capítulo 17: A primeira pista

Depois de alguns dias o detetive que contratei me ligou para passar algumas informações que descobriu , confesso que isso já me deixou muito feliz pois era a primeira pista que conseguia em meses ,após assitir os vídeos de segurança ele conseguiu localizar o táxicista com quem Geisyane deixou o condomínio naquele dia e o homem revelou onde deixou a loira naquela tarde de véspera de Natal, não foi difícil para ele lembrar das suas feições e segundo o homem além de chamar a atenção pela beleza a loira estava muito triste e parecia perdida ,ele até se preocupou em lhe deixar naquele lugar sujo e feio e com uma criança pequena nos braços em um estado de total desnorteio como ela parecia estar ,porém a loira insistiu que aquele era o lugar que precisava estar e além de pagar pela corrida lhe deu um bônus de Natal ,com base nessas informações Ricardo raqueou algumas câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao local onde o homem deixou a minha mulher e o meu filho ,sim meu filho pois o resultado do exame de DNA saiu a alguns dias e ao contrário do anterior esse saiu com um resultado positivo,eu já entrei com uma ação judicial contra o laboratório e ele estão apurando os responsáveis pela troca de material pois está claro que houve algum tipo de fraude e o exame foi falcificado por alguem de dentro, não há outra justificativa para o resultado ter chegado contrário aos fatos e ter dado negativo enquanto o outro deu positivo e ainda tem a marca de nascença da família para corraborar o fato que Enzo ravi é mesmo meu filho biológico e que a sua aparência de europeu se dá apenas pela genética forte da sua mãe que tem pais loiros e de olhos azuis com descendência alemã pelo que eu entendi,quem diria que Geisyane também teria um forte vínculo com o país onde me estabeleci e resolvi criar vínculos de trabalho.

Naquele mesmo dia nos encontramos para um almoço e Ricardo compartilhou comigo tudo o que havia descoberto enquanto saboreava um belo bife com batatas fritas em um restaurante próximo a delegacia onde ele trabalha, marcamos de ir a procura do homem a quem Geisy fez plantão na porta no outro dia pois Ricardo ainda precisava se inteirar sobre a identidade do homem e sobre os seus feitos e o mesmo faria isso hoje mesmo assim que terminasse a sua refeição ,o seu plantão na delegacia havia terminado e ele estava agora no modo detetive particular a minha disposição.

Eu não consegui mais me concentrar no trabalho naquela tarde e a noite a anciedade era tamanha que precisei tomar um relaxante muscular para dormir , ultimamente esse medicamento tem sido constante na minha vida pois estou tão tenso e estressado que na maioria das noites não consigo dormir e sou tomado pela insônia enquanto Geisyane vira e mexe toma os meus pensamentos me mostrando o quanto eu fui babaca em não lhe dar uma chance de se explicar, toda moeda tem dois lados e toda história tem duas versões e eu me esqueci desse detalhe importante,talvez se a tivesse ouvido agora estaríamos felizes e criando o nosso filho juntos.

Resolvo ir dar uma volta no jardim até o sono chegar e fico olhando as estrelas me lembrando de quando fica anos na cobertura da nossa casa olhando o céu estrelado, Geisy sempre foi romântica e apesar de não deixar transparecer fácil ela agora esse tipo de coisa imples e singela que aquece os corações nas noites frias sem luar.

Caminho um pouco e logo o sono chega ,vejo as luzes da cozinha acesa e quando me aproximo ouço a voz de Ravena,o seu tom é baixo e quase inauditivel e assim que me ver Ramon despista o assunto e faz a irmã se calar

_ boa noite primos! já é muito tarde para estarem tramando na surdina. Até mesmo as cobras precisam dormir e descansar.

_ não me provoque sua frutinha! Ramon diz em tom de ameaça e Ravena vem na minha direção quase se atirando nos meus braços.

_ não fale assim meu querido! Desse jeito você me mágoa.

