Manhã de terça-feira, acabei de voltar do mercado de rua local, hoje recebi 100 dracmas de ouro, o que é chocante, o dia está quente então decidi ir ao rio Leropotamos para buscar água e após isso vou tosquiar uma ovelha que Dareius trouxe para nós, posso usar a lã para fazer roupas e mantas para o inverno; peguei um jarro e fui a caminhar em direção ao rio, peguei a água e voltei para casa, então peguei uma tesoura que eu trouxe do Olimpo como presente de Hestia e fui procurar a ovelha, a tosquiei e ela parecia estar mais aliviada, guardei a sua lã perto do tear no Gynaikon para decidir o que vou fazer com ela mais tarde.
Tomei um banho e troquei de roupa, fiz um pão para comer e fiz um pouco de vinho aparecer nos barris para quando precisarmos, já eram lá pelas 11:30 quando Dareius voltou para casa e parecia cansado, o almoço já estava pronto (preparei a usar um pouco dos meus poderes já que não estava com vontade de cozinhar), comemos e então nos sentamos no sofá da sala e eu toquei uma música na lira para ele, então ele pensou um pouco e falou:
— Você é de Delfos, não é, pode-me mostrar uma música de lá?
Então acenei com a cabeça e comecei a tocar uma melodia que fala sobre quando o deus Apolo derrotou a enorme víbora Piton e estabeleceu o seu templo na ilha, ele ouviu tudo atentamente e sorriu.
— Como você toca bem, certeza que não foi abençoada por Apolo?- ele disse em tom de brincadeira e eu ri, talvez um dia eu conte tudo para ele, só espero que ele não se assuste muito, após uns minutos acendi algumas velas já que estava a começar a escurecer; parece que não vimos o tempo passar por nós, perguntei-lhe como estava a ir o processo de construção do labirinto do rei, ele disse que estava a ir bem e que Dédalo deu a tarde para ser uma folga para ele, o que explica já que eu não entendi o porquê dele não estar no trabalho durante esse tempo; então ele aproximou-se de mim e deu um sorriso de canto de boca e abraçou-me, depois ele beijou-me suavemente, ainda preciso-me acostumar com a sensação dos seus lábios contra os meus, o beijo foi lento e carinhoso; eu acariciava o seu rosto enquanto isso, estávamos perdidos no momento, a chama da pira no pequeno santuário para Hestia na parte do pátio interno da casa queimava e iluminava levemente a sala onde estávamos, deixando tudo com um clima confortável, após alguns minutos separamos-nos e eu acariciei o seu rosto, ele beijou as minhas mãos e ficávamos assim por um tempo e eu perguntei sorrindo levemente
- Então..o que somos mesmo?
Ele sorriu e disse que se eu quiser, podemos noivar, mas para isso ele precisaria conhecer os meus pais para pedir a minha mão, o que me deixou um pouco receosa já que isso significaria levar ele até o Olimpo e o apresentar perante todos os deuses e não sei como Apolo reagiria a isso; porém, fora isso a ideia parece boa, eu aceitaria na hora se não fosse por esse pequeno detalhe.
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Atualizado até capítulo 53
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