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Entre O Amor E Você

Capítulo 1

Eu estava muito entediada, todos faziam algo e apenas eu parada. Até mesmo Keith ajudava a minha mãe, e ele não e de ajudar ninguém, nem mesmo se pedir.

Não entendo o motivo disso. O que me deixava ainda mais incomodada era o fato dos meus pais andarem estranho, mais que o normal. Eles falavam coisas estranhas, escondiam outras. Até os meus irmãos estavam estranhos... Era como se todos menos eu sabia o que estava a acontecer. O que e ainda mais esquisito sendo uma das filhas mais velhas.

Sei que não sou a melhor em tudo que faço, mas em relação política eu sou muito boa para alguém com uma experiência, não que ajude muito sendo que eles tem o Jahen que e o futuro líder.

Eu aguardava sentada num banco do jardim, talvez esperando que alguém venha e peça um favor ou apenas tentando distrair a minha mente do puro e entediante silêncio.

Um tempo antes os meus pais falaram que não era para mexer um dedo, para tirar o dia de folga, entretanto penso que não tem necessidade. Eu até poderia não fazer nada, mas não fazer nada com todos não fazendo.

Joguei a cabeça para trás, gostaria muito de uma folga, porém não assim. Tudo estava calmo de mais, sem uma discussão, sem brigas por espaço, estava tão caótico que se eu ficasse lá por mais um momento teria adormecido.

Der repente escuto a voz do meu irmão chamando pelos arbustos que ficavam a minha volta.

— Angel!— Era August o meu irmã que surgiu num arbusto, o que me assustou um pouco.

— Aqui— Respondi.

— Finalmente achei-lhe, procurei você por toda a mansão— Ele veio até mim, se jogando no banco, arfando de cançaco.

— Algum motivo para isso?— Questionei-o que se mantia esparramado.

— Sim!— Ele olhou-me enquanto a sua respiração pesada causava pausa no meio da sua fala— A mãe e o pai querem conversar com você— Algo não muito comum, pelo menos, não quando tenho "folga dos meus serviços".

— E importante?— Perguntei a ajeitar a minha postura sobre o banco.

— Os dois querem conversar, se os conheço bem, sim e importante— Eu suspirei, e levantei.

Já sabia que pelo seu tom de voz, era uma coisa com um grau de seriedade avançado.

— Obrigada, August.

Sai a andar, deixando o meu irmão para trás que já havia se acalmado. Já na mansão novamente, eu dava passos longos e firmes, tentando-me apressar para chegar o quanto antes.

Eu achei estranho os meus pais quererem conversar, ainda mais nessa época, e ainda mais agora.

Talvez eles queiram que eu tenha uma boa folga. Se for o caso, por que eles dois querem conversar? Não parece ser algo bom... Meu pressentimento nunca erra, tem coisa muito errado nisso tudo.

— Ai!— Eu estava tão distraída, que acabei a esbarrar em alguém.

— Tenha mais cuidado— Aquela voz era tão agradável, como uma sinfonia.

— Joseph?

— Em pessoa.

— A quanto tempo— cumprimentei apoiando a minha mão sobre ombro. Eu preferia dar um abraço, mas as pessoas em volta já nos encaravam com olhares de julgamento.

— Faz mesmo, a última vez que lhe vi tinha quanto anos, vinte e um?— Perguntou com um sorriso e com seus olhos olhando para cima, como se isso fosse muito tempo.

— Acredito que seja bem perto... E como está?— Perguntei com um sorriso alegre.

— Bom... Agora eu lidero um território novo junto do meu irmão, tirando o grande trabalho que estou tendo. Estou bem.

— Que incrível. Finalmente conseguiu o que queria, bom quase— Eu estava tão feliz por ele.

— Quase tudo— Ele disse como se ele quisesse continuar, mas não fez.

— Como assim...— Eu olhei a hora, eu não queria deixar meus pais a minha espera então falei— Eu tenho que ir, os meus pais esperam.

