Na manhã seguinte...
𝐈𝐳𝐚𝐚𝐜 𝐏𝐨𝐯'𝐬
Bianca se aconchega nos meus braços
Eu a acaricio.
— Bianca temos que levanta. — digo a beijando na testa.
— Só mais... Cinco minutos — Bianca fala se encolhendo nos meus braços.
— Você precisa tomar um banho, e colocar uma roupa quente, você vai ficar doente se ficar assim, sem roupa. — digo rindo.
— Porquê será que estou sem roupa? — Bianca diz sarcástica.
— Porquê tr*nsou comigo — falo a beijando no pescoço.
— Haha engraçadinho — Bianca me empurra.
Eu sorrio e a beijo rapidamente e levanto. Bianca se senta na cama e se sente desconfortável, pois estava com algumas partes de seu corpo doendo.
Percebi que ela fez uma carreta e pergunto
— O que foi? — pergunto.
— Nada não — responde Bianca se enrolando no roupão.
...
Ela levanta e passa por ele, ele acha estranho e vai atrás no banheiro, ele a vê ligando a banheira, aproximasse e a puxa pela cintura.
...
— O que foi? — falo.
— Não é nada — ela responde.
— Eu te machuquei? — digo e Bianca assente com a cabeça.
— Mas não é nada demais, pode ir... — diz e eu desamarro a corda do roupão.
No momento que desamarro a corda do roupão vejo Bianca com roxos pelo corpo, talvez eu tenha pegado pesado de mais, passo a mão pela sua cintura e ela fica me olhando fixamente.
— Me desculpa — digo fechando o roupão, a beijo na testa e saio do banheiro.
Volto pro quarto me visto adequadamente, e saio do quarto, tenho muitas coisas pra resolver agora que voltei pra Lozz.
invés de ir tomar café vou direto ao meu escritório.
𝐁𝐢𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐏𝐨𝐯'𝐬
Depois que Izaac saiu eu fiquei perdida, não entendi o que aconteceu, é normal isso acontecer, não quero que ele se sinta culpado. Entro na banheira e sinto meu corpo relaxar, isso é muito bom.
Depois que tomo meu banho vou ao quarto e Ivone entra, ela me ajuda a me vestir, depois vou tomar café e Izaac não estava lá, fiquei preocupada.
Quando terminei meu café passo na frente de seu escritório, vejo Izaac lendo uns documentos, então bato na porta e ele diz "entra"
— Tá tudo bem? — pergunto e ele me olha assustado.
— O que está fazendo aqui!? — pergunta e eu dou um passo pra trás.
— Eu... Eu... Só queria saber se você está bem. — digo indo novamente pra trás.
— Sim Bianca eu estou bem, agora sai daqui que eu tenho coisas a fazer. — diz e eu saio em silêncio.
Eu sabia que isso ia acontecer, nunca nada fica certo pra mim, sempre acontece algo errado, depois que saio volto pro meu quarto, e fico sentada sozinha no chão.
Talvez eu tenha me apegado a Iz... E isso não é bom, tô me segurando pra não chorar, mas... Sinto meu coração apertado e lágrimas em meus olhos.
E então desabo...
Começo a chorar desesperadamente, eu faço tudo de errado mesmo, chorar não adianta nada, mas preciso chorar.
Fico chorando um tempo, e não percebo as horas passarem, algum tempo depois Ivone bate na porta, e eu digo "entre".
— Madame... Você está bem? — diz se aproximando.
Eu limpo minhas lágrimas.
— Sim... O que precisa? — digo.
— Está na hora do almoço. — diz.
— Eu estou sem apetite. — ela assente com a cabeça e sai.
Sento novamente ali no chão, não estou com vontade de fazer nada, apenas quero ficar aqui sozinha.
𝐈𝐳𝐚𝐚𝐜 𝐏𝐨𝐯'𝐬
Agora já se passaram algumas horas dês que Bianca veio aqui, acho que fui grosso com ela, mas não era minha intenção, eu estou indo almoçar, entro na cozinha e vou para a mesa, Bianca não estava ali, creio que ela já tenha almoçado.
