Na sexta-feira eu estava no mercado e ouvi algumas pessoas falando sobre os parreirais e as plantações de azeitonas que estão a passar por uma praga de gafanhotos ou algo assim e o quanto isso está a afetar o preço desses produtos e os seus derivados, parece que isso afeta muito a vida dos mortais, nunca prestei muita atenção nisso, mas agora o preço do azeite de oliva passou de 2 dracmas de bronze para 4 dracmas de ouro, o vinho parece ter ido de 3 dracmas de ouro para 10 dracmas o que deixa ele muito menos acessível às camadas mais baixas da sociedade; enquanto voltava para casa fui a pensar em jeitos de fazer a praga ir embora para facilitar a vida do povo e fazer com que eles não tivessem problemas, talvez conversar com Deméter e pedir para ela afastar a praga seria uma boa ou talvez eu pudesse fazer isso sozinha, enquanto eu caminhava um grupo de crianças passou a correr por mim e quase derrubaram-me o que me fez perder a linha de raciocínio.
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Quando cheguei em casa Dareius já estava lá, disse-me que fez uma sopa de lentilha e um pão para o almoço, comentei com ele sobre o que ouvi no mercado e ele perguntou-me se eu não conseguiria dar um jeito nessa situação e eu disse que conseguiria, mas que talvez isso significaria ter que pedir ajuda para Deméter, então ele deu-me a ideia de fazer isso sozinha já que não é tão complicado, enquanto me deu a ideia ele me olhava e seus olhos brilhavam e nos lábios tinha o costumeiro sorriso travesso, almoçamos e saímos para andar por aí, chegamos até o limite da cidade onde ficam os parreirais e eu estendi os braços em direção as plantas e as folhas que estavam murchas e danificadas pelos gafanhotos foram lentamente ganhando vida novamente e seus frutos pareciam sadios novamente, Dareius olhou-me e beijou a minha bochecha, nos viramos e voltamos para a cidade, o dia estava quente e abafado como um típico dia de verão e esse era um dos momentos que eu faria tudo por pelo menos uma garoa, já que estava tão calor o rapaz se virou para mim e me sugeriu irmos tomar banho de rio, o que parecia uma boa ideia até eu lembrar que eu sempre vou ao rio Leropotamos para buscar água, mas ele disse-me que poderíamos ir ao rio Platanias já que quase ninguém vai para aquele flume então nós caminhamos por um tempo até o rio, o percurso durou por volta de meia hora.
Quando chegamos a margem tiramos as sandálias de couro e entramos, poderíamos ter entrado sem roupas, mas dava-me vergonha pensar em ficar sem nada na frente dele, a água gélida do rio era simplesmente perfeita para aquele dia tão quente, eu estava relaxando quando Dareius jogou água no meu rosto e quando dei por mim estávamos a fazer uma guerra de água e rindo como duas crianças; estava tudo normal até que eu tropecei em algo e o cipriota segurou-me e os nossos rostos estavam tão próximos um do outro que eu conseguia sentir o seu hálito fresco, coramos e ele passou a língua nos lábios e então os nossos lábios encostaram-se de forma delicada e passei os meus braços pelos seus ombros e aproveitei para acariciar os seus cabelos e então ele deu uma mordidinha de leve no meu lábio inferior, ficamos um tempo assim e paramos para recuperar o fôlego e ele olhou-me e deu uma risadinha e disse:
-Vamos ter que repetir isso, Meli
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Atualizado até capítulo 53
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