| Memórias

...Ísis Gutemberg...

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Ísis e eu nos conhecemos em uma festa. E depois daquela noite em que trocamos números marcamos alguns encontros, tudo evoluiu rápido eu me apaixonei por ela e sabia que queria uma vida ao lado dela, Ísis estava prestes a se formar em administração e eu já trabalhava no departamento, pedi ela em casamento exatamente um ano depois que nos conhecemos. Estávamos muito felizes. Ela voltou da nossa lua de mel grávida, e mal podíamos nos conter em uma alegria que transbordava.

Era o melhor momento da nossa vida. Havia sido promovido, a nossa menininha estava crescendo no ventre da mulher que eu amava.

Deus! Ela ficou ainda mais exuberante na gestação. Na nossa casa era só alegria. Quando retornava do trabalho por vezes encontrava ela no sofá acariciando a barriga. Me ajoelhava e conversava com a Lívia, que dava chutes ao ouvir a minha voz.

— Eu amo vocês lindas! Isso aqui é para você.

Entreguei uma sacolinha, um colocar cujo pingente era uma menininha e uma mulher. Fiz questão de gravar as iniciais delas.

— É lindo Lewis. Isso é lindo demais!

Puxei Ísis para perto de mim e a beijei com toda intensidade e amor que tinha no meu peito.

Segurei ela em meus braços e a levei para o quarto, a tratava como uma deusa, beijei ela do topo da cabeça até os dedos dos pés, fiquei entre as pernas dela,e depois eu beijei toda a sua virilha enquanto ouvia o som dos gemidos dela. Ísis segurava os meus cabelos enquanto mexia o quadril.

— Lee!

Ela gemia enquanto se desmanchava nos meus lábios.

— Linda, doce e saborosa minha deusa.

Subi deixando uma trilha de beijos pela barriga pontuda de oito meses que ela ostentava, e selei os meus lábios aos dela. Ísis sorriu de um jeito safado e virou de costas para mim, ficando de quatro e me dando uma visão de tirar o fôlego, apertei o bumbum dela deixando a marca dos meus dedos ali, e deslizei para dentro de sua boc*eta enquanto ela urrava ao me sentir dentro dela. Isis rebolava e jogava o corpo para trás enquanto eu estocava ela alternando os movimentos entre suaves de fortes, lentos e intensos, sentia cada espasmo, o meu cac*ete era abraçado pela boc*etinha dela que minava excitação, me inclinei e segurando os seus cabelos com uma das mãos, a puxei para um beijo, desci a mão e estimulando o clitóris dela, a mandei gozar junto comigo num clímax intenso, e gostoso.

— Lee eu te amo tanto.

— Eu também amo você Ísis. E amo você Lívia.

Um mês depois a nossa pequena Lívia estava nos meus braços. Ela era a coisa mais linda e fofa que existia, e eu daria a minha vida por ela sem hesitar por um único segundo.

Era lindo ver como a Ísis cuidava da nossa pequena jóia. Era como um dom, ela fazia com tanta naturalidade que tudo parecia fácil demais. E eu a cada dia descobria que poderia amar mais. Quando achava que estava no limite me surpreendia.

Ísis havia decidido ficar em casa para cuidar integralmente da nossa filha, tinhamos uma vida confortável graças a minha promoção.

Quando chegava em casa, fazia questão de fazer o que podia para que ela não se sentisse sobrecarregada, quando ela colocava a nossa pequena no berço sempre tirávamos um tempo junto, preparava um escalda pés, enquanto assistia um episódio ou outro das nossas séries favoritas, ou trocávamos carícias quentes no sofá.

— Eu fiz a melhor escolha do mundo quando disse sim, Lewis.

— Seria um desperdício você rejeitar tudo isso linda.

Dizia de um jeito galante.

Livia havia recém-completado três meses, o seu sono havia se tornado regular. Mantínhamos a babá eletrônica ao nosso lado, e íamos até ela no mínimo resmungo já que tanto eu como a Ísis tínhamos sono leve.

Mas naquela manhã, Ísis levantou às seis horas e foi até o quarto. Os gritos desesperados da Isis me tiraram da cama aos pulos, a nossa pequena Lívia havia partido, procurávamos um por que, ela era saudável. O laudo indicou SMSL Síndrome da morte súbita do lactente. E nada poderia ter nos preparado para lidar com aquela dor.

Ver minha pequena sem vida no colo da Ísis que chorava desesperadamente e não poder fazer nada me abalou em proporções incomensuráveis. Aquele choro de dor e agonia demoraria a sair dos meus ouvidos.

Ter que providenciar tudo para o funeral da nossa menina que eu tanto queria ter a oportunidade de ver crescer, ensinar a se defender, ver ela alcançar os seus sonhos me destruiu. E em meio aos meus destroços precisei ser forte pela Ísis. Não poderíamos fazer nada, e ainda assim ela carregava a culpa, carregava a sensação de que poderia ter feito diferente.

Antes de fecharem o pequeno caixão Ísis tirou o colar que usava, e colocou entre as mãos pequenas da nossa Livia. Junto a uma foto nossa.

— Lee, eu não vou conseguir, eu não vou.

Sabe, não existe o que possa ser dito em uma circunstância dessa que possa aliviar a dor, em uma prece silenciosa pedi consolo para a pior das dores: A de enterrar um filho.

Depois daquilo Ísis nunca mais foi a mesma, uma parte nossa havia morrido naquele dia também. Ela se afundou em uma depressão, me afastou, afastou a familia, passava horas trancada no quarto da Lívia, não deixou que nada fosse tirado do lugar.

Tentei ser forte por nós dois, alguem precisava manter as coisas no trilho. Mas Ísis começou a me culpar de ter superado muito rápido. Disse que não me importava com a perda do nosso maior tesouro. E isso nos afastou mais ainda.

Para piorar, o trabalho estava exigindo cada vez mais de mim, me mantinha cada vez mais longe de casa.

E Ísis passou a achar que estava usando o trabalho como válvula de escape.

Não importava o que fizesse as coisas estavam na corda bamba entre nós. Eu via a mulher que amava se afundar em tristeza e não permitir que eu me aproximasse, enquanto tentava me manter lúcido e não sucumbir a dor que lacerava meu peito.

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Comments

Sandra Mota

Sandra Mota

Ele PRECISOU ser forte pelos dois. Se parar pra pensar, ele nem conseguiu ou nem pôde viver o seu luto e sua dor.
Isso é triste demais... 💔❤️‍🩹
Ele também enterrou uma filha.

2024-06-14

5

Anabela Alves

Anabela Alves

Perder um filhó dentro de nôs é uma dor sem fim que não dá para descrever... nem imagino a dor de perder um filho que conhecemos, pegamos no colo e cuidamos. Nao existe dor maior que a perda de um filhó. 😭😭

2024-06-04

0

Marilene Cabral

Marilene Cabral

Nossa q sofrimento e a perca de um filho e muito triste 😭😭😭

2024-05-29

0

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