— Robson? — pergunto.
— Sim Conde? — fala.
— Onde está Bianca? — digo.
— Não sei, Ivone? — Robson fala.
— Sim? — diz Ivone.
— Onde está Bianca? — Robson fala.
— A madame está no quarto. — Ivone diz.
— Ela almoçou? — pergunto.
— Não senhor, ela disse que estava sem apetite e... Bem... ela estava
chorando. — Ivone fala e eu empurro meu prato.
Robson e Ivone ficam me olhando, e eu vou ao quarto de Bianca, tento entrar, mas a porta estava trancada, então a chamo.
— Bianca?! Abre essa porta. — digo, e recebo silêncio.
— Bianca está tudo bem?! — falo e recebo silêncio como resposta novamente.
Robson surge atrás de mim.
— Vou arrombar essa porta. — digo e ele me olha sem acreditar.
— Senhor eu vou chamar um
guarda. — Robson diz.
— Não será preciso. — digo arrombando a porta.
Entro e não vejo Bianca, vou ao banheiro e a vejo encolhida embaixo do chuveiro.
Desligo a água e vejo ela me olhar com os olhos semicerrados, então me abaixo.
— Bianca está tudo bem? — pergunto e ela levanta, ela passa por mim em silêncio e pega uma toalha.
Me levanto e fico a olhando
— Você tem que se trocar. — digo.
— Eu sei o que tenho que fazer Conde. — diz e sinto meu coração gelar, ela só me chama assim pra me provocar ou... Se está brava.
Ela sai do banheiro e vai pro quarto, me deixando duvidoso.
Vou ao quarto e vejo ela se segurando na porta do roupeiro, me aproximo e a seguro, ela estava com a boca branca e a aparência pálida, deve ser por que não almoçou.
— Está tudo bem? — digo e ela me empurra.
— Não encosta em mim. — diz me olhando cansada e brava, e eu gelo, eu a machuquei tanto assim?
Como ela pede eu me afasto, e vejo a se trocar e fico em silêncio, ela termina de se vestir e vai pra cama.
Ela deita e abraça um travesseiro, então eu saio do quarto deixando ela sozinha.
Talvez eu tenha a machucado muito... Melhor me afastar, ou não sei, ela me olhou com raiva, essa sensação que eu senti foi ruim.
Então volto ao escritório e continuo a ver meus documentos, e as cartas que os outros reinos me mandaram, principalmente o pai de Bianca que me mandou uma carta.
Na carta dizia...
Olá Conde, gostaria de saber como a minha filha está? diga a ela que eu e Asher já estamos com saudades, e que Asher vai participar do campeonato.
...
Eu tinha até esquecido do campeonato, mas vou fazer de tudo para ganhar como sempre, e quando eu ganhar a rosa de ouro vou dar a Bianca.
...
Algum tempo passa e já está de noite, vou ao meu quarto e tomo um banho, tento relaxar, mas, a tensão está grande, estou preocupado.
Termino meu banho e vou jantar, quando entro na cozinha vejo Bianca sentada comendo, fico feliz que ela esteja comendo.
Sento e ela continua comendo.
— Está melhor? — pergunto e ela me olha brava.
— Sim. — ela responde num tom frio, logo se levanta e sai.
Só porque eu cheguei? Será que é porquê fui grosso com ela?
Depois de uns minutos termino de comer e resolvo passar no quarto da Bianca, entro e ela estava de costas a porta, me aproximo e sento na porta da cama, fico a olhando dormir calmamente.
Queria dormir com ela, mas, acho que iria apanhar dela.
E eu nem se quer sei se vou dormir, não estou com sono, estou angustiado, o que eu fiz? Como vou dormir assim?
