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Nos entramos num bunker subterrâneo, que fica escondido numas rochas de difícil acesso. Realmente, um lugar que merece o nome de secreto. Ao entrarmos nos deparamos com uma estalacão grande e que parece ser muito segura.

__ Porque não ficamos aqui desde o começo?__ Sussurro, algo que parece ser uma pergunta óbvia.

__ A máquina que trouxe vocês para o nosso tempo, não tínhamos como trazer para cá e era muito perigoso trazer vocês e alguém descobrisse as suas existências.__ Creighton explica.

Eu respiro fundo, ainda em choque pelo o que aconteceu mais cedo. Nos entramos mais a fundo nas instalações e encontramos um grupo pequeno de rapazes feridos.

Beron se aproxima de um deles, que está sentado no chão com a perna estourada.

__ Só vocês conseguiram sair?__ Ele pergunta.

O homem no chão se contorcendo no chão, abre a boca com dificuldade para falar.__ Não sabemos, estava uma bagunça.

__ Certo.

Beron carrega o homem para dentro de pequenos quartos amontoados no fundo das instalações.

Creighton vai para a enfermeira e pega suprimentos médicos para os homens feridos.

__ Quem poder ajudar, ajude!__ Ele diz, sobre o ombro para nos.

Eu engulo seco ao ver tanto sangu3 e feridas abertas. Pelo menos três deles estão em estado muito grave e outros 7 feridos.

As meninas se colocam na frente da situação e começa a ajudar os feridos, limpando as feridas, dando água e comida para eles, aplicando remédio onde tem que aplicar e os confortando da dor que estão sentido.

Meu estômago embrulha e eu fico paralisada assistindo tudo aquilo, sem conseguir fazer nada.

Meu estado emocional está arruinado, eu saio de onde estou e me escondo num lugar pequeno e confortável. Fico longe dos gritos de dor, do cheiro metalizado do sangu3 de toda a confusão e barulho martelando na minha cabeça.

Eu sou uma covarde ou me tornei uma.

Depois de horas as coisas parece se alcamar lá fora, ao que parece mais pessoas chegaram feridos e não feridos. O que deu mais trabalho para organizar tudo e enquanto isso acontecia, eu ficava escondida num lugar emocionante confortável para mim.

A porta do quarto range e eu posso saber pelos passos que alguém entrou aqui, mas eu mantenho a cabeça abaixada entre os meus joelhos. Um corpo grande e pesado, se senta do meu lado, com uma presença passiva.

Eu não levanto a cabeça para o encarar, estou envergonhada de mim mesma. De tudo o que aconteceu hoje, eu sou uma idiota pretenciosa que acha que pode fazer qualquer coisa.

Mas não posso.

__ Você está bem? __ Uma voz grave, mas porém, num tom suave.

Beron está no meu lado, as suas grandes mãos deslizam pelos fios do meu cabelos de forma delicada, como se eu fosse quebravel ao seu toque.

Ele sabe o que aconteceu comigo hoje ou o que quase aconteceu.

__ Não estou bem...__ Eu verbalizo como estou me sentindo. __ Por culpa da minha valentia e por achar que sou invencível. __

Um desabafo cruel, que relata a realidade das minhas ações. Se beron não tivesse chegado antes... Não quero nem pensar o que teria acontecido.

O choro fica preso na minha garganta, com um gosto amargo. Me forço, para não chorar...

Não quero que ele me veja chorando, é ridículo, eu sei. Mas é como me sinto.

__ Não foi sua culpa Ofélia, foi nossa por não proteger vocês direito.__ Ele sussurra, com seu corpo rígido, como se o que ele falou fosse um fato inegável, o que não é verdade.

__ A culpa foi minha sim! Se eu tivesse obedecido e ficado no lugar que mandaram, isso não teria acontecido. __ Dessa vez, não consigo controlar as lágrimas que descem pelo o meu rosto.

Um soluço fraco ressoa da minha garganta, Beron segura meu rosto com a mão e limpa as lágrimas cuidadosamente.

__ Vou te prometer algo hoje, Ofélia!

Os olhos de Beron brilham intensamente, como uma besta cruel e indomável.

__ Ninguém, nunca mais, irá encostar um dedo se quer em você novamente. Eu juro, por tudo que me é mais sagrado, que não vou permitir que algo assim aconteça no futuro.

Meu peito incha e eu desabo em chorar, por algum motivo essas palavras me confortaram e me trouxeram alívio. Eu realmente, estou me sentido aliviada pelo, o que ele disse.

Não sei porque, ou o motivo. Mas, eu realmente, acredito nele.

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