O pesadelo levava Danna as raias da loucura, sua mente lhe pregava peças, mostrando seu corpo queimando com labaredas terríveis, sua pele ardia e ela metia as unhas, arrancando a pele queimada de seu corpo. Seu sangue corria pelas veias, como lava fervente e tudo lhe doía, fazendo-a se contorcer e a dor, produziu gritos agudos em suas cordas vocais.
Quando tudo passou e seu corpo se aquietou, sua mente acelerou em pensamentos distorcidos, lembranças de um homem bonito, que a abordou na rua, mas ela o rechaçou, o que não adiantou, pois ele conseguiu deixá-la em frangalhos. Precisava acordar desse pesadelo. Se esforçou e conseguiu abrir os olhos.
Viu tudo escuro, mas conseguia enxergar, olhou para o lado e viu o mesmo homem, deitado ao seu lado.
Se arrastou pela cama, se afastando tão rápido que quase caiu da cama. Foi até o que lhe pareceu uma porta, mas percebeu que todo o local era cercado de paredes de aço. Viu engrenagens e devia haver um controle, procurou.
Procurou e encontrou em uma mesinha de cabeceira. Foi com leveza, mas descobriu que estava rápida e conseguiu pegar em um piscar de olhos. Acionou, mas deixou a blindagem abrir só o suficiente para ela se arrastar para fora e fechou novamente, deixando o controle do lado de fora.
Levantou-se e observou o local, procurando a saída e localizou a escada. Eram paredes de pedra, assim como a escada e admirou a construção antiga, mas não tinha tempo para isso. Subiu e entrou em um corredor largo, com quadros nas paredes que pareciam de antepassados, pelas roupas, mas havia um que era do homem.
— Como é mesmo o nome dele?
— Dominic Preston. O dono desta casa e pelo visto, seu também, querida.
— Meu, não. Estou indo embora.
— Bom, muito bom, querida. Sou Morgana, a governanta. Venha comigo, vou lhe dar algo para beber e vestir, ou quer sair assim?
Donna olhou para seu corpo nu e achou melhor seguir a governanta.
— Fique tranquila, não vou lhe prender aqui, estou acostumada a cuidar das mulheres que ele trás para casa.
Entraram por um corredor e passaram pela porta de uma grande cozinha. Ela abriu um armário e lhe deu um vestido preto, que Donna vestiu, imediatamente e esperou a governanta pegar algo na geladeira e encher um copo para ela.
— Beba querida, você vai precisar.
— Isso é sangue? — não reclamou, pois o cheiro lhe parecia apetitoso.
— Sim, o único alimento que você precisa, por agora.
— Obrigada — pegou o copo e bebeu, saboreando o líquido vermelho e denso, que desceu facilmente por sua garganta.
— Sabe, estou curiosa, você me parece bem. Está limpa e sem ferimentos. Ele deve ter gostado mesmo de você, pois te tratou muito bem.
Donna não sabia o que dizer e ficou calada, pois aquela fala foi horrível de ouvir. Terminou de beber e devolveu o copo, que Morgana pegou, lhe deu um lenço de papel para limpar a boca e a indicou à porta de saída dos fundos, onde havia um par de sandálias lhe esperando. Ela olhou a rua e viu que ainda havia movimento, pois estava iniciando o anoitecer.
Verificou onde estava e não reconheceu, por isso desceu correndo pela rua, aproveitando sua velocidade anormal e chegou rapidamente ao caminho que rumava para sua casa. Ela só não sabia que Dominique a encontraria facilmente, através de seu aroma.
Morgana também não fazia ideia de que, aquela jovem, não era apenas mais uma na cama de seu patrão e sim sua vampireza. Quando ele acordou e não a viu ao seu lado, percebeu que sequer estava no quarto, urrou tão forte que estremeceu as paredes. Ela se assustou, não entendendo o porquê da braveza de seu patrão.
Donna chegou em sua casa, entrou e acendeu as luzes, que arderam em seus olhos, então, deixou só os abajures acesos. Olhou tudo em volta, satisfeita, porque agora, aquela casa era sua, só sua. Nunca iria deixar outra pessoa dominá-la a ponto de ficar outra vez escravizada, muito menos um homem, por mais que fosse lindo.
Subiu para seu quarto e olhou a miséria que era. Pegou suas roupas e se mudou para a suíte de hóspedes. Guardou as roupas e apesar de se sentir limpa, foi tomar outro banho, gostava da água tocando sua pele. Entrou embaixo do chuveiro e percebeu que não sentia a temperatura da água, mas não se aborreceu, tomou seu banho à vontade e quando saiu, estava refeita de tudo.
Vestiu uma roupa simples e foi a faxina, tinha muita coisa a limpar e mudar naquela casa que cheirava ao casal idoso que ali morava. Começou pelo quarto deles, tirou tudo espanou, abriu as janelas para entrar ar fresco e olhou os móveis para ver o que poderia aproveitar. Achou melhor decidir isso durante o dia, pois não poderia sair aquela hora para comprar nada.
Fez a mesma coisa em todos os cômodos e também recolheu todos os enfeites que eles adoravam espalhar pela casa. Estava jogando tudo no lixo e preparando para deixar na calçada, para o lixeiro levar, quando sentiu a presença de alguém.
— Olá, minha vampiresa, vejo que está bem, sua mudança foi bem tranquila e nem parece sentir diferença de sua vida anterior.
— Não sou nada sua e o que pretende, me perseguindo?
— Como não é nada minha? Estamos unidos para sempre e serei seu provedor.
— Ai, você fala coisas tão confusas. Com licença, mas ainda tenho muita coisa para fazer. — deixou ela, o lixo na calçada, virou-se e entrou.
— O quê tem para fazer em uma casa que nem vai morar?
— Lá vem você com essas ideias, passei minha vida toda sendo tolhida de minha liberdade, não é agora, que sou livre, que vou me deixar levar pela lábia de um qualquer. Vá empora.
Ele segurou-a pelos ombros e falou, olhando em seus olhos, mas ela lembrou da noite anterior e fechou-os.
— Não vou te hipnotizar, só quero que preste atenção no que eu vou falar.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Fátima Ramos
Até que enfim Dominic encontrou a companheira, mas não vai ser fácil
2025-01-29
0
Expedita Oliveira
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰
2025-04-12
0
Ana Lúcia De Oliveira
gostando da história /Smile/
2024-06-30
5