Não dei nem tempo dele se despedir ou responder, sai a andar, quase correndo.

Subia a longa escada, tentando não cair. Passando por diversos salões presentes aqui em cima.

Atravessando o longo corredor de pinturas e estátuas, indo até o escritório do meu pai que ficava ao seu meio. Ao chegar, bati na porta de leve esperando por uma resposta.

— Entre— Era a voz rouca do meu pai. Que soava como uma ordem e se rebatia pela porta.

— Chamaram-me?— perguntei a colocar a cabeça para dentro do escritório

— Sim. Finalmente chegou, venha sentar-se— Ele mostrava a cadeira a frente da sua mesa.

A minha mãe estava ao seu lado como sempre, tão próxima como nunca. Ela ajuda meu pai em seus negócios, tanto como líder, é tanto como pai. Se eu os conheço bem, ela que vai começar a falar, se for algo do interesse familiar.

— Meu bem, temos que conversar— Disse a minha mãe dando cutucadas no ombro do meu pai.

— Exato, em primeiro. Você sabe que daqui uma semana e o seu aniversário? Então...— O meu pai não era de enrolar, falava tudo sem demora. Tinha algo de errado— Desde que o Thomas fugiu, o povo está em péssimas condições, e uma das grandes famílias quer começar uma guerra de território, e infelizmente se isso acontecer, nosso território ficará no meio dos dois— Até então é verdade— Por isso— Os meus pais trocaram olhares.

— Pensamos num casamento— Falou minha mãe.

— O quê!— gritei— Como assim?!

— Meu anjo, é nossa única escolha. E já tivemos que adiar isso bastante por causa da partida de Thomas.

— E por que tem que ser eu? Não o August? Ou o Benjamim, ele realmente quer casar— Minha raiva era notável, e minha tentativa de tirar o casamento de mim também

— Ele não vai se casar, ele é... Não pode ser ele, só isso. E Benjamim também não.

— E o casamento de Jahen?— Motivos sem sentidos.

— O dele não vai nos tirar de uma guerra de território. E você e uma mulher, mais um bom motivo— Eu parei e entrei em choque com o que acabei de ouvir.

Eu sei que os meus pais não são de se prender os costumes e tradições dos povos antigos como um casamento arranjado para negócios. Mas parece que comigo, é uma exceção.

— E um casamento por um contrato?— Eles desviaram o olhar, é com esse pequeno gesto já pude ver que era um"sim"— Não posso acreditar nisso, sou um objeto para vocês?!— Gritei.

— Olha o tom de voz mocinha— brigou minha mãe tentando me fazer mudar do assunto central.

— Não venha com essa agora!— Indaguei sem pensar antes.

— Chega! Essa é a sua única obrigação, ou você aceita, ou todos nós teremos que ficar no meio de uma guerra, o que certamente vamos perder!— Finalizou meu pai a bater na mesa com a mão.

Eu imóvel, olhando para sua mão me senti impotente naquele momento. Tudo que me sobrou era responder. Então sem nenhuma expressão realmente visível com toques suaves de tristeza eu indaguei.

— Claro... Eu caso-me com um estranho. Tudo pelo meu dever ao meu território, tudo por puro ego a ele— Levantei e me dirigir até a porta, olhei para trás e falei ainda com arrogância— Não se preocupe, vou me casar com alguém... Alguém que nem conheço.— Sai batendo a porta com força, com toda que eu tinha no momento pelo menos.

Andava pelo corredor com passos firmes, indo em direção ao meu quarto. Ignorava todos os comprimentos das empregadas ou mordomos, eu estava furiosa.

Como podem fazer isso, como podem vender-me pelo país... Não sou importante para eles? O que me deixa mais irritada, e que usam meu dever contra mim. Eu sei bem eles, mas essa mania de casamento por contrato já deveria ter acabado a muito tempo.

No momento em que cheguei no meu quarto, bati a porta com força, joguei-me na cama, e tentei relacionar os fatos, e tudo o que acabou de acontecer.

