Minha Vingança
Me chamo Giorgia, tenho vinte e três anos e minha mãe biológica se chamava Giulia era a única coisa que sabia sobre a minha vida: Meu nome, o nome da minha mãe biológica e o dia do meu nascimento.
A história que a Mamã me conta, é que minha mãe chegou aqui muito ferida, comigo que tinha apenas dois anos de idade. Se apresentou como Giulia, seu nome original e em um papel anotou meu nome e data de nascimento.
Mamã ajudou ela, mas não tinha muitos recursos, então logo minha mãe faleceu. E até hoje Francisca minha mãe do coração cuida de mim com muito carinho. Admiro a coragem dela, uma ex professora que fugiu de um relacionamento abusivo e veio morar sozinha na única herança que tinha, que é a fazenda que moramos hoje.
Tive a sorte dela ser professora e ter muitos livros, foi com ela que aprendi a ler e escrever e tudo que ela pôde me ensinar com os livros que tinha, é o único estudo que tenho.
Nosso sustento vem da plantação. Mas pelo menos uma vez na semana, a Mamã viaja para a cidade para vender galinhas e porcos para conseguir algum dinheiro para comprar roupas e produtos de higiene para nós duas. As únicas pessoas que conheço são gente da localidade próxima e que as vezes vendemos legumes.
Ela é super protetora e nunca me deixa ir junto para a cidade com ela, diz que é perigoso. Não quero viver minha vida inteira aqui, quero conhecer pessoas novas, aprimorar meus estudos e trabalhar para termos dinheiro de verdade, enfim, explorar tudo que o mundo tem para me oferecer.
Fui para a cidade, Mamã não queria deixar, mas eu tenho idade suficiente para decidir sozinha, ela não poderia me impedir. Queria saber quem eu era de verdade, ter meus documentos seria o primeiro passo
Com as informações que eu tinha e nas buscas pelas digitais no banco de dados. Descobrir que me chamo Giorgia Conti, Mãe Giulia do Valle Conti e pai Giuseppe Conti.
— Quem é meu pai? Será que ele ainda tá vivo?
— Aqui não é lugar para falar sozinha moça. Pague pelo seu documento e vai embora, não queremos gente com esse sobrenome por aqui.
— Você conhece meu sobrenome? conhece meu pai?
— Saia por favor senhorita. — a moça do balcão chama um segurança que praticamente me expulsa de lá. Será que minha família é odiada por toda a Itália?
Decido deixar isso pra lá, já estava com meus documentos. "Giorgia Conti" agora eu tenho um sobrenome, eu sei quem eu sou. Agora sou gente de verdade.
Guardo tudo na minha pequena bolsinha.
Caminho olhando o movimento da cidade, é a primeira vez que venho, tudo é tão diferente. Pessoas andando se movimentando o tempo todo, buzinas de carro. Sinto uma sensação de empolgação e liberdade, passei em frente a uma loja de eletrônicos, eu queria tanto ter um celular. A única coisa eletrônica que tenho é um radinho que escuto as notícias da cidade as vezes.
Tudo aqui é tão divertido, eu me acostumaria fácil com a cidade. Andei tão distraída, acabei esbarrando em algo que mais parecia uma parede, ele não moveu um dedo para me ajudar.
Apenas me observou enquanto me esborrachei no chão, quando olho para cima me deparo com um homem de quase dois metros de altura parado na minha frente, com um terno tão alinhado a seu corpo que parecia já fazer parte dele.
Nunca tive oportunidade de ver homens tão bonitos, para ser sincera nem cheguei perto de nenhum.
— Achei que as pessoas na cidade fossem mais educadas.
— Muito atrevida pequena Ragazza.
— Você apareceu na minha frente do nada, me deve no mínimo um pedido de desculpas, ou poderia ter me ajudado a levantar. — me levanto ajeitando minha roupa. Ele continua me observando, aqueles olhos parece ver além da minha alma.
— Você é culpada por andar tão distraída pequena. Mas se quer ouvir minhas desculpas, eu te peço perdão por ficar encantado com uma beleza tão rara.
Sinto minhas bochechas queimarem. Nunca recebi um elogio assim tão direto. O sorriso dele é lindo quando ele mostra seus dentes. Fico encantada em como pode existir homens assim.
— Está desculpado. — devolvo o sorriso de forma tímida. Ainda estou envergonhada, não é comum para mim ter contato com homens.
— Tenho que ir Ragazza. Quem sabe nos vemos por aí.
Ele acena com a cabeça e entra no carro que estava perto da calçada. Só agora me dou conta que esse pode ser o motivo de eu me esbarrar nele. Ele iria entrar no carro e eu estava muito distraída para perceber.
Observo até que o carro desapareça da minha visão. Me senti como uma princesa que encontra um príncipe encantado igual as histórias que Mamã lia para mim e alguns desenhos que assisti. Mas aqui não é nenhum conto de fadas, é raro um príncipe desses olhar para mim, o que eu tenho para oferecer?
Balancei a cabeça para espantar tudo que aconteceu. Eu nunca mais vou ver esse homem de novo e minha vida continua.
Andei até a estação de metrô e fui de volta para a fazenda.
Cheguei encontrando Mamã preocupada.
— Eu falei que não poderia ter ido á cidade Giorgia.
— Mamã, qual o problema? Eu tenho que ter documentos, eu não quero viver minha vida inteira aqui nessa fazenda.
— Você não entende mi tesoro. Eu não posso te perder.
— Que idéia maluca, a senhora nunca vai me perder. É minha Mamã, eu só quero ser gente, aprender coisas novas. Nunca vou te abandonar Mamã. — dou um abraço apertado nela que chora, sempre foi uma manteiga derretida.
— Não chore, fui tirar meus documentos. Olha aqui, Giorgia Conti. — estico o documento com minha foto que fiz e peguei na hora. Começo a dançar, eu tô feliz demais. — Um sobrenome, sabe o que é isso? Eu sou alguém de verdade.
— Que alegria toda é essa?
— Além disso eu me esbarrei com um homem lindo, ele parecia mais um príncipe. Eu só sei as coisas que me contou, tudo que sei sobre homens e relações é na teoria. Acho que tá na hora de eu aprender isso na prática.
— Não fale besteiras, os homens nunca são o que parece.
— Eu preciso aprender, já tenho idade de adulta. Tenho que experimentar os desejos que um homem pode me dar.
Mama sai suspirando, ela não quer discutir comigo, pois sabe que estou certa.
Queria que aquele príncipe que vi mais cedo, me mostrasse o que ainda não desfrutei desse mundo. Sentir todo o prazer que um homem pode me proporcionar.
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Atualizado até capítulo 22
Comments
Marcia Patette
Eita kkkkkk cuidado para não viciar, esses mafiosos uiiiii kkkkkk.
2024-11-09
0
Expedita Oliveira
Eita que essa história promete...❤️❤️❤️❤️👏👏👏👏👏🌹🌹🌹🌹🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥💘💘💘💘💘💘💘💘💘💘💘
2024-10-01
0
Jenny Hilda
começando a ler 03/05/24 e estou gostando muito.
2024-05-03
1