Entre O Amor E Você
Eu estava muito entediada, todos faziam algo e apenas eu parada. Até mesmo Keith ajudava a minha mãe, e ele não e de ajudar ninguém, nem mesmo se pedir.
Não entendo o motivo disso. O que me deixava ainda mais incomodada era o fato dos meus pais andarem estranho, mais que o normal. Eles falavam coisas estranhas, escondiam outras. Até os meus irmãos estavam estranhos... Era como se todos menos eu sabia o que estava a acontecer. O que e ainda mais esquisito sendo uma das filhas mais velhas.
Sei que não sou a melhor em tudo que faço, mas em relação política eu sou muito boa para alguém com uma experiência, não que ajude muito sendo que eles tem o Jahen que e o futuro líder.
Eu aguardava sentada num banco do jardim, talvez esperando que alguém venha e peça um favor ou apenas tentando distrair a minha mente do puro e entediante silêncio.
Um tempo antes os meus pais falaram que não era para mexer um dedo, para tirar o dia de folga, entretanto penso que não tem necessidade. Eu até poderia não fazer nada, mas não fazer nada com todos não fazendo.
Joguei a cabeça para trás, gostaria muito de uma folga, porém não assim. Tudo estava calmo de mais, sem uma discussão, sem brigas por espaço, estava tão caótico que se eu ficasse lá por mais um momento teria adormecido.
Der repente escuto a voz do meu irmão chamando pelos arbustos que ficavam a minha volta.
— Angel!— Era August o meu irmã que surgiu num arbusto, o que me assustou um pouco.
— Aqui— Respondi.
— Finalmente achei-lhe, procurei você por toda a mansão— Ele veio até mim, se jogando no banco, arfando de cançaco.
— Algum motivo para isso?— Questionei-o que se mantia esparramado.
— Sim!— Ele olhou-me enquanto a sua respiração pesada causava pausa no meio da sua fala— A mãe e o pai querem conversar com você— Algo não muito comum, pelo menos, não quando tenho "folga dos meus serviços".
— E importante?— Perguntei a ajeitar a minha postura sobre o banco.
— Os dois querem conversar, se os conheço bem, sim e importante— Eu suspirei, e levantei.
Já sabia que pelo seu tom de voz, era uma coisa com um grau de seriedade avançado.
— Obrigada, August.
Sai a andar, deixando o meu irmão para trás que já havia se acalmado. Já na mansão novamente, eu dava passos longos e firmes, tentando-me apressar para chegar o quanto antes.
Eu achei estranho os meus pais quererem conversar, ainda mais nessa época, e ainda mais agora.
Talvez eles queiram que eu tenha uma boa folga. Se for o caso, por que eles dois querem conversar? Não parece ser algo bom... Meu pressentimento nunca erra, tem coisa muito errado nisso tudo.
— Ai!— Eu estava tão distraída, que acabei a esbarrar em alguém.
— Tenha mais cuidado— Aquela voz era tão agradável, como uma sinfonia.
— Joseph?
— Em pessoa.
— A quanto tempo— cumprimentei apoiando a minha mão sobre ombro. Eu preferia dar um abraço, mas as pessoas em volta já nos encaravam com olhares de julgamento.
— Faz mesmo, a última vez que lhe vi tinha quanto anos, vinte e um?— Perguntou com um sorriso e com seus olhos olhando para cima, como se isso fosse muito tempo.
— Acredito que seja bem perto... E como está?— Perguntei com um sorriso alegre.
— Bom... Agora eu lidero um território novo junto do meu irmão, tirando o grande trabalho que estou tendo. Estou bem.
— Que incrível. Finalmente conseguiu o que queria, bom quase— Eu estava tão feliz por ele.
— Quase tudo— Ele disse como se ele quisesse continuar, mas não fez.
— Como assim...— Eu olhei a hora, eu não queria deixar meus pais a minha espera então falei— Eu tenho que ir, os meus pais esperam.
Não dei nem tempo dele se despedir ou responder, sai a andar, quase correndo.
Subia a longa escada, tentando não cair. Passando por diversos salões presentes aqui em cima.
Atravessando o longo corredor de pinturas e estátuas, indo até o escritório do meu pai que ficava ao seu meio. Ao chegar, bati na porta de leve esperando por uma resposta.