Como os meus pais podem ser assim, eles não pensam em mim, nos meus sentimentos, por que tem que ser eu, exatamente eu? Não quero casar-me, nunca pensei nisso. Essa proposta de casamento me pegou de surpresa.

Minha mente esta uma bagunça, e só existe uma pessoa que posso confiar para me ajudar em tal caso. E por sorte ela está na mansão nesse exato momento.

Capítulo 2

Minutos depois, ouvi uma batida na porta. Sabia exatamente quem poderia ser, eu mesma o chamara.

— Entre— Disse a levantar e ajeitar a minha postura e vestido, que ao fazer-lo se ajustou totalmente ao meu corpo.

Abri a porta com um pouco de pressa. Ao fazer, vi um rosto pleno e bonito, que em outras palavras não poderia descrever.

Joseph entrou, um pouco tímido para o normal. Ele sempre ajudou quando mais precisei, e aquele caso não era uma exceção. Ele fechou a porta e caminhou até mim, que permanecia parada com um olhar desesperador. Voltei para minha cama, onde sentei a espera dele.

— Me chamou?— Perguntou, sentando ao meu lado na cama.

— Sim. Tenho um grande problema que precisa de ajuda urgente— Eu lamentava mais do que pedia. O que era verdade, eu necessito de ajuda ainda mais num momento como este.

— Sabe o que isso me lembra?

— Hum!— Perguntei um pouco surpresa pela comparação repentina.

— Daquela vez que você pediu para mim e August tomarmos aquele seu suco misterioso.

— Há sim,— eu disse a recordar-me da premissa é inegavelmente verdade— Você disse que não era para ter essa cor— Falei a rir e imaginar um copo de suco de cor de grama seca com detalhes rústicos da cor cidreira— Depois tomou um gole e ficou com uma dor de estômago por cerca de uns cinco dias, e August não saia do banheiro.

— Sim, foi um bom dia. Ou quase— Disse a repensar no que foi dito— Mas...— Começou a mudar de assunto— diga-me, o que lhe deixa tão aflita?

— E que...— Eu tentava encontrar palavras para relatar meus problemas— Não se assuste— Avisei com antecedência, o que fez ele se preocupar um pouco— Os meus pais querem... que eu me case— Falei com uma tristeza na voz. Ele saltou da cama com um pulo.

— Como assim?— Dei um suspiro de lamento.

— Eles supõem que para sair de uma guerra tenho que me casar. Provavelmente tem a ver com um categoria de ligação de um território.Ou uma parceria.

— Isso não faz o menor sentido— Ele parecia muito irritado— Seja lá o território que vai ser a parceria com o seu, não precisam de um casamento.

— Exatamente, Não constato a necessidade de casar, ainda mais com um desconhecido— A última eu deixei escapar.

— Desconhecido!?— Berrou também surpreso pelo tom de voz que usou.

— Sim...— Bufei— O que eu faço Joseph?— Eu parecia está implorando a ele que me ajuda-se, o que era quase verdade.

Ele parecia pensativo consigo mesmo. Colocando a mão no queixo e olhando para o chão. De repente num sobressalto falou.

— Eu não tenho a mínima ideia do que fazer— para minha tristeza— E se você... fizer um acordo?

— Acordo?

— Sim, tipo prolongar a data do seu casamento, aí faz ele te odiar e desistir. Ou outra coisa do tipo. Pode parecer bobo mas funcionou com a filha dos Timon's— Não sei como ele sabia disso,pelo que sei ela e muito vaga em relação ao cancelamento de seu casamento.

— Não é uma péssima ideia, eu poderia tentar convencer ele a não se casar — E só convencer seja lá quem a fazer um acordo é depois inferniza-lo, assim não vou me casar— Isso e perfeito. Muito obrigada.

No momento em que olhei para Josephe, ele olhava-me de volta.Com um olhar bobo e ingénuo, o que era bem comum dele,

Ele ficou um tempo me encarando, até eu começar a rir da cara de pateta que fazia. Ele acompanhou-me, ri tanto que cai para trás, ele deitou também. Agora eu encarava-o.

