garota que estava com ele ficou para trás e ele se dispôs para me levar embora, não sei por que não me deixou com Thian.
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Atualizado até capítulo 41
Comments
Ana Lúcia
só pode ser o max salvando ele tomará
2024-05-06
1
Ana Lúcia
esse idiota dopou ele aff
2024-05-06
0