TURBULÊNCIA

13- TURBULÊNCIAS

No dia seguinte ela foi deixar Rafa, entrou no hospital, pra visitar Pérola e outros pacientes menos ele, depois foi trabalhar.

-Bom dia. Disse Paulo entrando com Pérola no braço.

-Aqui meu tesouro. Disse Paulo.

-Vem fofinha. Disse Rafa pegando a menina.

-Ela estava tristonha, mais depois que Gio veio vê-la, ela se animou.

-Gio? Disse Rodrigo.

-Foi, ela veio ver Pérola. Disse Rafa.

-Pelo costume como ela vinha todos os dias, bastou um dia Pérola estranhou. Disse Paulo.

-Gio se apegou há muitas pessoas, ficou chorando quando Sheila teve alta semana passada.

-Serio? Disse Rodrigo.

-Acontece mesmo, já me apeguei a muitas pessoas aqui.

-Fala como se morasse aqui. Disse Rodrigo.

-Praticamente, faz um ano que vivo entre idas e vindas aqui.

-Quer dizer que quando cheguei você estava aqui?

-Estava, só fui pra casa duas vezes, passei um ou dois dias e pronto.

-Então, já conhece Gio desde que ela vinha com o pai?

-Não, bem que eu queria tê-la conhecido antes.

-E a mãe dela?

-Foi embora, ao saber da doença de Pérola, ela foi mudando, acho que não aguentou.

-Como pode ser a mãe quem deve cuidar. Disse Rodrigo.

-Não, pra mim os dois devem, mais como ela era muito nova, não teve natureza pra encarar essa batalha.

-Paulo é um guerreiro como Gio. Disse Rafa.

-Ela é sim, Gio encarou uma barra muito difícil.

-Se fosse ela jamais deixaria um bebê. Disse Rafa.

-Eu sei que não. Completou Paulo.

-Como sabe? Se mal se conhecem. Disse Rodrigo.

-Não é o tempo, que nos mostras quem são, algumas pessoas passam anos com alguém, e se surpreendem.

-Verdade, e Gio é transparente. Disse rafa.

-Pra você ela seria capaz disso? Disse Paulo.

-Claro que não, Gio jamais cometeria um crime desse. Disse Rô.

-Ela é uma garota especial. Completou Rô.

O que surpreendeu Rafa.

-O cara que conseguir casar com ela, será um sortudo. Disse Paulo.

-Eu...

Ele ia dizer que era o marido dela mais lembrou de Olivia, como ia explicar.

-Afinal além de linda ela é, simpática, carismática e gosta de crianças. Disse Paulo.

-Concordo, por isso agradeço a Deus por ser esse sortudo. Disse Rô pensando tenho que contar pra ele desistir.

-Sortudo?

-Claro, eu sou o marido dela.

-O que? Disseram Rafa e Paulo.

-Marido dela? Como assim se quando chegou veio com tua namorada.

-Na vida cometemos erros, Olivia foi um deles.

-Desculpa ficar falando assim da tua mulher eu não sabia e

-Imagina Paulo eles estão se separando, ela pediu o divorcio quando soube dele e Olivia. Completou Rafa.

-Estava te procurando esta na hora da medicação dela. Disse a enfermeira com Paulo.

-Claro vamos.

-Não devia ter falado de divorcio. Disse Rodrigo pra irmã.

-Não entendi porque você falou do casamento?

-Por que é verdade.

-Sem essa Rodrigo acabei de dizer da separação.

-Eu não vou assinar.

-O que?

-Pensa Rafa, é o mínimo que posso fazer por ela, depois de todo trabalho que dei.

-Fazer por ela? Acha que esta fazendo um favor?

-Ela não precisa de um marido?

-Há Rodrigo sabe muito bem que você é a ultima pessoa que ela quer como marido, já era, principalmente depois do xilique que deu quando acordou.

-Não sabia do que tinha acontecido.

Gio pediu pros tio almoçar com ela pra garantir que se alimentar bem, fez charminho dizendo que comer sozinha era chato. Assim os convenceu.

Depois os levou pro hospital.

-Chegamos. Disse sua mãe indo o beijar.

-Demoramos por que fomos almoçar com Gio. Disse seu pai.

-Ela fez questão. Completou sua mãe.

-Cadê ela?

-Foi trabalhar filho, aquela menina não para.

-Por que ela não entrou?

-Ainda pergunta filho? Disse seu pai.

-Sabiam que cedo ela veio, foi no quarto dos outros e nem pisou aqui. Disse ele.

-Normal. Disse sua mãe.

-Normal mamãe, normal, sou o marido dela, e ela nem se dar o trabalho de vim ver como estou.

-Você não tem o direito de reclamar, ela estava aqui todos esses dias e so parou depois das coisas que você disse com ela. Disse sua mãe.

-Não sabia de nada, tinha acabado de acordar de um coma, ela tem que mim dar um desconto.

-Isso justifica fazê-la de saco de pancada?

-Sei que não mamãe mais

-Exames. Disse a enfermeira entrando no quarto.

-É todo dia isso? Disse ele.

-Tem que ser, pra saber o que melhorou.

-Melhorar o que se vou ficar assim. Disse ele revoltado.

-Teu problema não foi só nas pernas, afetou muitos órgãos que estamos tentando organizar. Disse a enfermeira.

Rafa deixou os pais ali e foi pra casa descansar.

Não demorou muito, ele voltou pro quarto.

-Vocês conseguiram descansar? Disse ele pros pais.

-Sim filho pode ficar tranquilo.

-Não quero que ninguém perca sono dormindo aqui, já estou bem durmo praticamente a noite toda, é desnecessário passarem a noite aqui.

-Desnecessário nada, tenho dó de saber que esta sozinho.

-Que sozinho mamãe, vivo rodeado de enfermeiros, doutores. Falando nisso chega de gastar o dinheiro de Gio, quero ir logo pra casa.

-Você vai, quando o doutor achar que esta na hora.

-Mais pai eles querem é dinheiro.

-Para de falar besteira, como pode falar e ir pra casa se faz pouco tempo que acordou do coma.

-Mais passei um mês, isso deve ter sarado o que machucou.

-Não é tão simples assim. Disse sua mãe.

-Cadê meu celular? Quero ligar pra casa, pra saber como Rodolfo esta. Disse Rodrigo.

-Com licença. Disse Gio entrando com um doutor.

-Desculpa vim no teu quarto é que é urgente. Disse ela.

-Imagina Gio, eu queria

-O caso é serio. Interrompeu ela.

-O que foi? Rô vai ficar com sequelas? Disse sua mãe.

-Mais ainda. Disse ele.

-Não madrinha, é o Rodolfo.

-O que foi? Disse o pai.

-O que teve com meu filho? Disse a mãe

-Por que ligaram pra você?

-A senhora esqueceu o celular no meu carro.

-Meu filho, o que houve com meu filho.

-A senhora não devia ter vindo, devia ter ficado com ele. Disse Rodrigo.

-Não piora as coisas.

-Vou embora tenho que ver meu filho.

-Rafa já esta vindo com as coisas de vocês, e mandei providenciar o jatinho pra leva-los.

-Menina nem sei como agradece. Disse Aurora.

-Basta cuidar do Rodolfo viu.

Ela estava com o celular tentando ligar pra resolver tudo.

-Vão tranquilos. Disse Rodrigo.

-Vão. Disse seu pai.

-Claro o senhor tem que ir papai.

-E você filho, não vamos deixa-lo sozinho.

-E Rafa não é ninguém, além do mais tem Gio, podem ir vou ficar mais tranquilo.

Assim fizeram.

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