TRAGÉDIA

Como Olívia não parava de ligar, para ele então resolveu ir lá, falar com ela com medo que aparecesse de novo na casa de Giovanna então ele explicou toda a situação no caso, contou a realidade que eles estavam falidos e que o contrato tinha sido uma decisão do seu pai e não uma condição do pai de Giovana.

Ele percebeu que Olívia se mostrou surpresa e estranha ao saber que ele estava falido

Ele contou tudo depois a deixou em casa e saiu.

Estava intrigado com a namorada.

Foi falar com seu amigo Jorge.

-Será que ela me ama ou amava meu dinheiro? Afinal não falava em outra coisa.

-Será que me enganei por todo esse tempo?

-Que história é essa Rodrigo, depois do que aconteceu, do que seu pai contou, você ta achando que tudo é mentira. É claro que Olivia gosta de você.

-Sabe, acho que no fundo eu quero uma desculpa para poder terminar com Olívia, e me redimir com Giovana.

-Está dizendo que você quer ficar com Giovana?

-Sim, tipo terminar o contrato, tudo direitinho, mas só que dessa vez sem ser por dinheiro, sabe eu a julguei muito mal Jorge.

-Olha meu amigo, pelo que você falou, tipo a raiva que ela está. Eu acho difícil que ela aceite.

-Tenho consciência que ela está muito magoada, e é por isso que eu tenho que me redimir, sabe Jorge nós somos tudo que ela tem, se eu não conseguir me redimir do que eu fiz ela não vai perdoar minha família.

-Não acho Rodrigo, porque assim quem sempre esteve do lado dela, foram teus pais, Rafaela e Rodolfo. Disse Jorge.

-Exatamente, mas depois que ela descobriu o que papai fez, ela tá muito revoltada, e tenho consciência que a forma que eu agir com ela, é que fez aumentar essa revolta tipo papai a colocou com alguém que só....

Ele nem conseguiu completar a frase.

-Pior que é verdade, que você sentia como se fosse uma revolta, às vezes eu tenho a impressão que você tem nojo, raiva dela.

-Viu, se até você pensa assim, imagina ela. Respondeu Rodrigo.

-Não é nada disso, eu só me revoltava realmente porque, eu tinha convicção que era ela quem tinha imposto essa condição, e mesmo assim acabei me apegando a ela.

-Como assim?

-Exatamente isso que você ouviu eu na verdade eu não tenho coragem de admitir para ninguém que não sei te dizer o que,mas eu estou sentindo algo por ela.

-Você sentindo algo por Gio?

-Por que a surpresa se você mesmo dizia que eu era um cara de sorte e que você apegaria facinho.

-Falou bem eu dizia e você sempre retrucava que não via beleza nenhuma nela.

-Às vezes a gente muda de opinião.

-Eu ainda não entendi porque teu pai não explicou a situação pra você, que o casamento era uma decisão dele.

-Somos dois. Disse Rodrigo levantando.

-Já vai? Perguntou Jorge.

-Vou dar uma volta. Disse Rodrigo saindo.

Saiu sem rumo pois se sentia muito culpado, não sabia o que fazer, ao passar por um bar decidiu entrar para tomar uma cerveja pois precisava esfriar a cabeça.

-Rodrigo senta aqui, Disse um conhecido que estava na mesa.

-Não Caio, hoje prefiro ficar sozinho.

Ficou no balcão mesmo, e ali tomava uma cerveja em seguida da outra, pensando em como ela devia estar lá na capital, sozinha sofrendo e vinha em sua mente todas as vezes que humilhou, e aquilo lhe deu um aperto no peito.

Quando vinha em sua mente, todas as coisas que ele fez com ela, os momentos que foi extremamente arrogante. Sentiu vergonha de si mesmo.

Que droga porque Olivia foi lá em casa, agora a Giovana não vai acreditar que eu sinto algo por ela, vai achar que eu estava enganando, de certa forma eu estava mas não era para valer.

Ele não parava de beber, queria conseguir esquecer aquele dia.

Ele comprou uma garrafa de whisky e saiu, foi pro carro. Bebia e dirigia.

