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Meus passos são tímidos, enquanto eu deslizo para fora do porão. As garotas me observam em silêncio, esperando, para ver o que acontece.
Eu fecho a porta do porão e coloco o tapete por cima, escondendo a entrada. Meu coração está disparado de nervosismo.
Nada!
Nenhum barulho, apenas um silêncio mortal. A presença ameaçadora de antes, desapareceu completamente.
Eu respiro fundo e continuo a andar, paredes completamente destruídas. O cheiro de pólvora me deixa tonta e sem ar.
Caminho por cima dos escombros, mais não vejo ninguém.
__ Ajud-aa...__ Uma voz fraca e moribunda resseoa.
Eu congelo, meus olhos se seguem para aonde a voz veio. Diego, um dos rapazes que brincava comigo e foi meu amigo, assim que cheguei aqui.
Seu corpo está coberto por uma pedra grande, que deve ter sido lançada pela explosão. Eu corro até ele, tem sangue para todos os lados.
__ Diego?__ O chamo, com a voz chorosa.
Ele não responde, sua boca puxa o fôlego com muita dificuldade. Como se fosse muito difícil, para ele respirar.
Tem um buraco no seu peito, feito provavelmente depois que ele foi atingido pela pedra. Algum covarde se aproximou dele e atirou no seu peito, mesmo ele não podendo reagir. O buraco é enorme e parece ter sido feita, por um leiser.
Armas de leiser? Estou mesmo no futuro. Não sei como ele ainda está vivo, é porque ele é um mutante.
__ Diego, eu preciso que você resista mais um pouco! Vou chamar ajuda!__ Falo, no ouvido dele.
Os seus olhos descem lágrimas e sua respiração fica, mais fraca, quando me levanto para ir buscar ajuda a sua mão me para.
__ Não me deixe morrer sozinho...
Seu sussurro, seu pedido, parte o meu coração em mil pedacinhos. Eu me abaixo e seguro a mão dele contra o meu peito.
__ Não vou.
Demorou apenas alguns poucos minutos, para a sua respiração falhar completamente. E ele ir embora, seus olhos que ainda tinha alguns resquícios de vida, simplesmente se apagaram.
Um peso esmagador se apodera do meu coração e eu choro, choro muito. Meu rosto fica vermelho e eu soluço, alto o suficiente para ressoar pelos corredores vazios e destruídos.
Quando me levanto para ir embora, uma mão grande e áspera me segura e me joga contra a parede com força o suficiente, para eu sentir meus ossos rangerem.
Minha visão escurece na hora e o meu cérebro apaga, por uns 3 segundos.
Uma respiração pesada, ressoa no meu pescoço. O homem que está me segurando, está me cheirando? E de uma forma muito nojenta, a tontura passa e a vontade de vomitar vem.
Quando olho para olhos verdes e destes podres me observando, nunca vi esse homem no centro.
Ele é um dos invasoras!
__ Impossível! Uma fêmea, viva... __ Ele declara, enquanto cheira o meu braço de forma grosseira.
Eu chuto ele bem nas bolas, mas não causa nenhum efeito. Ele só me observa, avaliando o que faço. Esse vírus modificou os humanos homens, para monstros? Como pode ele não sentir nada, quando o chutei numa parte tão sensível?
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Comments
Marcia Correa
a cobra vai fumar 🚭
2023-11-12
2
Gisa
Porque ela não ficou quietinha lá com as outras mulheres
2023-05-20
1