Ignoro completamente Luke e saio furiosa. Decido me aventurar sozinha.
> Hellen (pensamento)
Aceitei o convite. Não tinha muita escolha... precisava de um novo começo. Encarei essa oportunidade com tudo. Só espero não me arrepender.
Dois dias depois, deixo Hellen sob minha proteção na base e parto em missão.
> Jake
— Há quanto tempo... Qual é a sua resposta?
> Hellen
— Tanto faz, Jake. A resposta é sim. Vamos nessa.
> Jake (sorrindo, satisfeito)
— Essa é a minha garota! Você foi bem nos testes. Agora vamos treinar para as próximas missões.
Jake segura discretamente o braço de Hellen e a conduz até um canto mais afastado da base.
> Luke (sussurrando, irritado)
— Não acredito que você aceitou isso. Como você é teimosa! Eu te avisei para não fazer parte disso!
> Hellen
Soltei meu braço, me virei e caminhei para longe, sem dizer uma palavra.
> Luke
— Por que está me ignorando, Hellen?
> Hellen (virando-se, fria)
— Porque você está sendo chato. Eu sei me defender sozinha. Não preciso que me controle.
> Luke (baixo)
— Será que foi a decisão certa?
> Hellen (encarando-o, irritada)
— Qual é o seu problema, Luke? Primeiro age como amigo, agora quer mandar em mim? Não vou permitir isso.
Dou um suspiro frustrado, tentando manter a calma.
> Luke
— Tome cuidado, Hellen... Mas se não quer me ouvir, não vou insistir mais.
Mais tarde, me preparo para o treino. Faço aquecimento, alongamentos. O foco de hoje é tiro ao alvo e meditação. Participo da luta corpo a corpo, aplicando meus movimentos de karatê com precisão e agressividade. Quero derrotar cada oponente. Quero provar minha força.
Lanço um olhar provocador para Luke.
> Hellen
— Vamos, Luke... admita que fui incrível.
> Luke
— Você luta bem. Agora vou para minha missão.
> Hellen (mais suave)
— Desculpa por mais cedo. Volte em segurança.
---
Alguns dias depois, o chefe superior liga para Jake para saber sobre a nova recruta.
> Chefe
— Jake, o que me diz da nova garota?
> Jake
— Está indo muito bem, chefe. Habilidade, disciplina... e aprende rápido. Vai ser uma peça valiosa para a equipe.
> Chefe
— Foi difícil convencê-la?
> Jake (com ironia)
— Digamos que usei criatividade. Ela não tinha muitas opções. Dei um ultimato: ou a trazíamos... ou a perderíamos.
> Chefe
— Bom trabalho. Você será recompensado. A quantia estará numa mala. Enviarei a localização.
Jake desliga. A localização chega logo em seguida.
---
Duas semanas antes...
> Jake
— Luke, resolva o problema no Leste. Estão atacando nossa operação. Elimine-os. Sem piedade.
Deixo Luke no comando.
> Jake
— Prepare sua equipe para invadir. A resistência será pesada. Quero tudo limpo. Sem falhas.
---
Luke (narrando)
Cheguei ao local e me surpreendi com o número de inimigos. Rapidamente tracei uma estratégia, identificando pontos fracos. Dei o sinal para avançarmos com cautela.
O tiroteio começou. Um a um, os inimigos caíam. Mas a onda era constante. Recebi um golpe pelas costas, mas continuei de pé. Com raiva, abri caminho entre eles.
> Luke
— Segurem a posição! Vou atrás do chefe!
Avancei determinado. Ataquei com precisão. Desarmei os guardas e alcancei o alvo.
> Luke
— Quem está por trás disso?
Ele se recusou a falar. Tentou atirar. Revidei e acertei em cheio.
Com ferimentos leves, reuni a equipe. Ainda faltavam respostas.
Foi então que um jovem desafiante apareceu. Trocamos golpes intensos. Ele era rápido, habilidoso. Mas eu não ia cair.
A perseguição seguiu pelas ruas. Saltei obstáculos, desviei de carros. Finalmente, o alcancei.
Mas em um descuido, tudo mudou.
Acordei confuso, amarrado em um lugar desconhecido. Estava cercado por estranhos. Fiquei alerta.
> Desconhecido
— Ora, ora... se não é o Luke. Seu maldito. Como ousa matar meu pai?
Ri com desprezo, mantendo o olhar firme.
