capítulo 16

MARCELINA - Tudo bem?

JÉSSICA - Sim, não se preocupe, vamos embora?

MARCELINA - Sim, só vou passar na loja e ajudar a fechar.

Jéssica ficou estranha, porque viu o namorado com outra garota na praça de alimentação do shopping, estavam bem intimos.

Jéssica permaneceu calma, como ensinaram a ela, ficou fria e deixou para se vingar mais tarde, pois não queria que Marcelina, a única amiga que fez em tanto tempo, se assustasse.

Assim que saiu do shopping, mandou mensagem para alguém, levou Marcelina para casa e seguiu até um galpão nos limites da cidade, ela entrou e viu o namorado e a amante dele amarrados.

JÉSSICA - Boa noite.

IVAN- Amor o que faz aqui?- Perguntou assustado, principalmente por não estar entendendo o que estava acontecendo.- Eu não sei o que aconteceu, eu estava com a minha prima no shopping e esses homens nos arrastaram para cá e ainda foram atrás de você.

MULHER - Prima?- Perguntou sem entender.- Quem é ela amor?

IVAN - Cala a p#rra da boca.

JÉSSICA - Ninguém foi atrás de mim, eu vim por conta própria e eu mandei pegarem vocês, acha que iria me enganar por quanto tempo?

IVAN- Eu não sei do que estava falando, me solta e vamos conversar meu amor.

JÉSSICA - Мечтай дальше.(Vai sonhando).- Ela se sentou em uma cadeira de frente para eles e começou a falar.- Sabe, eu nasci no interior da Rússia, eu fui um erro, como a mãe do homem que se diz ser o meu pai sempre diz, mais eu era feliz, até a minha mãe falecer e eu ser obrigada a ir morar com a família perfeita do meu pai.- Disse relando os instrumentos de tortura ali na mesa.- Eu vivia largada em qualquer canto, ninguém ligava para mim, claro, eu era só a bastarda, mais de todos os meus quatro irmãos, eu sou a que mais puxou aquele cretino, que me usou como arma desde os meus nove anos, por causa disso, conseguimos nos aproximar, mais isso durou pouco.- Ela se sentou em uma cadeira na frente deles.- Quando fiz quinze anos, o meu irmão mais velho, tentou abusar de mim, matei ele sem exitar um segundo, fiz o que me ensinaram, mais aí teve as consequências, matar o futuro capo, por si, já é um crime no meu meio, ainda mais, se ninguém gostar de você, foi o momento ideal para querem me matar.- Jéssica acendeu um cigarro e apos algumas tragadas, disse.- Eu nem voltei para aquela casa, eu fugi, matei quem eles mandaram atrás de mim, fiquei sozinha por dois anos, até que encontrei um senhor italiano, que sentiu pena de mim e me levou para morar com ele, Dom Marnole, me adotou como sua filha e quando veio a falecer, me deixou o seus negócios.

MULHER - Por quê está contando isso, por favor, deixa o meu namorado e eu irmos embora.- Pediu quase implorando.

JÉSSICA - Estou contando, porqu, vocês vãos, morrer.

IVAN - Por favor querida, não faça isso.

JÉSSICA - Vou mostrar que sou uma boa pessoa, eu não vou matar um de vocês.- Disse e deu sinal para soltá-los.- Mais um detalhe, quem vai decidir vai ser vocês.- Disse e mandou os soldados entregarem duas pistolas para eles.

IVAN - Você é maluca?

JÉSSICA - Talvez eu seja, então quem vai morrer, vão se matar ou um vai matar o outro, mais se vocês se amam como dizem, não será problema um.ss sacrificar pelo outro.

MULHEE- Nos nunca fariamos isso, nos amamos e...

JÉSSICA - Acho melhor olhar para o lado antes de terminar de falar.- Disse e Sabrina olhou para o lado, o seu amado estava apontando a arma para ela.

SABRINA - Amor?- Perguntou com lágrimas nos olhos.

IVAN- Eu não vou morrer por alguém como você.- Disse e destravou a arma, mais antes de conseguir atirar, ele caiu no chão.

JÉSSICA - Leve ela embora.- Disse guardando o revólver.- Se contar para alguém, eu vou atrás de você.

Depois, Jessica mandou que os seus soldados limpassem o local e se livrasse do corpo de canalha, depois foi embora.

Bom se não ficou claro, Jéssica está a frente da máfia italiana, ela é uma das mais sanguinárias e respeitadas da história, conhecida apenas, como viúva negra.

#COM DEREK#

DEREK - E aí primo?- Perguntou quando homem se sentou em sua mesa.

APOLO- Tudo bem? Fiquei surpreso com a sua ligação.

APOLO HERMANOLE DIACENTE, 30 ANOS, Capo da máfia da florida, é uma máfia pequena, mais é tudo para esse rapaz, é um homem justo e um pouco mulherengo, mais isso é só para manter a pose de Capo temido por todos, por trás dessa máscara, se esconde um homem romântico e gentil, que tudo o que mais quer, é conhecer o amor de sua vida.

DEREK - Não aconteceu nada de ruim, pelo contrário.

APOLO- Fala aí.- Disse e fez sinal para o barmen, ele serviu um copo de whisky para ele.

DEREK - Eu vou direto ao assunto, eu vou ser pai de gêmeos e quero que você seja o padrinho de um deles.

APOLO- Não me leve a mal, mais, não tenho interesse de ser padrinho de um filho seu com aquela vadia.- Disse e tomou um gole de whisky.

DEREK - Não, eu vou ter gêmeos com a minha esposa, a Marcelina.

APOLO - Cara finalmente tomou vergonha nessa sua cara e viu o mulherão que estava ao seu lado.- Disse rindo.- Ainda bem que descobriu quem aquela vagabunda era, antes de perder a sua esposa.

DEREK - Não foi bem assim.- Disse abaixou a cabeça.

Derek começou a contar o que aconteceu nos últimos meses para o primo, apesar de estarem meio afastados, Apolo era uma das únicas pessoas que ele conseguia se abrir livremente, ele lavou a sua alma, contou até o que não tinha contado aos seus pais, acabou que não resistiu e começou a chorar.

APOLO - Sinto muito.

DEREK - Não sinta, eu mereço, posso ter perdido uma mulher incrível, por uma que não valia nada.- Disse ainda com os olhos marejados.- O que mais doeu, foi quando ela disse que eu não passava de um caixa eletrônico para ela, que era só passar a mão na minha cabeça como se eu fosse um cachorrinho adestrado, que eu dava tudo o que aquela desgraçada queria.

APOLO - Esquece isso, você estava encantado por ela, pensa que agora você vai ter dois filhos, com uma mulher maravilhosa, pensa na sorte que você tem.

DEREK - Pois é, eu quero ser um bom pai e estou disposto a tudo, para reconquistar o coração da Marcelina, e assim seremos uma família.

APOLO - Agora gostei.- Disse e brindaram.

"Só espero que um dia, eu tenha essa mesma sorte." - Pensou Apolo.

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