E sua mente veio o pai de Giovana, os momentos que teve com ele, dele alegre, sorridente brincando quando ele era pequeno. Doía seu coração não ter ficado do lado dele nos piores momentos.

-Eu sou fraco. Disse pra si.

-Não tive coragem de ir vê-lo, porque sabia o quanto ele estava sofrendo, e queria ficar com as boas lembranças.

-Sou um covarde, não fiz o que ele queria, enquanto ele estava vivo, nem depois que ele faleceu, porque não cuidei direito da filha dele.

Deve está se revirando no túmulo de tanta revolta comigo.

Lágrimas rolaram pensando em tudo, na dor de Giovana.

Nela sofrendo sozinha na capital.

Se ela aceitar continuar o contrato, eu vou tentar ser o melhor marido pra ela, de hoje em diante vou ser presente na vida dela. Leva-la pra se distrair, ser como deveria ter sido.

-Peço a Deus que toque no coração dela, pra que me aceite de volta, por que se eu não conseguir, me redimir nunca vou me perdoar.

Estava atordoado com seus pensamentos, culpas, que se desligou da estrada, nisso entrou na contra mão e pra não bater num caminhão saiu da estrada e capotou várias vezes.



Quando avisaram para o seu pai do acidente, eles ficaram nervosos, e ao chegarem no hospital, ficaram desesperados ao ver Rodrigo todo machucado.

O doutor que falou com eles, explicou a situação que ele estava com traumatismo craniano, e com vários ossos quebrados, eles nem sabiam por onde começar, não sabia se ele iria passar daquela noite.

Gio acordou com o celular tocando.

-Caramba dormi no sofá. Disse ela acordando assustada.

Pegou o celular meio sonolenta, era Rafaela contando do acidente.

-Sinto muito Rafa. Respondeu Gio.

-Gio sei que esta magoada, mais quero que saiba que eu não sabia de nada, eu prometo que não.

-Eu acredito,, diz a teus pais que espero que ele melhore.

-Você não vem? Perguntou Rafa

-Pra que Rafa?:Eu sou a ultima pessoa que ele quer ver, quando acordar, não teria cabimento ficar eu e a namorada dele ai.

-Eu achei que você..

-Rafa, como disse, sinto muito, e espero que ele fique bem, prometo que vou rezar por ele, não quero que teus pais tenham essa perda, quer dizer vocês.., pois sei como dói perder quem amamos.

-Esta bem obrigado.

-Força e pensa positivo, diz pro teu pai que se precisar de dinheiro pode pegar.

-Esta bem.

Giovana se ajoelhou e rezou por ele, pedindo a Deus que o salvasse.

-Nem sei por que estou rezando, se no fundo não acredito que o senhor vai me ouvir, como não me ouviu quando pedi pela vida do meu pai. Falou ela consigo.

-Mesmo assim vou pedir, quem sabe eu não merecia aquela graça, já eles podem merecer.

Rezou varias vezes pedindo por ele, pela família e por si pra que deus tirasse essa magoa do seu coração.

Magoa de todos, inclusive de Deus por não ter curado seu pai.

Não conseguiu dormir, ficou preocupada, pensando na dor deles se Rô morresse.

Seu Augusto ficou revoltado ao saber que ela não vinha.

-Eu sempre estive do lado dela, desde que o compadre adoeceu, e é assim que ela agradece.

-Papai não fala assim, ela se mostrou solidaria e realmente ficaria esquisito ela e Olivia aqui.

-Mais Olivia não esta aqui.

-Certamente porque não sabe ainda. Disse dona Aurora.

-E a menina esta magoada e com razão. Completou a senhora.

-Eu a entendo. Completou a senhora.

-Pois eu não.

-Mas pai ela falou que se precisasse de dinheiro podia pegar, afinal o senhor tem acesso a tudo.

-Dinheiro não é tudo queria ela aqui.

-Pra que assim o senhor visse que ela o perdoou, não é isso papai?

-Por que quando foi pra ferrar com a vida dela, dinheiro era tudo. Disse Rafa revoltada.

-Não ferrei com a vida dela.

-Serio que não, nós sabemos que ela foi embora com raiva da gente, e pra não aguentar todos a apontando na rua, afinal fazem isso até comigo pelo que Rô fez.