> Luke
— Você acha que pode me deter? Vou te mostrar o verdadeiro significado do medo.
Mesmo com dor, mantive a cabeça erguida. Aguentei as torturas. Fiquei em silêncio. Mas, eventualmente... quebrei.
> Luke (respirando fundo)
— Foi necessário. Seu pai traiu todos nós. Agora... o que você vai fazer com essa verdade?
> Filho do mafioso
— Isso vai ser o seu fim. Se não colaborar, vou arrancar as respostas à força. Quem te mandou aqui?!
Olhei nos olhos dele, desafiador.
> Luke
— Você não vai me matar tão fácil. Vamos, me mostre o seu melhor.
Base — Final da Tarde
A luz alaranjada do pôr do sol atravessa as janelas da sala de treino. Estou suando, ofegante. Meus músculos estão tensos, o coração acelerado. Mas não paro.
Socos. Chutes. Bloqueios.
Cada movimento carrega minha frustração.
Cada respiração, uma tentativa de manter o controle.
Hellen (pensamento)
"Não quero depender de ninguém. Não posso."
Me concentro na mira. Armas alinhadas.
Disparo. Acerto. Outra vez. Acerto de novo.
Mas não é o bastante. Nada parece ser o bastante.
Lembro das palavras de Luke, da maneira como me olhou... como se eu fosse frágil.
Lembro do tom de Jake, confiante, manipulador, como se já tivesse me vencido.
> Jake (atrás de mim, observando)
— Impressionante. Você está se esforçando mais que os outros. Está tentando provar algo?
Me viro rapidamente, ofegante, olhos em chamas.
> Hellen
— Talvez esteja tentando provar que ninguém me controla.
Jake sorri, mas é aquele sorriso que provoca mais raiva do que conforto.
> Jake
— Eu não quero te controlar, Hellen. Só quero te ver crescer. Mas... o que você está fugindo?
> Hellen
(encarando-o, tensa)
— E o que te faz pensar que estou fugindo?
> Jake
— Porque só alguém que está tentando fugir corre tão rápido.
> Hellen
— Não me analisa, Jake. Eu sei o que estou fazendo.
— Estou aqui porque escolhi. Mesmo que tenha sido a única opção.
Jake se aproxima um passo, como quem tenta atravessar uma muralha invisível entre nós.
> Jake
— Você acha que ainda tem escolhas, Hellen? Nesse mundo, ou domina... ou é dominado.
Silêncio. Minha respiração ainda pesada. Meus punhos cerrados.
Mas não respondo.
Viro as costas e volto ao saco de treino. Soco com força, mais do que antes.
As palavras dele ecoam na minha mente como facas.
> Hellen (pensamento)
“Se eu me permitir fraquejar... eles vencem. Ele vence.”
Mais tarde naquela noite, estou sentada sozinha no telhado da base. As luzes da cidade ao fundo parecem distantes, irreais. Meus pensamentos estão uma bagunça.
Luke está em missão. Não sei se está bem.
Jake está cada vez mais perto... mais no controle.
E eu... estou aqui, tentando não afundar.
Jake aparece, como se sentisse onde estou.
> Jake
— Não é uma má vista, não é?
> Hellen (sem olhar)
— Melhor do que conversar.
> Jake (sentando ao lado)
— Hellen, você pode confiar em mim. Mesmo que não queira admitir.
> Hellen
— Você acha que me conhece, mas não sabe nada sobre mim.
> Jake
— Sei o suficiente pra saber que está com medo. Mas medo também é útil... ele mantém você viva.
> Hellen (encarando-o pela primeira vez)
— E você? Está sempre no controle? Nunca teme nada?
> Jake (olhar firme)
— O medo não me controla. Eu o uso.
— E se você souber usar o seu... vai se tornar imparável.
Por um instante, há silêncio. Só o som do vento e da cidade ao longe.
> Hellen (pensamento)
Ele é perigoso. Carismático demais. Persuasivo demais.
E, por algum motivo, parte de mim quer provar que consigo vencê-lo no próprio jogo.
> Hellen
— Eu não estou aqui pra ser moldada por você, Jake.
— Estou aqui pra mostrar que consigo quebrar o seu molde.
Jake sorri, mas dessa vez, sem arrogância. Apenas respeito... e um toque de provocação.
> Jake
— Veremos, Hellen. Veremos...
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Atualizado até capítulo 57
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