Olhando para janela os prédios, carros,praças e pessoas o barulho no carro soando bem baixinho no meu ouvido, olhando aquelas pessoas livres andando pela rua fez-me lembrar do meu pai, quando saímos para comprar gelado na feira que acontecia todo o domingo, quando chegávamos em casa de tardezinha comíamos sempre um bolo de cenoura da minha irmã "era uma coisa que nunca enjoava"depois na varanda ao pôr-do-sol jogávamos xadrez, e só parávamos quando o número de ganhos empatava.
Acabei a adormecer com aquelas lembranças maravilhosas.
Quando acordei senti como se tivesse num travesseiro macio e quente até senti ele se mover para cima e para baixo, depois senti um impulso para cima que fez senti um frio na barriga, abri os olhos com o desconforto e percebi estava com a mão e a cabeça em cima do peitoral de Rafael dei um pulo e olhei ao redor e já estava no avião novamente, olhei a janela e não estávamos, mas em terra firme, o meu coração disparou de medo que fechei os olhos e abracei Rafael sem pensar novamente:
— Você ainda não se acostumou-alisou as minhas costas
-Por que nao vai ver se eu to na esquina?-ouvi ele rir e forçando os olhos fechados
Senti-me cada vez mais enjoada, penso que porque eu estava com a barriga vazia, levantei e fui em direção para trás do avião e ouvi ele dizer"no final tem um banheiro!".
Cheguei ao final e vi um banheiro,abracei a tampa do vasso e sentei,respirei fundo para não vomitar e escutei uma voz vindo da porta:
-Você está bem?-a voz de Rafael
-Pode deixar-me em paz pelo, o menos 1 minuto!-gritei com voz rouca
Escutei passos,eu respirei fundo de novo,levantei-me havia um espelho acima pia, segurei as mãos contra a ela e olhei para o espelho.abri a torneira e lavei o meu rosto, suspirei e pensei "eu só não pulo desse avião porque se não eu vou morrer eu falo serio, hum!" bufei, abri a porta e ele não estava lá,segui até chegar a poltrona e deparei-me com Rafael dormindo,eu encarei-o com fogo nos olhos repetia na minha cabeça "eu poderia mata-lo… ele está não inofensivo agora":
— A... Você voltou-ele coçou os olhos e espreguiçou-se-Vem senta aqui não fica aí parada-me encarando como se fosse me comer vivo -sorriu
sentei-me com uma raiva daquela falsidade de fofura.
A viagem parecia que nunca ia acabar,ao chegar na mansão o meu estômago ainda estava embrulhado, Rafael saiu atrás de mim, mas dividimos-nos entre os corredores que ele entrou no escritório e eu fui tomar água na cozinha.Ao chegar lá, estranhei por não vê nem o mordomo e nem Mónica e logo percebi que eles não estavam na entrada da casa para nos receber também. Fui em direção ao Jardim com o copo d'água e vi os dois sentados naquela mesa do café, de longe percebi que estavam a jogar algo então aproximei-me, eles estavam a jogar xadrez,a Mónica estavam com lado preto, mas o mordomo que estava com o branco estava a ganhar e rindo por ela estar em xeque:
-Nao sabia que aqui tinha xadrez...
-Senhorita!-Se assustaram
— Relaxem…eu não vou contar nada...-dei risada e fiz sinal de silencio com a boca e o dedo -Eu posso jogar também?
-Voce sabe Senhorita?-diz o mordomo
— Sim… aprendi com o meu pai.
-Sendo assim junte-se a nós- diz Mônica
Passamos bastante tempo jogando até o entardecer. Subindo as escadas cansada e com um sono danado e fome, se arrastando pelos corredores passei pela biblioteca e fiquei com uma vontade de entrar e eu fui.
Entrando lá,"penso que era o único lugar que me dava paz", subi ao segundo andar e fiquei a passar pelas prateleiras até achar um título interessante até que parei num livro de capa dura azul e o puxei para fora e na capa havia um lobo em cima de uma pedra e escrito "AS LUAS DE LOBO" peguei o abri ele tinha 14 capítulos com temas bem aclamativos como "Capítulo 3 as marcas de sangue".
Subi ao terceiro andar com ele na mão e sentei no sofá li 1… 2… 3… 4… na quinta pagina escutei um barulho no 1 andar, fui até a escada e olhei para baixo"Droga! Rafael ta aqui"corri para as fileiras de livros e escondi-me "merda, merda, merdaaa!não sobe… não sobe… ". Escutei passos na escada e lembrei que deixei o livro em cima do sofá:
— Ana...Ana... Você tá aí?-escutei, mas passos-Ana! Não se esconde, eu sei que você tá aí!?..quer brinca de esconde-esconde é?
Eu tapei a boca para abafar minha respiração,vi ele se aproximando na fileira onde eu estava corri para outra ,ele escutou e foi atras:
— Eu sei onde você tá!..por que se ta escondendo de mim em?
De repente a biblioteca ficou em silêncio, olhei para a linha da fileira e não vi ele quando senti sua respiração quente no meu pescoço do outro lado:
-Te achei ...
Com o susto me afastei e dei um grito:
— Calma, calma... Eu não quis assustar-te-se agachou da minha altura com um sorrisinho no rosto
-O que você tá fazendo aqui!?
— UÉ? Essa… e a minha biblioteca… -olhei para suas mãos e vi uma caixinha de xadrez móvel de madeira-Isso?… Eu tava lhe procurando para...se quiser… que tal um jogo de xadrez?-ele sorriu a apontar a caixa para mim.
— E o que seria Isso?-pisquei algumas vezes sabendo o que era, mas confusa porque estava com aquilo na mão...
Ele então se levantou e ficou me encarando...
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Atualizado até capítulo 30
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