Faço que não ouvi e me esquivo dela indo em direção a geladeira,tomo um copo de água gelado e subo para o meu quarto em seguida já bocejando de sono, a medicação já fez efeito e into o meu corpo pesado,d sabo na cama e durmo feito uma pedra até o outro dia e quando acordo já me arrumo correndo para ir tomar café em família e ir encontrar com Ricardo para descobrir quem é o homem misterioso a que Geisy foi pedir ajuda e praticamente acamponhou em sua porta até conseguir.

Seguimos por uma rua pouco movimentada e no fim de um morro tem uma casa mais afastada, ao contrário das demais a casa está bem cuidada e em boas condições e tem um enorme jardim na frente ,os portões são de grades pontiagudas e afiadas e tem um cadeado com corrente no enorme portão de entrada da residência ,batemos palmas e chamamos por bastante tempo,até um homem de cerca de cinquenta e poucos anos loiro de olhos azuis tão intensos que pareciam jóias brilhantes aparecer na porta com um regador de água na mão para molhar as plantas e gritar de longe que não queria comprar nada.

_ bom dia senhor! Não estamos vendendo nada,estou investigando um desaparecimento,poderia vir até aqui? Ricardo usa da sua lábia de policial mas é em vão,o homem está irredutível.

_seja lá o que esteja investigando eu não tenho nada haver com isso agora dia da minha porta.

_ por favor senhor! São apenas algumas perguntas.

_ já mandei saírem

_ eu apelo senhor,pelo amor de Deus nos ajuda, Geisyane foi vista pela última vez nessas imediações,eu preciso encontrar a minha mulher e o meu filho, são só algumas perguntas.

_ senhor é melhor cooperar, é só uma conversa informal,mas se não quiser nos contar o que sabe será intimado a comparecer a delegacia,você me vai querer problemas com a lei não é mesmo Glauco Valadares?

_ pode me intimar seu policialzinho de merda , não ache que porque tem um distintivo pode me ameaçar,eu já paguei por tudo o que eu devia e estou seguindo a minha vida em paz ,se você quer culpar alguém pelo sumiço da mulher,culpa esse aí do seu lado ,o bom e preocupado marido,ela tentou esconder com um casaco mas eu vi os hemotomas roxos nos seus braços,eu conheço muito bem o seu tipinho de marido apaixonado mas que quando estão sozinhos, longe dos olhares da sociedade bate e espanca a mulher e para não serem denunciados lhe compram com dinheiro e presentes caros.

Ricardo me olha me fuzilando com os olhos e tenho urgência de me explicar antes que eu seja linchado agora mesmo

_ eu não bati em Geisyane e não sou esse tipo de pessoa que descreve,confesso que fui covarde e lhe machuquei mas não foi a minha intenção,eu apenas segurei seus braços para lhe tirar do escritório já que se recusava a sair e não poderei a minha força, Geisy é muito branca e por isso ficaram a marca dos meus dedos na sua pele e eu me odeio por isso.

_ não é a mim que você deve explicação ou justificativa,eu não tenho nada com isso então façam o favor de sumir da minha porta e não voltem nunca mais.

_ você será intimado Glauco,essa é a sua última chance de nós contar o que aconteceu a Geisyane,temos as imagens das câmeras de segurança e sabemos que ela esteve aqui e e trou na sua casa.

_ tragam um mandato e revistem tudo,eu não estou mentindo, não sei de Geisyane e do garoto então me deixem em paz.

Saímos de lá sem conseguir nada do homem a não ser o mal humor do detetive,ele me encara e antes de da partida no carro me interroga

_ você vai me falar a verdade ou eu preciso investigar? Sua mulher foi embora porque você a agradia fisicamente Ravier?

_ eu já disse que não sou um covarde que bate em mulheres,eu me excedi estava furioso e apertei os seus braços, a empurrei para fora do escritório do meu pai e lhe expulsei da minha vida,ela caiu no chão e ficou lá chorando enquanto eu extravasava a minha raiva quebrando tudo dentro do escritório,mas eu nunca fui violento com a minha mulher,eu amo Geisyane e estou enlouquecendo sem ela e o meu filho.

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