— Ei vocês por favor parem de chorar e me expliquem... a jovem suplica novamente.
A mulher curandeira se levanta seca o rosto. E responde em tom melancólico.
— No templo no meio dos quatro reinos das quatro estações há um quadro com a imagem da nossa salvadora que carrega a marca das quatro estações em seu corpo...Da viagem entre os mundos a jovem de coração puro com grandes poderes de cura e amor quebrará as barreiras do mal com as bênção dos Deuses do sol, da lua, do fogo e da tempestade...trazendo a liberdade aos quatro reinos. Só sabemos o que está escrito nas paredes do templo.
A jovem caminha pelo quarto, impaciente sentindo uma mistura de sentimentos borbulhar em sua mente coração e alma. “Bom eu sou uma mulher, não posso mais negar isso aqui… essas tatuagens realmente estão no meu corpo… o ferimento se curou sozinho… esse parece ser um universo paralelo a terra.” A jovem pensa tentando encaixar as peças em sua mente.
— Onde eu estou exatamente? O que são os pares? Porque só eu vejo os animais e vocês não? São muitas pergun... questiona a jovem em tom confuso sendo interrompida.
— Posso responder tudo a você depois que tomar um banho e se vestir adequadamente e jantar comigo. O homem abre a porta dando um susto em todos no quarto falando em tom animado.
— Está bem concordo. A jovem responde em tom curioso.
O homem fecha a porta e as mulheres rapidamente se agilizam preparando o banho e as vestes. A jovem se banha sozinha, refletindo sobre a loucura que sua vida se tornou em um piscar de olhos, se perguntando várias vezes se não é realmente um sonho, ou voltou no tempo... multiverso... várias teorias se passam em sua mente, saindo do banho a jovem se veste com as roupas de baixo muito diferentes do que costuma usar, contudo fica feliz em colocar um vestido novamente se sentindo mais feminina após um ano e meio vestindo roupas masculinas largas com cores simples. A mulher curandeira escova os cabelos da jovem com um sorriso brilhante nos lábios finos esbranquiçados, olhos castanhos escuro brilham encaixando os adereços com pedras vermelhas e laranjas.
— Yuri... esta lindaa... a perdão como devo chamar agora? Mizuki pergunta em tom envergonhado, fazendo as mulheres no quarto rirem.
— Por favor me chame de Hana! A jovem responde em tom gentil com um sorriso que preenche o coração de todos com alegria.
No palácio de inverno…
"O que está acontecendo o ferimento sumiu do nada…esses sentimentos variados que estou sentindo… não pode ser o que estou pensando?" Sussurra Fuyuki andando de um lado a outro da sala acompanhado por olhos curiosos dos criados e dos guardas.
— Mestre quer que agende uma reunião com os irmãos? Pergunta um dos criados em tom suave ao ver a inquietação do mestre.
— Quando será a chegada dos pares? Fuyuki pergunta em tom curioso ao criado.
— Daquiii a dois dias. Responde o criado gaguejando, se sentindo receoso pois esse assunto é delicado no palácio de inverno.
— Entendo…saíam todos quero ficar sozinho. Fuyuki fala em tom ríspido.
— Sim Mestre! Todos respondem se retirando.
Na sala de Jantar do palácio de Outono…
Hana de boca aberta observa a sala de jantar em seu esplendor arquitetônico as cores de outono nas colunas e nos detalhes das paredes tudo muito lindo como um palácio de um imperador Chinês ou japonês deve ser a jovem não consegue distinguir, a mesa farta com comida colorida e cheirosa faz Hana suspirar ao se sentar.
— Coma depois conversamos com calma. O mestre do outono fala em tom suave apontando para comida.
Hana assente com a cabeça, os criados os servem entre sorrisos serenos. O jantar foi um completo silencio de ambas as partes, Hana ficou com dor no estômago ao comer tanto, pois estava faminta e a comida estava deliciosa. Após os criados retirarem a mesa o mestre do outono se levanta convidando Hana a outra sala deixando a jovem novamente com a boca aberta com a beleza da sala em questão. “Isso é um templo... não, não parece mais com uma sala do trono real, o desenho atrás do trono é de uma raposa, essas colunas são realmente de ouro?” Hana sussurra observando cada detalhe, entre suspiros e boca entre aberta.
— Sente-se como devo chama-la? Fala o mestre de outono em tom calmo.
— Liu Hana é meu nome. A jovem responde meio engasgando já que faz um tempo que não pronuncia esse nome. Se sentando em uma almofada no chão a jovem gentil ainda observando o lugar com a boca entre aberta.
— Porque estavas com trajes de homem quando chegou? O homem pergunta em tom curioso fazendo a jovem o encarar se perguntando se deveria responder ou não.
— Não sei se posso revelar esse tipo de informação... não estou segura de onde estou e quem são vocês e esse lugar. Hana responde em tom suave, desviando o olhar.
— Compreendo. O que deseja saber? O homem responde em tom calmo fitando a moça com a mão ao queixo.
— Que lugar é esse? O que são os pares? Porque consigo ver os animais e os outros não? Porque tenho essas marcas no meu corpo? Hana dispara quase sem respirar não contendo mais sua curiosidade.
O homem ri com o gesto da jovem, respondendo e tom calmo. — Aqui é o reino das quatro estações, você é um dos pares por esse motivo consegue ver os animais e as criaturas mágicas desse lugar, os pares são nossas almas gêmeas que vem para iniciarmos a provação, no entanto nunca conseguimos passar daqui.
Hana observa que a expressão e a entonação que o homem usou no final da fala ficou profundamente triste desviando o olhar da moça fitando a janela suspirando. Hana ainda ficou confusa com as respostas do homem trazendo outras perguntas a sua mente abaixando a cabeça reflete como iniciar a nova enxurrada de perguntas... ao levantar a cabeça Hana fica imóvel ao fitar grandes olhos amarelos a encarando... a raposa laranja com caldas enormes e patas do tamanho da cabeça de Hana está calmamente deitada ao chão próximo ao homem que acaricia sua cabeça como se fosse um cachorrinho de estimação.
— Não tenha medo ela é a guardiã da minha morada. Fala o homem em tom calmo com um sorriso de canto observando a expressão de Hana apavorada.
— Como não ficar com medooo, nunca estive tão perto de um animal imensooo assim na vida. Hana gagueja, engolindo em seco desvia o olhar dos olhos apavorantes amarelos e dentes afiados.
— Mestre... Mestre. Entra um criado apavorado na sala.
— O que foi, respire homem. O mestre do outono repreende o criado em tom bravo pela intromissão.
— Perdão mestre, reunião urgente convocada pelos irmãos verão e primavera, parece que o mestre de inverno está erguendo a barreira novamente. Responde o criado em tom ansioso quase ofegante entre as palavras.
— Mas que droga o que Fuyuki pensa que está fazendo agora. O mestre do outono grita em tom ríspido batendo com força nas abas de sua cadeira.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 42
Comments