Fico ali pensativo, sentado com as mãos no rosto, até que sinto Bianca se mexer. Então me levanto devagar, mas rapidamente saio do quarto, se ela me ver ali vai brigar comigo.
Vou ao meu quarto e deito, fico olhando o teto, pois não tenho sono, e acho que depois de duas horas dormi.
...
Na manhã seguinte...
Acordo com dor de cabeça, dormi, mas me acordei várias vezes de noite, faço minhas necessidades e vou a cozinha, e Bianca não estava.
— E a Bianca? — pergunto a Ivone.
— A madame ainda está dormindo. — diz e eu me sinto aliviado, pensei que ela não quisesse ter vindo aqui.
Depois vou ao quarto de Bianca.
Entro e ela estava dormindo, me aproximo e fico a olhando, ela parecia estar tento um sonho tranquilo, tirando a parte que ela começou a chorar. Ela estava dormindo e soluçando de chorar, eu queria acorda-la, tirar ela desse sonho, mas não podia, então sai do quarto e falei com Ivone que estava na porta. Disse a ela para acordar a Bianca, pois ela estava chorando, Ivone concorda e entra.
Eu fico ali fora escutando a conversa delas.
𝐁𝐢𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐏𝐨𝐯'𝐬
Acordo com Ivone me chamando.
— Madame está tudo bem? — diz e eu assinto com a cabeça.
Ela sai do quarto e eu limpo meu rosto, agradeço Ivone por ter me acordado, meu sonho não estava nada bem, guerra e... Izaac tinha morrido. Não quero pensar nisso.
Alguém bate na porta e eu digo "entra"
Izaac entra e eu me levanto.
— Bom dia. — ele diz
— Igualmente. — digo e vou para o banheiro.
Faço minhas necessidades e quando volto Izaac não estava mais.
Então me visto e vou fazer minha renda, não estou com fome mesmo.
𝐈𝐳𝐚𝐚𝐜 𝐏𝐨𝐯'𝐬
Pela resposta de Bianca ela está brava ainda, e eu gostaria de saber o porquê, mas tudo bem, sai do quarto para não incomodar ela mais. Sai do castelo, pois ia passear com o meu cavalo.
...
Algum tempo depois, volto ao castelo cansado, subo as escadas e vejo Bianca saindo do seu quarto, ela me vê e muda o caminho, isso me fez sentir que estraguei nossa relação.
Continuo meu caminho para o meu quarto, e entro e vou tomar banho.
𝐁𝐢𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐏𝐨𝐯'𝐬
Vejo Izaac vindo em minha direção, então mudo meu caminho para a biblioteca, não era aonde eu iria ir, mas, agora vou.
Entro pego um livro e começo a ler.
...
Depois do ocorrido, Bianca e Izaac não fizeram mais nenhuma refeição juntos, tanto como almoço e jantar até mesmo café da manhã e da tarde.
Então passa-se uma semana, e tais boatos se espalharam pelo reino que o Conde de Lozz e a Condessa haviam brigado, e iam se separar.
Mas ninguém sabia a real verdade, Izaac já estava sabendo do boato, e não gostou nenhum pouco, mas ele ficou quieto, e só falaria algo se envolvesse diretamente a Bianca.
Mas uma coisa não mudou nesses dias, todos os dias após Bianca dormir Izaac ia no quarto e ficava de dez a quinze minutos olhando Bianca dormir, Bianca nem sonhava disso, até hoje.
...
𝐁𝐢𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐏𝐨𝐯'𝐬
— Madame... você já está sabendo
do boato? — Ivone diz.
— Sim. — respondo.
— Me desculpa pela pergunta, mas vocês realmente brigaram? — pergunta.
— Eu não quero falar sobre isso Ivone. — digo e ela assente.
— Se brigaram, porque ele vem
aqui a noite? — fala .
— Como assim Ivone? — pergunto sem entender nada.
— O Conde, vem aqui todas as noites e fica de dez a quinze minutos aqui, achei que vocês ficassem conversando e que o boato era falso... — Ivone diz.
