capítulo 5

Passaram- se alguns dias se passaram e chegou o batizado do pequeno Levi, o seu pai fez questão de fazer uma celebração em casa mesmo, com alguns convidados importantes para eles.

Marcelina e Esmeralda planejaram tudo, cuidaram da decoração, encomendaram a comida e os doces e tudo mais que precisavam.

MARCELINA - Ficou tudo lindo.

ESMERALDA - Também achei, o Vincezo não quis economizar em nada.

VICENZO - Claro, não é todos os dias que eu batizo o meu primogênito.- Disse entrando com o bebê em seus braços.

MARCELINA- Como ele está lindo com essa roupinha.- Disse olhando para Levi.

VICENZO - Obrigado, eu sei que sou muito lindo.

ROUPA DO VICENZO.

MARCELINA - Tô falando do menino, narciso.

VICENZO - E ele se parece com quem tampinha?

ESMERALDA - Podem parar de implicar um com outro?

MARCELINA - Vou me arrumar que eu ganho mais.

VICENZO - Toma, leva o seu afilhado.- Disse entregando o bebê para Marcelina.

MARCELINA - Eu vou, só por que eu sei o que você está pensando em fazer com a minha irmã, pervertido.

VICENZO - É o que você estava precisando fazer, quem sabe você não fica mais calma.

MARCELINA - Vai tomar naquele lugar.- Disse saindo.

VICENZO - Qual lugar tambinha?- Perguntou provocando.

MARCELINA - No c#.- Gritou assim que passou pela porta, Vicenzo começou a dar risada.

VICENZO - A tambinha está com raiva.

ESMERALDA - Claro, você vive provocando a minha irmã.

VICENZO - Ela sabe que eu amo ela.- Disse, se aproximou da esposa, abraçou a sua cintura e a puxou para um beijo.- Sabe o que tem hoje né?- Perguntou descendo os beijos para o pescoço da mulher.

ESMERALDA - O que?- Perguntou se fazendo de desentendida.

VICENZO - É o fim do seu resguarde.- Sussurrou perto de sua orelha e deu uma leve mordicada, o que fez Esmeralda gemer baixo.

Ela se sentia insegurança quanto ao seu corpo, tinha medo de ser rejeitada, mais ainda seu, o seu corpo e o seu coração eram traidores, e desejavam que Vicenzo a possuísse ali mesmo.

Vicenzo continuou fazendo carinhos ousados pelo corpo de Esmeralda, ele estava se controlando ao máximo, mais estava ficando cada vez mais difícil, já fazia mais de dois meses que eles não transavam.

SAMUEL - Que coisa boa.- Disse entrando na sala, fazendo o casal se separar.- Cheguei em boa hora.

ROUPA DO SAMUEL.

VICENZO - Você tinha que aparecer, né peste?

SAMUEL - Não tenho culpa que você está sem transar, eu vim porque quero ir com vocês e o meu afilhado para a igreja.

VICENZO - Engraçado, a primeira vez que você chega na hora, é para me empatar.

ESMERALDA - Eu vou me arrumar.- Disse rindo dos dois homens, que viviam brigando, mais nunca iriam se separar, como verdadeiros irmãos.

VICENZO - Amor, eu esqueci de comentar, eu convidei mais uma pessoa para a festa.

ESMERALDA - Quem?

VICENZO - Um novo cliente, ele dono de uma empresa de cosméticos, lá em Nova York.

SAMUEL - Nova York? Bem longe, o que será que ele veio fazer por esses lados?

VICENZO - Ele me disse que está mudando a empresa por causa da esposa, que está grávida.

ESMERALDA - Tá! eu vou tomar um banho.- Disse e Vicenzo a puxou para um selinho.

VICENZO - Eu te amo.

ESMERALDA - Eu também.- Disse e sai da sala.

SAMUEL - Que bonitinho.- Disse com deboche.

VICENZO - Vai se f#de, é bom dizer que você ama a sua família, as vezes um " Eu te amo" para a sua esposa vale mais do que mil, provas de amor vazias.

SAMUEL - Olha o poeta.

VICENZO - Não se preocupe, um dia você vai encontrar uma mulher legal, por quem se apaixone.

SAMUEL - Eu não acredito, não é como se o amor chegasse e batesse a sua porta.

Derepente a campanha tocou, Vicenzo e Samuel se olharam, meio sem acreditar, logo Marcelina apareceu e disse.

MARCELINA - É para mim.

ROUPA DA MARCELINA.

A mulher foi até a porta e quando abriu, por ela passou um bela morena, de traços finos e delicados, rosto doce e gentil, mais com um olhar que Samuel não conseguiu decifrar, era distante e ao mesmo tempo atento a tudo ao seu redor.

MARCELINA - Meninos, essa é a Violeta.

VIOLETA SANTIAGO, 20 ANOS, portadora de autismo, estuda engenharia química, uma menina órfão, que nunca teve ninguém por ela e que a vida inteira sofreu bullyng, e por isso é meio avessa a pessoas, até ser acolhida por Marcelina, ela é a única pessoa que a menina confia.

VICENZO - Muito prazer, eu sou o Vicenzo, cunhado da Marcelina.- Disse e estendeu a mão, mais a jovem só respondeu com um leve aceno.

MARCELINA - Ela não gosta de contato físico.

VICENZO - Desculpa, eu não sabia.

VIOLETA - Não se preocupe senhor, estou acostumada a ser tratada de uma maneira diferente só por conta da minha condição, e sinceramente, eu não gosto.- Disse um pouco rápido.- Só peço que me tratem como qualquer pessoa que entra aqui.

SAMUEL- Pode deixar senhorita.

ESMERALDA - Estou pronta.-Disse entrando com o Levi no seu colo.

ROUPA DA ESMERALDA.

VICENZO - Vamos então, não podemos chegar atrasados no batizado do meu próprio filho.

SAMUEL - E os seus pais, irmão?

VICENZO - Vão nos encontrar lá, a minha mãe chegou de Cancun ontem e o meu pai chegou de viagem agora pouco, me ligou e disse que vai direto para lá.

ESMERALDA - Então vamos.

VICENZO - Não vai dar para ir todo mundo, por causa da cadeirinha do Levi.

ESMERALDA - Eu prefiro que alguém vá atrás com o meu filho, para ficar olhando ele.

VICENZO - Nos apertamos um pouco e aí vai caber todos.

VIOLETA - Eu não gosto de lugares apertados.

SAMUEL - Então, você vem comigo no meu carro e nos encontramos lá.

MARCELINA - Tem algum problema para você?

VIOLETA - Não, nós vemos lá na igreja.

Os dois caros logo partiram, Samuel ficou o caminho todo olhando disfarçadamente para a Violeta, que olhava para o lado de fora do carro.

Não tinha como negar que ele havia sentido uma coisa muito forte dentro dele quando viu Violeta entrar pela porta da casa, algo que ele nunca havia sentido.

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