— Acredita no que eles fizeram?

— E um pouco estranho vindo deles.

— Como assim?

— Bom, eles não gostam de casamentos arranjados, percebi numa conversa.

— Verdade, eles nunca gostaram disso, que eu me lembre até o casamento deles não foi por contrato. Porque que tem que ser comigo?— Falei com uma tristeza nos olhos.

— Não sei, porém o mais estranho e que você tem seis irmãos, não poderia ser um deles?

— Cinco— falei com uma certa autoridade.

— Hum?!

— Cinco, tenho cinco irmãos.

— Há sim, entendo. Você não vai se casar, não e mesmo?— A sua voz suava com um tom de preocupação indo para decepção.

— Claro que não. Não e como se eu fosse-me apaixonar por um cara qualquer— Falei com confiança e tom de zombar.

— Ótimo— Ele parecia aliviado.

Dei um sorriso carinhoso, ele devolveu com outro.

Joseph sempre foi meu grande amigo, a família dele e líder de dois territórios o que e bem impressionante. Nunca conheci o irmão dele, que e o lider do território de Eridia por ser o mais velho, o que e estranho, sendo que eu passei parte da minha infância com Josephe sem nunca ve-lo.

Olhei para Josephe, que me encarava com um olhar bobo. Eu observava-o até sem querer começar a rir. Ri o suficiente para cair para trás.

Ele deu uma pequena risada e deitou também. Eu olhei novamente com um sorriso e disse.

— Porque voltou?

— Uma parte da minha vinda foi por negócios.

— E a outra?

— Estava com saudades, de você e das suas piadas sem graças.

— Elas não são tão ruins— Fiz uma cara de surpresas era como se 3u tivesse sido ofendida.

— Se você está a dizer.

— O que quer dizer com isso?

— Nada não— Ele fez uma pausa e olhou para a hora— Tenho que ir.

— Vai voltar?

— Não, vou ficar mais uns dias.

Eu assenti com a cabeça e o levei até a porta, antes dele se despedir falei.

— Muito obrigada.

— Tudo pela senhorita— Dei uma pequena risada.

— Você está a falar como as minhas criadas. E eu não gosto quando alguém me chama assim.

— Mas eu sou seu humilde servo o grande senhorita— Disse se curvando. O que me fez rir mais ainda.

— Certo o meu servo, agora dirija até os seus aposentos e descanse. Por agora não necessito de seus serviços.

— Como a senhora desejar— Ele saio a andar.

Entrei novamente no meu quarto. Tentei descansar e aproveitar o resto do meu dia de folga. Mas a sensação de pensar num casamento deixava-me aflita, decidir ir até os meus pais para conversar. E fiz, com muita confiança.

Bati na porta até ouvir uma resposta, mas não houve nenhuma. Então apenas entrei.

Os meus pais estavam fixados no trabalho, ao ponto de nem ouvir a minha chegada.

— Pai, mãe. Precisamos conversar— Admite.

— Angel, você voltou. Que bom! O que quer conversar? Não e sobre o negócio de não querer casamento não é?

— Quero negociar com vocês— O que acabei de falar chamou à atenção do meu pai. Como um governante, ele e ótimo em negócios.

— Comece— Aproximei confiante com o ar de liderança e comando.

— Bom... Eu realmente não quero-me casar— os meus pais suspiraram juntos— Mas posso reconsiderar se eu tiver tempo para conhece-lo, e aceito ficar com ele por um tempo, mas só por um tempo— Eles pareciam impressionados.

— Como aceitou assim tão fácil.

— Vocês estavam certos, esse e o meu território e tenho que servi-lo o melhor possível.

Os meus pais pareciam orgulhosos.

— Angel, vamos fazer uma festa para comemorar seu noivado. E pensamos que seria uma boa ideia convidá-lo. Creio que seja um bom primeiro encontro— disse minha mãe.