— Não, eu não sabia que ele vinha
aqui. — digo ela me olha sem entender também.
— Pode ir descansar Ivone, eu me viro daqui pra frente. — digo e ela sai do quarto.
Depois de uns 8 minutos resolvo ir ao escritório de Izaac.
Sem bater na porta entro.
— Izaac? — falo e ele me olha surpreso levantando e vem em minha direção.
— Sim? está precisando de algo? — diz.
— Você está indo no meu
quarto as noites?! — pergunto o encarando, e ele fica sem reação.
— Quem falou? — pergunta.
— Não importa apenas me responde. — digo e ele me olha nós olhos.
— Sim eu fui. — fala.
— E porquê? — pergunto.
— Porque queria ver como você estava. — diz.
Eu apenas escuto e saio do escritório, escuto Izaac me chamar várias vezes, mas ignoro, mas ele surge atrás de mim e me puxa.
Eu fico sem reação, mas empurro ele rapidamente.
— Não quero você fazendo isso novamente entendeu?! — falo e vejo ele ficar sério.
— Podemos conversar? — pergunta.
— Não temos o que conversar. — falo e vejo ele dar um passo pra trás.
— Me desculpa. — diz saindo.
Porquê ele está se desculpando? Quer saber tanto faz.
Vou ao meu quarto e fico lendo uns livros. Alguns minutos depois...
Alguém bate na porta e eu digo "entra"
Era Izaac, ele entra em silêncio e vai direto ao lado do roupeiro dele, ele começa a pegar algumas coisas que havia deixado ali.
— O que tá fazendo? — pergunto.
— Tirando minhas coisas do
seu quarto. — diz virado de costas.
— E porquê tá fazendo isso? — pergunto e recebo silêncio como resposta, então me levanto e paro na frente dele. — Porquê está fazendo isso? — pergunto novamente o olhando no olhos.
Ele continua em silêncio, mas me prensa no roupeiro e deita a cabeça em meu ombro.
— Porquê... Porquê tá me tratando assim? — ele diz e eu fico sem reação. — Me perdoa por qualquer coisa que eu fiz ou que eu disse, mas, para de me tratar assim, eu não tô suportando mais você me ignorando. — diz já me olhando, percebo que ele está com o rosto cansado e triste.
Mas eu não sei ainda.
Ele vai colocar a mão para me acariciar, mas desiste, creio que lembrou do que eu disse.
Ele se vira de costas, e percebo ele suspira.
— Eu... Não vou mais te incomodar, não vou vir mais aqui as noites. — diz de costas e eu fico sem reação.
Então ele sai do meu quarto, e eu fico sem saber o que fazer.
...Um mês se passou...
E parecia que nada tinha acontecido entre nós, Izaac passava mais tempo fora do castelo, ele não falava mais comigo, e nem me procurou mais, sinto falta dele, mas, eu que o ignorei.
Hoje não acordei muito disposta, me levantei e fui pro banheiro, fiz minhas necessidades e me arrumei, depois sai do quarto, e sai do castelo, fui para o jardim, pois fazia tempo que eu não ia.
Sento em um banco e fico observando as flores.
𝐈𝐳𝐚𝐚𝐜 𝐏𝐨𝐯'𝐬
Faz um mês dês de tudo, eu e Bianca não nos falamos mais, e eu sinto sua falta, sinto falta de abraça-lá, de ter ela nos meus braços e de dizer o quanto a amo, mas ela preferiu assim, e por mais que eu não entenda o que eu fiz, eu carrego uma culpa comigo, e isso é o que vem me tirando o sono, e as vezes até o apetite.
Eu saí para andar de cavalo e quando voltei resolvi ir no jardim, pois era um dos lugares que eu e Bianca fomos algumas vezes, estou caminhando pelo jardim e vejo Bianca sentada em um banco, então me aproximo e sento em seu lado.
— Bom dia. — digo.
