Por Ravier
Depois que eu saí da casa da minha mãe dirigindo feito um louco e cantando peneus peguei um engarrafamento infernal que parecia não ter fim ,os meus pensamentos estavam em tudo o que vivi com aquela loira maldita e em como eu me deixei enganar tão facilmente,na verdade eu queria tanto ter um pouco de paz que me deixei iludir com as mentiras e falsas promessas uma vida tranquila e feliz com alguém que me amasse incondicionalmente, quando finalmente o túmulto de veículos começou a se mexer e me livrei do trânsito pesado fui direto para um bar no centro da cidade ,a essa hora o local bem iluminado e vistoso já estava movimentado e quase não achei uma vaga para estacionar ali perto ,mal estacionei o veículo e entrei no lugar passando pela porta sem reparar nada e nem ninguém ao meu redor e o meu telefone tocou ,olhei para a tela imaginando ser a minha mãe porém era Pietro quem estava me ligando,ele é o segurança que contratei para cuidar de Geisyane e do meu filho,quer dizer o garoto a quem eu cuidei e amei como se fosse meu todo esse tempo,essa decepção está amargando no meu peito o mesmo tanto que o álcool amarga na minha boca,atendo sem muito interesse,apenas para o mandar ir para casa e aproveitar o seu Natal mas antes que eu fale qualquer coisa ele dispara a tagarelar como uma comadre fofoqueira
E só me resta ouvir que ele tem a dizer
_ bom dia Sr! Ligando apenas para avisar que a senhora está saindo com uma mala e uma bolsa agora mesmo num táxi e está levando o seu filho, é para mim segui-los?
_ deixe ela ir Pietro! Vá para casa e aproveite o seu feriado. Digo seco e peço uma dose num gesto de dedo , desligo o telefone engolindo a bebida que acabou de me ser servida junto com a vontade de chorar . Tudo o que eu quero é esquecer até mesmo a minha própria existência nesse momento.
Desligo a chamada e também o aparelho celular,a minha mãe já me ligou umas dez vezes desde que sai e não estou com cabeça para nada no momento,sei que ela vai brigar comigo e talvez Ramon tenha razão em dizer que ela conquistou a minha família e eu me tornei descartável, viro um copo atrás do outro sentado sozinho num canto do balcão e sempre que alguém tenta se aproximar eu afasto sem o minimo de educação ou prudência, quando não tenho mais condições para nada nem mesmo me por de pé sozinho eu pago a conta e sou colocado pelos seguranças do lugar em um táxi,o dia já está quase terminando e eu não comi nada além de um copo atrás do outro de uísque puro e sem gelo , peço que o motorista me leve a um hotel ou pousada baratos, não quero ir parar num dos estabelecimentos do meu pai e antes disso passo numa conveniência e compro mais quatro garrafas de uísque de má qualidade,eu só quero beber e esquecer que um dia entreguei o meu coração e a minha vida a uma mulher sem escrúpulos e sem futuro como Geisyane.
pago por um quarto chechilento num hotel de quinta qualidade bem distante de todas as pessoas que eu conheço e depois que fecho a porta me sento no chão e bebo no próprio gargalo da garrafa secando uma atrás da outra sem respirar até estarem todas vazias e eu está com o meu corpo todo dormente e não saber nem mais o meu nome ,estou envolto na escuridão e sinto ela me engolir de uma maneira surreal a vejo cada vez mais próximo até que não sinto ou escuto mais nada e me entrego a um silêncio sem fim.
Acordo num lugar que não sei onde é,as paredes são brancas e próximo a uma enorme janela de vidro vejo uma mulher com uma vasta cabeleira loira admirando a paisagem a sua frente.
Geisyane invade a minha mente e não posso acreditar no seu cinismo ,tento me levantar da cama mas o meu corpo inteiro dói como se tivesse sido atropelado por um caminhão desgovernado me arrastando e dilacerando a minha carne .
Tento me levantar outra vez e deixo um gemido de dor escapar dos meus lábios mais alto do que eu gostaria fazendo a loira misteriosa despertar do seu encantamento e se virar para mim revelarando o seu rosto bem maquiado.
_ rá... Ravena! gaguejo surpreso
_ você acordou querido! Diz se equilibrando sobre os saltos altos que fazem barulho insuportável ao se chocarem com o chão e com o seu perfume doce que me deixa enjoado e com vontade de vomitar, até num lugar como esse a minha prima me causa repulsa.
_ fique aí Ravena! Digo com um certo esforço.
_ o que foi meu amor! você está com dor.
_ estou ,mas esse seu perfume e saltos barulhentos estão me incomodando bem mais que qualquer dor que esteja sentindo no momento.
Ela fecha a cara e respira fundo tentando conter as lágrimas que se formam no canto dos seus olhos escuros,por mais que me esforcei eu não consigo suportar a minha prima e o seu jeito patricinha de viver.
Alguns minutos depois é a minha mãe que entra no quarto,pedi a Ravena que buscasse água para mim e a fiz ir descalça pois não estava suportando som dos seus tamancos de grife ,a dona Rosita corre na minha direção e me beija deixando as suas lágrimas caírem sobre a minha face ,eu a amo demais e ela e o meu pai é tudo o que me restou na vida.
O seu desespero faz o meu peito doer ainda mais e eu me sinto cada vez mais miserável por estar causando tamanha dor as pessoas a quem eu mais amo e nunca gostaria de ver chorar .
Meninas me contem o que estão achando do livro e o que esperam que aconteça nos próximos capítulos,o apoio de vocês é fundamental para mim ajudar a escrever mais e melhor.
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Atualizado até capítulo 86
Comments
TRAIÇÃO NÃO TEM PERDÃO
Gosto Assim o Arrependimento
2024-08-16
0
Anonymous
Mais esta de parabéns pelo livro é muito bom
2024-05-31
0
Anonymous
Que ele ou a Rosita tente pelo menos descobrir a verdade pra desmascarar os dois porque foi muito estranho terem que voltar pra colher o material novamente
2024-05-31
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