Capítulo 18

Douglas

Isabela_ Por favor, amiga. Abri a porta. E nesse momento sinto alguém atrás de mim. Ele sussurrar em meu ouvido e naquele momento percebi que não tem mais jeito. Eu estava ali presa com um homem que morria de medo.

 Dougla_ Vai para aonde, senhorita Isabela? Ele perguntou.

Isabela _ Abra o porta, por favor, quero ir embora. Falo sem me virar com o coração saltitando no meu peito.

Douglas_ Não posso, a porta só abre por fora. E temos um assunto pendente.

Isabela

Quantas vezes não ouvimos dizer que nos momentos finais, vemos nossa vida passar em questão de segundos? Então sinto que hoje às coisas não vai ser como imaginava, vai ser pior.

A porta se abre por fora, provavelmente obra do homem que está em minha frente, e meu corpo se choca com força contra a madeira. Porque ele me vira de frente para ele e eu sinto Douglas perto de mais, as mãos espalmadas nas minhas laterais.

Douglas _ É rude fugir de alguém que gosta muito de estar com você, isabela.

A voz sussurra perto da minha orelha. Eu levanto a cabeça para enfrentá-lo, embora esteja morrendo de medo. O que vou dizer? Fingir que não estava tentando escapar?

Assim que nossos olhos se cruzam, percebo que a única maneira de não me meter em confusão com ele é sendo honesta.

Isabela— Eu estou apavorada. Não quis ofendê-lo, Douglas, mas não sei o que estou fazendo aqui presa com você.

Ele não se afasta, e invadindo completamente meu espaço pessoal, mas estranhamente, ao mesmo tempo, sem se forçar em mim. É como se seu lugar fosse bem aqui, contra o meu corpo. Como se ele tivesse o direito de chegar tão perto de mim.

Eu literalmente pulo sobre meus pés quando sinto a mão áspera segurar meu maxilar, forçando meu rosto para cima novamente, para que eu o encare. Sem pensar no que estou fazendo, pouso minha mão por cima da dele e vejo a surpresa em seus olhos, como se não esperasse algo assim.

Douglas_ Por que estaria com medo? Eu não vou te fazer nenhum mau Isabela! Encosto meus lábios em suas bochechas.

Empurro minhas costas para trás, colando ainda mais meu corpo contra a estrutura de madeira, não porque esteja com medo de que me faça mal, mais, sim, porque não confio em mim mesma. O calor de seus lábios na minha pele está rapidamente me fazendo esquecer que este não é um encontro entre um homem e uma mulher, e sim algo planejado por ele.

Isabela_ Oque você quer de mim?

Foto de Isabela

Douglas_ Quero você por completo.

Isabela_ Já sou comprometida.

Douglas_ E se você não fosse? Ficaria comigo?

Isabela_ Não sei. Eu só quero sair daqui.

Douglas ficou pensando por um momento. E sem dizer uma palavra, ele segura minha mão e anda em direção às cadeiras do cinema. Sentamos no lado esquecido na quanta fileira.

Douglas_ Senta quero te explicar uma coisa.

Isabela

Sento na cadeira que Douglas aponta e ele se senta na cadeira ao lado.

Douglas_ Eu sou seu noivo. Vim até aqui atrás de você. Sua mãe não explicou sobre nobre nosso trato?

Isabela_ Não é possível. Você está mentindo. Olha, isso não tem graça, você só pode estar louco.

Douglas_ Olha, gatinha, eu sei que tudo é novo para você, que você está supressa pela notícia, mas estou falando a verdade. Vamos fazer assim eu vou ligar para seu pai. Ele sabe que estou aqui. Ele vai te explicar.

Ele puxa o aparelho do bolso do paletó, mexe nele e depois me entrega, a chamada de vídeo já está em curso para o meu pai.

Ligação on

Alan_ Olá meu genro, como anda as coisas em Paris?

Douglas_ Olá Alan, estou com Isabela, você não disse nada sobre mim a ela?

Alan_ Desculpe, eu não tive tempo de conversar com ela, 

mas posso fazer isso agora mesmo.

Douglas_ Tudo bem. Ela está aqui do meu lado. Dou o aparelho para Isabela.

Isabela _ Pai! Como está?

Ver o rosto do meu pai enche meu coração de tristeza e saudades, quero poder voltar para casa, sinto falta dos meus pais.

Alan_ Está bem-querida. Um pouco nervosa com a situação. Mas está bem. Filha escute bem. Você está segura com ele. Ele fala com calma, cada palavra me deixa mais nervoso. Olho para meu pai pela tela, e fico com a sobrancelha franzida.

Isabela_ O senhor sabe de algo que eu não tenho conhecimento? A minha voz treme, aperto as mãos com força, quase não conseguindo controlar a ansiedade que me devora por dentro, me fazendo estremecer.

Alan_ Filha existe duas coisas, a primeira é que Você agora é a noiva de Douglas Salvatore, o noivado já foi oficializado comigo e sua mãe o pedido de casamento também, e em dois meses vocês se casam. Não precisa ter medo querida, ele está aí para te conhecer melhor e em breve vocês viajam. A segunda coisa é que Adrian Petrovan também está aí com Douglas, eles são muito amigos como você e Aurora, e provavelmente iram se casar também, ele está aí para conquistar Aurora e os pais de Aurora não sabem então muito cuidado. Escuta bem, seu pai, você não pode dizer nada para Aurora intendeu? Deixa Adrian...

Isabela

Não deixo meu pai terminar e deixo o celular de Douglas cai de minha mão. Eu não tenho mais estrutura. Ponho a mão na boca e levanto desorientada da cadeira, saindo de perto de Douglas.

Douglas pego o celular do chão e falo com o pai de Isabela.

Douglas_ Alan, ela está em choque, vou tentar acalmá-la, não se preocupe, depois te ligo.

O pânico penetra em minhas veias. Paro no tempo sem saber como reagir. As suspeitas que eu tinha sobre os dois homens são reais. Um medo que nunca senti antes percorre as extremidades do meu corpo. Quero correr, me esconder e nunca mais ser vista. Respirar fica difícil, o coração bate com força no peito, a vista escurece, Douglas fala algo, me pega no colo e me põe em uma cadeira, e me oferece um copo com água, eu bebo e fico calada tentando raciocinar oque está acontecendo.

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