— Bom dia Conde. — fala, eu não gosto dela me chamando assim.
— Como estava o passeio...? — perguntou.
— Bom. — respondo.
Ela então se levanta e vejo ela olhar pra cima, como se estivesse evitando chorar.
— Eu... Eu...vou indo... — diz com uma voz manhosa, gaguejando e vai.
Eu fico a olhando ir e percebo ela colocando as mãos no rosto várias vezes, tenho certeza que ela está chorando.
Então levanto e vou atrás.
— BIANCA! — grito e ela para de caminhar, então apresso meus passos e paro em sua frente.
Vejo ela com o nariz vermelho e com sua maquiagem nos olhos um pouco borrada, então coloco a mão no seu rosto e limpo, esperava que ela me empurrasse, mas ela ficou me olhando, enquanto eu fazia tal ato.
— Você está precisando de
alguma coisa? — pergunto e ela nega.
— Eu... Só quero ir para o meu quarto. — diz e eu saio de sua frente e então ela vai.
Depois de algumas horas eu estava no escritório e Robson entra falando que o almoço estava pronto, eu concordei, e ele me diz outra coisa.
— Senhor... — diz Robson.
— Sim? — pergunto duvidoso.
— Os boatos estão ficando mais fortes, hoje alguém viu você e a madame conversando, e depois falaram que ela saiu chorando, estão falando que o senhor brigou com ela. — fala e eu o olho sem reação.
— Não briguei com ela, apenas estávamos conversando, e ela saiu, mas não vi que estava chorando. — digo e Robson assente e sai.
Logo vou almoçar, entro na cozinha e vou a mesa e novamente Bianca não estava.
— Robson, Bianca anda
se alimentando? — digo enfrente dele de braços cruzados.
— Sim senhor... — diz nervoso.
— Robson você está mentindo, ela anda se alimentando? — falo novamente encarando ele.
— Apenas uma vez no dia senhor, e as vezes só toma água. — diz e eu fico bravo.
— E não acha que seria importante eu saber disso? Só iam avisar se minha esposa morresse? — digo irritado.
— A madame pediu para não falar. — diz.
Esse "pediu" deve ter sido uma ameaça, então saio da cozinha e vou ao quarto de Bianca, antes de entrar vejo uma pequena fresta aberta, então olho e vejo Bianca sentada no canto da cama, então entro.
E vou até ela, me aproximo e me abaixo.
— Bianca? — digo e ela me olha.
— S-sai... — diz gaguejando.
Coloco minha mão em seu cabelo, mas sinto algo atrás na cama, pego e era um frasco de remédios, e tinha apenas mais dois dentro.
— Tomou remédio? — digo e obtenho silêncio como resposta.
— Bianca?! Quantos remédios você
tomou? — digo.
— Vinte oito... — susurra.
— Quê? — pergunto sem escutar.
— Vinte oito. — diz e eu sinto meu coração gelar, como assim ela tomou vinte oito comprimidos?
Ela se deita em meus braços, e eu fico ali tentando saber o que fazer.
— Porquê tomou tudo isso de remédios Bianca? — pergunto e ela fica em silêncio novamente.
— Com quem você conseguiu esses comprimidos? — pergunto e obtenho silêncio de novo.
Ela então se afasta de mim e coloca sua mão eu sei peito, ela geme de dor, e eu não sei o que fazer, saio do quarto e me deparo com Robson passando.
— Robson!! — digo nervoso.
— Sim Conde? — fala.
— Traga um médico urgente. — digo e ele olha para mim duvidoso.
— Agora Robson, agora! — digo e ele sai.
Entro no quarto e Bianca estava de joelhos com a mão em seu peito.
Me aproximo e ergo seu rosto pelo queixo, seu olhar estava vazio, sem expressão, e isso me deixou atordoado.
Ela então se afasta de mim, e começa a vomitar, eu seguro seus cabelos e ela fica vomitando, depois ela para e caí em meus braços. Enquanto ela está em meus braços eu fico contando os comprimidos que estava no chão, e vejo que só tem vinte e cinco.