-Não é hora pra falar disso, vamos rezar por ele, pra que saia dessa. Disse sua mãe.

Ao amanhecer, Giovana ligou pra Rafa pra saber.

-Esta na mesma. Disse Rafa e caiu no choro.

-Tenho tanto medo dele morrer.

-Isso não vai acontecer, ele é forte vai sair dessa.

-Não sei não, ele esta todo quebrado entubado.

-Como foi esse acidente ele sempre foi tão cuidadoso.

-Ninguém sabe ao certo só que ele estava bêbado, ele nunca foi disso sempre bebeu com moderação.

-Tem fé amiga confia em Deus, e qualquer coisa liga.

Giovana foi trabalha preocupada mal conseguia se concentrar..

Ela tinha muito trabalho, pois durante muito tempo a empresa ficou nas mãos de outras pessoas.

De noite seu padrinho ligou.

-Sei que esta com raiva de me, mais preciso de tua ajuda.

-O que foi padrinho, já disse que pode contar comigo.

-Precisam fazer vários exames nele, e aqui não tem.

-Trás ele pra cá.

-Não tem como, de ambulância é uma viajem muito longa, ele não vai aguentar.

-Ai perto faz os exames? Se informa e quanto for pode pagar, o senhor tem acesso ao dinheiro.

-Não sei o que fazer, estou sem chão.

-Imagino padrinho, mais tudo vai se resolver.

Ao desligar, ela pensava o que poderia fazer pra ajudar , ligou pra o enfermeiro la do hospital, pois devido o tempo que ficou com seu pai internado, conheceu muitas pessoas tanto lá como na capital.

Ao saber de tudo falou com os doutor a capital e explicou a situação.

Ela entrou em contato com o doutor que estava cuidando do rodrigo, pra entender melhor.

E explicou a ela que ele tinha que vim pra capital.

-O senhor pode resolver isso.

-Ele só pode vir se for no avião uti. Disse o doutor.

-Eu imaginei.

-Posso providenciar?

-Claro.

Nisso seu Augusto reclamava.

-Ela não esta nem ai parece que quer que ele morra.

-Mais ela disse que podia contar com ela. Disse a esposa.

-Mais ela aqui ia ver como ele esta mal, entender o que precisa.

-Ele precisa ir pra capital papai. Disse Rafa.

-Eu sei mas, não temos como leva-lo de ambulância, ele não vai suportar a viagem.

-Vai de avião como ia o tio Elias.

-Avião uti é muito caro, sem falar que não temos dinheiro pra pagar um hospital bom lá.

-Gio paga.

-É muito caro não tenho coragem de pedir isso,

-Sem falar que os exames que ele precisa fazer também são caros.

-Por isso ela aqui quem sabe ofereceria.

-Eu peço se o senhor não tem coragem eu tenho.

Nisso ela ligou.

-É ela diz o que precisa que peço.

-Rafa tomei a liberdade de tomar algumas decisões sem consultar vocês.

-Como assim? Sobre teus negócios não temos nada haver.

-Não foi sobre teu irmão, pedi pra um doutor daqui entrar em contato com os dai e como disseram que tratamento dele só tem aqui.

-É isso mesmo e

-Por isso eu providenciei a transferência dele, sem falar com vocês, fiz isso por que o doutor disse que era urgente e

-Que bom! Que bom! Obrigado Gio muito obrigado.

-Ai que bom, achei que iam ficar com raiva.

-O que foi menina. Disse sua mãe.

-Ela já fez papai! já mandou um avião uti vim buscar Rô, e o senhor dizendo que ela não estava nem ai.

-Não fala isso ela pode esta ouvindo.

-Rafa Rafa. Disse Gio.

-Aqui, estou aqui.

-Agora vocês tem que se organizar pra virem com ele,, o avião chega pela manhã ok?

-Ta, obrigado, muito obrigado.

-Imagina.

Olivia se animou pra ir.

-Há não Olivia, não sei se ela vai querer você lá. Disse Rafa.

-Como não sou a namorada dele e vou sim.

Rafa perguntou e Gio disse que tudo bem que ela não tinha nada haver com a vida deles.

Pela manhã estavam no jeito, antes de embarcar, o doutor da capital o examinou, pra ver se não tinha nenhum risco.