— Claro, como desejar.

Sai do escritório, um pouco incomodada por ter que casar. Mas, confiante pelo que está por vim. Sei que não tenho como tirar a ideia de um casamento, mas reprimi-la eu posso.

Capítulo 3

A criada arrumava o vestido para festa. Eu estava um pouco ansiosa, ou talvez incomodada por algo.

 Hoje eu estava com um belo vestido azul longo, com um decote que ia de ombro a ombro. Meus cabelos loiros estavam com um coque solto com uma tiara combinado com o vestido para complementar.

 A criada olhou para o vestido se afastando.

— A senhorita ficou incrível nele.

— Obrigada, mas não acha muito chamativo para uma festa?— O vestido não era o mais formoso ou o mais bonito, mas certamente chamara atenção desnecessária.

— Não. Desse jeito destaca a sua beleza— Eu olhei-lhe, que ainda encarava o vestido, que foi da sua própria criação.

— Obrigada.

— Esse e meu trabalho— Deu um sorriso.

Ela se retirou curvando. Eu fui olhar no espelho, meu cabelo, a maquiagem, o vestido. Tudo estava perfeito... Até de mais.

Talvez seja isso que tanto me incomoda, está bonita para alguém. Alguém que eu nem conheça. Alguém que sou forçada a conhecer. Alguém que... Alguém que vou casar.

Distraída analisando-me, uma batida na porta chamou minha atenção. Desci do banco.

— Angel, já está pronta— Era Jahen. Ele abriu a porta e foi a entrar.

— Estou...

— Você está muito bonita— Disse segurando minha mão e me furando com delicadeza para olhar o vestido melhor.

— Sim... Estou— Dei um suspiro. Caminhei até minha cadeira na escrivaninha.

— Você está bem?— Perguntou andando pelo quarto.

— Tirando o fato do meu casamento, sim eu estou ótima— Falei com sarcasmo.

— Eu sei como deve ser assustador... Mas entenda o lado dos nossos pais— Aquilo realmente me irritou.

— O que você quer que eu entenda?! Que eles querem me casar contra a minha vontade— Ele ficou em silêncio— Desculpe, porém tenho um homem para conhecer.

Sai deixando ele sozinho. Não posso acreditar que até ele está do lados dos meus pais. Sei que não e totalmente culpa deles, entretanto não significa que não há outro jeito de evitar isso. Eu já conseguia ouvir a música, os passos de danças e até às conversas. Fui me aproximando cada vez mais no salão.

Meu pai me viu chegando de longe, e acenou para mim. Eu simplesmente fui até ele, afinal ele e meu pai e o governante e líder na nossa família.

— Angel, venha a festa começou. Aproveite que logo anunciarei o seu casamento.

— Sim... Pai— Não olhei em seu rosto.

— Desculpa Angel, se eu tivesse outra escolha... Mas o povo... E eu não posso cometer o mesmo erro que cometi com Thomas.

— Sim eu entendo pai. Porém se meu marido for um idiota eu não te perdoo— Disse com tom de brincadeira.

— Não se preocupe, sei que vai gosta dele. Mas agora aproveite a comemoração.

Comemoração... Não acho que posso chamar isso de comemoração.

Assenti e entrei no salão. Pessoas dançavam e conversavam, algumas comiam. Os meus irmãos cada um em um canto diferente.

Primeiro avistei August conversando com o líder de Sobej. Logo depois Keith em uma das cadeiras mexendo no celular sem nem olhar para as jovens moças que o encaravam. Benjamim ponderando uma madame solteira que certamente é mais velha que ele. E Nathaniel que estava a dançar com a sua namorada Ashley. Por fim Jahen chegou é foi até Elizabete, cumprimentou com um beijo na sua mão e a puxou para pista de dança

As vezes acredito como pode uma doce e delicada dama gosta de Jahen, e quando digo isso estou falando sério. Jahen e preguiçoso e implicante, mas até ele consegui ser amado...