— Entre— Era a voz rouca do meu pai. Que soava como uma ordem e se rebatia pela porta.
— Chamaram-me?— perguntei a colocar a cabeça para dentro do escritório
— Sim. Finalmente chegou, venha sentar-se— Ele mostrava a cadeira a frente da sua mesa.
A minha mãe estava ao seu lado como sempre, tão próxima como nunca. Ela ajuda meu pai em seus negócios, tanto como líder, é tanto como pai. Se eu os conheço bem, ela que vai começar a falar, se for algo do interesse familiar.
— Meu bem, temos que conversar— Disse a minha mãe dando cutucadas no ombro do meu pai.
— Exato, em primeiro. Você sabe que daqui uma semana e o seu aniversário? Então...— O meu pai não era de enrolar, falava tudo sem demora. Tinha algo de errado— Desde que o Thomas fugiu, o povo está em péssimas condições, e uma das grandes famílias quer começar uma guerra de território, e infelizmente se isso acontecer, nosso território ficará no meio dos dois— Até então é verdade— Por isso— Os meus pais trocaram olhares.
— Pensamos num casamento— Falou minha mãe.
— O quê!— gritei— Como assim?!
— Meu anjo, é nossa única escolha. E já tivemos que adiar isso bastante por causa da partida de Thomas.
— E por que tem que ser eu? Não o August? Ou o Benjamim, ele realmente quer casar— Minha raiva era notável, e minha tentativa de tirar o casamento de mim também
— Ele não vai se casar, ele é... Não pode ser ele, só isso. E Benjamim também não.
— E o casamento de Jahen?— Motivos sem sentidos.
— O dele não vai nos tirar de uma guerra de território. E você e uma mulher, mais um bom motivo— Eu parei e entrei em choque com o que acabei de ouvir.
Eu sei que os meus pais não são de se prender os costumes e tradições dos povos antigos como um casamento arranjado para negócios. Mas parece que comigo, é uma exceção.
— E um casamento por um contrato?— Eles desviaram o olhar, é com esse pequeno gesto já pude ver que era um"sim"— Não posso acreditar nisso, sou um objeto para vocês?!— Gritei.
— Olha o tom de voz mocinha— brigou minha mãe tentando me fazer mudar do assunto central.
— Não venha com essa agora!— Indaguei sem pensar antes.
— Chega! Essa é a sua única obrigação, ou você aceita, ou todos nós teremos que ficar no meio de uma guerra, o que certamente vamos perder!— Finalizou meu pai a bater na mesa com a mão.
Eu imóvel, olhando para sua mão me senti impotente naquele momento. Tudo que me sobrou era responder. Então sem nenhuma expressão realmente visível com toques suaves de tristeza eu indaguei.
— Claro... Eu caso-me com um estranho. Tudo pelo meu dever ao meu território, tudo por puro ego a ele— Levantei e me dirigir até a porta, olhei para trás e falei ainda com arrogância— Não se preocupe, vou me casar com alguém... Alguém que nem conheço.— Sai batendo a porta com força, com toda que eu tinha no momento pelo menos.
Andava pelo corredor com passos firmes, indo em direção ao meu quarto. Ignorava todos os comprimentos das empregadas ou mordomos, eu estava furiosa.
Como podem fazer isso, como podem vender-me pelo país... Não sou importante para eles? O que me deixa mais irritada, e que usam meu dever contra mim. Eu sei bem eles, mas essa mania de casamento por contrato já deveria ter acabado a muito tempo.
No momento em que cheguei no meu quarto, bati a porta com força, joguei-me na cama, e tentei relacionar os fatos, e tudo o que acabou de acontecer.
Como os meus pais podem ser assim, eles não pensam em mim, nos meus sentimentos, por que tem que ser eu, exatamente eu? Não quero casar-me, nunca pensei nisso. Essa proposta de casamento me pegou de surpresa.
Minha mente esta uma bagunça, e só existe uma pessoa que posso confiar para me ajudar em tal caso. E por sorte ela está na mansão nesse exato momento.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
nimorango
eu falei pra vc se preparar
2024-03-02
2
nimorango
se prepare
2024-03-02
0
Rozenilda Alvarenga
escreve mais tô apaixonada pela história 😍😍😍😍 parabéns pela história
2023-09-10
1