Ela os esperava na frente do hospital.

-Obrigada, muito obrigada. Disse seu tio a abraçando.

-Imagina tio isso não foi nada.

Todos se abraçaram.

Logo ele estava devidamente instalado, na uti do hospital.

-Vamos lá pra casa. Disse Gio um tempo depois.

-Eu ia amar, estou doida por um banho. Disse Olivia.

-Posso? Completou quando a olharam feio.

-Claro. Disse Gio.

-Podem ir eu fico. Disse seu padrinho.

-Não, eu quero ficar com meu filho.

-Pra que mamãe, se o doutor disse que ele pode acordar hoje, amanhã ou sabe lá quando.

-Rafa tem razão, vai com elas descansar um pouco. Disse Augusto.

-Isso mesmo, ai amanhã o senhor vai. Disse Gio.

-Esta bem.

Logo estavam lá.

-Fiquem à vontade, já pedi pra Elza preparar os quartos e fazer uma jantar bem gostosa.

-Estou sem fome. Disse a senhora.

-Mamãe a senhora tem que comer. Disse Rafa.

-E vai comer querendo ou não. Disse Gio.

-Uau! Que casa linda! Disse Olivia que ia de lá pra cá.

Mais tarde, ao passar pelo quarto da madrinha pra dar boa noite, a viu chorando.

-Não fica assim. Disse indo abraça-la.

-Tenho medo de acontecer o pior. Disse chorando.

-Não vai acontecer, vem. Disse a ajudando a deitar, ficando grudadinha nela a aconchegando em seus braços.

Assim adormeceram.

No dia seguinte,levantaram cedo pra ir ao hospital.

-E Olivia? Disse a senhora.

-Esta dormindo, a chamei mas ela disse que preferi ficar em casa.

-Não é só assim ela não esta em casa.

-Deixa, ela pode ficar, quero que todos se sintam em casa.

E assim foi Gio as deixou no hospital, olhou como ele estava e foi trabalhar.

Olivia ao levantar ficou andando pela casa tirando fotos e postando.

A tarde Ronaldo foi tomar banho e ela voltou com ele pro hospital.

-Achei que não vinha mais. Disse Rafa.

-O que foi tem alguma novidade ele acordou?

-Não.

-Pai o senhor devia ter descansado um pouco.

-Não consegui.

-Estou com fome, vou comprar algo pra comer. Disse Rafa.

-Vai mesmo filha.

-Vou com você. Disse Olivia.

-Mais acabou de chegar.

-Deixa ela ir, assim se distrai.

Foram numa lanchonete ali perto, logo dois caras se aproximaram pra puxar conversa.

Olivia se empolgou enquanto Rafa só pensava no irmão.

-O que foi aquilo? Disse rafa quando voltavam pro hospital.

-Do que você esta falando?

-Você trocando números de telefone com o cara.

-O que tem de mal nisso?

-O que tem de mal? Você esta com teu namorado doente, em coma no hospital.

-E dai?

-Serio acha normal dar teu numero a quem você mal conhece?

-Há Rafa não sabia que você era tão careta.

Rafa ficou na dela.

Nessa noite o cara ligou chamando ela pra sair, Olivia não foi pra Rafa não reclamar.

Mais no dia seguinte, quando acordou, todos tinham saído ela ligou pro cara pra saírem.

Pediu pra que ele mostrasse a cidade.

Terminando o passeio, pediu que ele a deixasse no hospital.

-O que aconteceu? Que caras são essas? Disse Olivia.

-O doutor disse, que pelos exames provavelmente ele pode não voltar a andar. Disse rafa.

-O que? Rô vai ficar paralítico?

-Pode ser que sim. Disse Augusto.

-Uma coisa de cada vez, o importante é ele esta vivo. Disse a mãe.

Ao saber disso Gio deu a maior força.

-Madrinha não pensa nisso, foca na saúde dele, na recuperação, o importante é ele esta vivo, o resto com o tempo se ajeita.

-Eu sei filha, pra mim ele pode ficar como for, mas o problema é ele, se ele vai conseguir viver sem andar.

-Calma, uma coisa de cada vez, não sofre por antecipação

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