Eu andava distraidamente até que esbarrei em alguém. Ele era um pouco alto, expressava um ar de determinação com liderança. Já tinha algumas dúvidas.

— Desculpe senhorita...

— Angel, Angel Nathans. Muito prazer— Algo nele me chamava atenção.

— Então é você a única filha dos Nathans— Ele falava como se isso fosse muito.

— Sim sou eu. E você é?

— Adrick Walt.

— Pera aí— Disse a parar e pensar— Você e irmão do Josephe?— Perguntei, um pouco impressionada pela possibilidade de ser.

— Se Você estiver falando do baixinho, sim sou irmão dele— Nossa então esse é o irmão dele.

— Baixinho?

— Sim, é como eu o chamo, não sempre, apenas quando e necessário— Dei uma leve rizada.

— Eu vou cobrar isso a ele mais tarde— Ele olhou por cima do meu ombro.

— Foi um prazer conhecer você, mas tenho que ir.

— Claro, aproveite a festa.

Ele saio a andar em uma direção oposta a que eu estava indo. Ele era peculiar mas ao mesmo tempo interessante.

Eu andava pelo salão, passando o olho, pelos convidados vi Josephe acenando para mim como um louco.

Coloquei a mão na boca para esconder a rizada e fui até ele.

— Você está deslumbrante— Dei um leve sorriso com seu gentil comentário.

— Obrigada, é você não está nada mal para o seu comum— Ele levantou uma de suas sobrancelhas e disse.

— Como assim " Nada mal para o comum".

— Nada não, só que você não e tão atraente como seu irmão— Ele parecia surpreso. O que não e totalmente verdade, já que os dois tem uma grande quantidade de beleza.

— Você conheceu ele? Ele não foi arrogante foi?— Falava com um tom de preocupação.

— Não, ele e bem simpático é... Ele contou-me algo sobre você— Falei de um jeito provocador.

— O que ele contou?!— Eu não conseguia dizer em palavras como era sua reação, entretanto certamente era engraçada o suficiente para me fazer rir.

— Nada de mais— Ele estava certamente aliviado até eu disser— Baixinho— Ele colocou a mão em sua testa e entre um suspiro disse.

— Ele te contou logo isso. Tantas coisas para te contar, tinha que ser exatamente isso. Vou ter uma boa conversa com ele— Ele parecia frustrado.

Ele saio a andar atrás do irmão. Voltei a andar sem rumo, vários cavaleiros vieram-me cumprimentar. Não era muito de sair, então a maioria dos outros líderes nunca me vira pessoalmente.

 Segundos depois escutei um barulho de taça e todo o salão ficou em silêncio. Era meu pai no palco que ficava em um dos lados.

Ele começou com uma breve apresentação, agradecendo os convidados pela vinda e muitas outras coisas que ninguém tinha o menor interesse de ouvir. Então ele finalmente começou a anuncia o casamento. Eu já estava totalmente ansiosa. Não de um jeito bom.

— E por agora com um grande prazer de anunciar— Disse a alongar sua fala— O casamento da minha filha Angel— Uma salma de palmas preencheu todo o enorme lugar. Eu caminhei até o palco devagar, com a expressão mais serena que podia fazer, subi no palco com ajuda de meu pai, ficando lado a lado dele e de minha mãe— Agora por favor o noivo suba até o palco.

O nervosismo me tomou para si, eu olhava para todos os lados esperando algum movimento vindo até minha direção. Mas me surpreendi ao ver Adrick vindo até mim, tanto que dei passos para trás. No memento em que ele subiu e ficou de frente a mim, eu entrei em choque e disse.

— Você?! Como pode ser logo você.

Sai furiosa do salão, sem nem ao menos ver a reação de qualquer pessoa ali presente. Meu pai tentava explicar para todos sobre o que estava acontecendo, era possível ouvir suas desculpas. Até o som diminuir cada vez mais, eu estava longe o suficiente do lugar, porém, comecei a ouvir passos.

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