Capítulo 10

Quando Érica levantou às 7h da manhã, Silvio já estava acordado, mas permanecia no seu quarto, terminando de se arrumar para ir para o serviço.

Ela caminhou até a cozinha e viu uma cena fofa- uma mesa de café da manhã simples- mas feita com muito carinho por Sílvio.

Érica: que lindo!- ela exclama no mesmo instante que ele aparece.

Silvio: você gostou?

Érica: sim, é muito fofo da sua parte.

Silvio: é a minha forma de te dizer que quero que fique aqui comigo. Não precisamos ter um compromisso. Aqui tem espaço.

Érica: eu não sei se é uma boa ideia Sílvio. Não quero te incomodar.

Silvio: não irei te pressionar, mas você acha que daria certo morar com a sua tia? Aqui você pode ter mais liberdade e eu posso te levar nas consultas. Sua tia pode vir aqui sempre que quiser. Pense a respeito.

Érica: eu agradeço, de verdade, mas se o Cássio souber disso, pode querer te demitir e não quero problemas para você.

Silvio: ele não tem porque se meter na minha vida Érica- ele segura na mão dela- eu não tentarei nada, prometo.

Érica: eu tenho condições financeiras de alugar uma casa Silvio, mas no momento eu não posso ficar sozinha. Teria que contratar alguém para morar comigo e me ajudar nas tarefas porque nem sempre posso fazer muito esforço.

Silvio: eu posso contratar alguém. Por favor, mora aqui. Seria ótimo uma companhia.

Érica: você tem certeza? Tenho medo de invadir a sua privacidade.

Silvio: tenho. Então, o que me diz?

Érica: tá bem, eu aceito morar com você- ela solta a mão dele e senta na cadeira- obrigada.

Os dois terminaram de tomar o café da manhã e antes de Silvio sair para o trabalho, ele leva Érica até o quarto que ela ficará e diz:

Silvio: agora esse quarto é seu. Então, você pode redecorá-lo como quiser. Eu vou procurar uma pessoa para cuidar de você enquanto eu estiver trabalhando e quando eu chegar, eu dispenso a pessoa e te ajudo no que precisar.

Érica: você existe mesmo?- ela pergunta em tom brincalhão- eu não quero me aproveitar de você, mas eu queria tentar algo.

Ela faz carinho no rosto dele e os olhos dele se fecham automaticamente. Érica sente o coração dela acelerado e apesar do medo de se arriscar, não recua, beijando a bochecha dele.

Silvio: Érica, se continuar fazendo isso, eu não vou aguentar e irei te beijar. É isso que você quer?

Érica: Eu... Estou com o coração acelerado.

Silvio não espera Érica falar mais nada e a puxa para os seus braços, lhe dando um beijo calmo. O coração dela acelera tanto que ela retribui na mesma intensidade.

Érica: os seus lábios são tão macios- ela interrompe o beijo- mas não sei se estou agindo correto fazendo isso.

Silvio: não se preocupe com isso. Bom, eu quero te namorar, mas não irei forçar a barra contigo.

Érica: se eu não aceitar agora, terei que sair daqui?

Silvio: claro que não. Não pense que estou lhe pedindo isso numa condição de morar comigo.

Érica: me desculpe, não quis lhe ofender.

Silvio: está tudo bem- ele segura na mão dela- mas você pode me beijar sempre que quiser.

Érica: é mesmo?- ela abre um sorriso- então vem aqui- ela o beija novamente, sentindo-se nas nuvens- você tem que ir trabalhar.

Silvio: eu posso chegar um pouco depois, não tem problema. Afinal, quem abre o escritório sou eu mesmo.

Ele continua a beijando e depois interrompe o beijo e diz:

Silvio: vem aqui- ele a leva até o quarto dele e continua a beijando, mas não a põe na cama dele- fecha os olhos, eu tenho algo para você.

Ela o obedece e ele caminha até a cômoda dele, pegando um pequeno embrulho para ela.

Silvio: agora pode abrir.

Ela novamente faz o que ele pede e vê na sua frente um embrulho de cor vermelho. Ao abrir, se encanta com um cordão em formato de rosa-vermelha folheada a ouro.

Érica: Silvio, que lindo!- ela pula nos braços dele animada- coloca em mim?

Silvio: claro, vem aqui- ele abre a correntinha e coloca no pescoço dela- fico contente que tenha gostado. Agora eu preciso ir. Qualquer coisa você me liga, está bem? Eu sempre deixo o meu celular para tocar.

Érica: Tá bem, bom trabalho. Vou preparar uma comida para quando você chegar em casa.

Silvio: não precisa. Você não pode se esforçar. Eu faço algo quando chegar. Se cuida- ele dá mais um selinho nela e sai do quarto dele- pode ficar no meu quarto, se quiser.

Érica: eu vou na casa da minha tia. Tudo bem? Eu tinha combinado com ela que almoçaria na casa dela.

Silvio: tá bom, à noite nos vemos.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Enquanto isso com Cássio...

Ele aproveitava que agora a casa era dele e de Amanda para fazer o que bem entendia. A casa não possuía empregados, mas Érica havia deixado as comidas congeladas que Jane tinha feito no congelador dele. Então, ele não precisava se dar ao trabalho de cozinhar por pelo menos três dias.

Amanda não comia daquela comida, porque achava nojento esquentar comida requentada. Então- na primeira noite- ela comprou comida pronta num restaurante chique e pediu para entregar na sua casa nova.

Durante a primeira manhã na casa nova, Amanda procurou o que comer na geladeira e, não encontrando nada, logo foi chamar Cássio:

Amanda: amor, não tem nada de comer na geladeira e já estou com fome.

Cássio: desculpa minha linda, eu esqueci de fazer compras, mas podemos comer algo no caminho para o trabalho.

Amanda: te espero no serviço então. Irei passar numa cafeteria para comer.

Cássio: tudo bem, até lá- ele dá um selinho nela e Amanda sai de perto dele.

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