— Bianca faltam três. — digo e não recebo resposta.
Ela começa a suar e estava se tremendo, eu não aguentava mais ver aquela situação, ela se afasta de mim, mas fica segurando meus pulsos, e eu segurando seus braços.
— Você consegue levantar? — digo e ela me olha, ela esta muito pálida.
Puxo ela para meu colo e ela fica encolhida em meus braços, ela deita a cabeça no meu ombro e eu fico a olhando, ela estava tremendo, suando, e fraca.
— Vai ficar tudo bem tá? — digo e ela se aconchega nos meus braços.
Então ela coloca uma mão na sua barriga e da um gemido.
— O que foi? — digo.
— Tá doendo Iz... — ela diz e aperta meu pulso.
Fiquei muito preocupado com isso, levantei do chão com ela e a larguei na cama, ela se encolheu e eu saí correndo do quarto.
— Cadê a porr* do médico. — digo com os olhos fervendo de raiva.
— Senhor o médico está no reino vizinho, ele está vindo vai demorar ainda uns 15 minutos. — diz uma empregada.
— ROBSON! — grito bravo.
— Sim, senhor? — Robson diz.
— Quero que contrate um médico pra passar todos os dias dentro desse castelo. — digo e ele assente. — Quando o médico chegar manda ele ir imediatamente ao quarto da Bianca. — digo e ele concorda.
— Senhor? — diz Ivone.
— O que? — falo irritado.
— A madame... Ela... — diz.
— Ela o que?! — digo nervoso.
— Ela está sangrando senhor. — Ivone diz e eu saio correndo.
Entro no quarto de Bianca e a vejo encolhida, com um pouco de sangue, me aproximo rapidamente.
— Você vomitou isso? — pergunto.
— N-não... — diz com a voz fraca e gagueja.
Fico a olhando sem entender da onde aquele sangue estava saindo, a cubro com a coberta e ela fica ali ainda mal.
A beijo na testa e saio, vejo Ivone na porta e peço a ela que limpe tudo e ela vai. Fico caminhando de um lado pro outro na frente do quarto, estou muito preocupado com Bianca, isso não é normal, e porque ela tomou vinte oito comprimidos? Não adianta eu perguntar agora, quando ela melhorar pergunto.
Depois de dez minutos vejo o médico vindo, abro a porta e ele entra e eu também.
Ele começa a examinar Bianca, e eu estava observando ela, ela esta muito fraca, e cansada.
Depois de cinco minutos o médico levanta.
— A sua esposa teve uma intoxicação por conta do remédio e... Teve um aborto.
Disse o médico e saiu do quarto, eu ainda estou raciocinando com suas palavras, olho pra Bianca que estava me olhando com lágrimas nos olhos.
— Você sabia...? — pergunto.
— Não. — diz e ela fica me olhando, como se quisesse saber algo.
— Porquê... Tomou vinte oito comprimidos?
— Eu estava com dor... — responde.
— ISSO NÃO É MOTIVO PARA VOCÊ SE DOPAR DE REMÉDIOS E TENTAR
SE MATAR! — grito e vejo ela engolir o choro, merd* o que eu fiz?
— Me desculpa... E-eu só estava preocupado com você. — falo.
— Sai do meu quarto. — ela diz e eu fico sem reação. — Saí! — ela diz novamente, e coloca a mão na barriga e deita, com o seu pedido eu saio.
Vou para meu escritório, fecho a porta e empurro todos os documentos que tinham encima da minha mesa. Porquê eu gritei com ela? eu sou muito idiota, olha tudo o que aconteceu, e eu gritei com ela. Eu ia ser pai. Pai...
Depois disso sento na minha cadeira e fico pensando, eu estava me sentindo muito culpado. Se nós soubessemos antes isso não teria acontecido.
Robson
Ivone
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Atualizado até capítulo 23
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