_Não, mãe só pode ser brincadeira, grita Domênico que corre para o quarto.
Dayane corre atrás do seu filho, enquanto Ray despede-se com continência dos soldados.
"Meu filho morreu como um herói, Carl você foi um herói."
_Domênico abre a porta filho.
Não obtendo resposta, a mãe abre a porta e vai socorro de seu filho, que está deitado de lado na cama.
_Filho, vou me deitar a seu lado.
Tentando manter a calma, como uma mãe que protege se filho, ela se deita ao lado dele e o abraça.
_Mãe, o Carl foi um bobo, não é?
_Pode ser, Domênico, mas seu irmão realizou um sonho que sempre teve desde muito jovem, seguir a carreira de seu pai, e mesmo seu pai se ferindo na guerra no passado, o Carl não desistiu de seu sonho, pois acreditava que um dia o mundo passará a ter igualdade entre as pessoas e por isso ele lutava.
_Ele me deixou sozinho, e isso não é justo!
Abraçando seu filho caçula com força, Dayane entende o que seu filho quer dizer, seu alicerce era seu irmão, e mesmo que eles por vezes discutissem ela sabia que eles se amavam e muito.
_Carl, mesmo que seu irmão tenha nos deixado, eu sei que de onde estiver ele olhará por nós, então não abaixe a cabeça, e tenha em seu coração que seu irmão quer te ver de cabeça erguida sempre.
Domênico se volta para a mãe, enxuga as lágrimas e a abraça, com força.
Ray, acompanha a cena da porta, mas como ex-soldado ele mantinha a postura, pois sabe que em uma guerra muitas vidas se perdem, e por uma ironia de muito mal gosto ele havia perdido o seu filho. Ainda em pé na porta, ele se vira para sair e bate uma continência no seu minuto de silêncio pela morte do filho. Uma forma que ele escolheu para não demonstrar que, mesmo de pé, estava desmoronando.
Eles não cuidaram de nada em relação ao velório, o exército americano cuidou de tudo e no dia seguinte no período da manhã todos estavam ali na igreja velando o soldado que tinha em seu caixão a bandeira da pátria esticada, como se estivesse sendo representado o abraço do país há Carl como uma forma de despedida.
Mas perto quero estar meu Deus de ti
Ainda que seja a dor que me una a ti.
Mas perto eu quero estar, mais perto quero estar, mais perto quero estar Meu Deus de ti.
O coral louvava enquanto dois soldados tentam conter Ellie com o comando "junto" para que entrassem em calma na igreja, mas a cachorra-soldado, estava agitada demais e quer mostrar a sua dor, que a sua maneira também sofre por seu amigo que se foi.
Chorando e desesperada, ela atrai a atenção de todos, até a família de Carl para si e conseguindo fazer com que o soldado que a segurava pela guia a soltasse, ela corre até onde estava, aquele que foi seu, amigo e companheiro de treinamento e batalha durante muitos meses. Fica em pé e lambe-lhe o rosto, farejando se despedindo de seu protetor, a sua maneira, demonstrando o mais sincero amor e fidelidade.
Após se despedir, ela se deita aos pés do lugar aonde jaz seu melhor amigo e permanece ali até terminar a missa, para em seguida se dar o cortejo.
O cortejo sai em direção ao local do local aonde Carl agora descansará, sobre honra e glória de Deus ao chegar lá, uma salva de três tiros em forma de uma última despedida, dão sequência ao término da cerimônia.
Dayane coloca uma rosa em cima do jazigo abracada a Carl e a Domênico deixa o local.
Na entrada vêm que Ellie continua agitada, e a cachorra ao ver a familia se aproximando se solta de novo e vai em direção a Domênico e o fareja e lambe, sentando-se de frente para ele.
_O que foi Ellie, vamos, precisamos ir agora.
Ellie se aproxima ainda mais de Domênico e mostra que não irá sair dali, nem que sua vida dependa disso.
_Meu jovem, você é irmão de Carl não é mesmo?
_Sim, sou irmão dele, sim, meu irmão foi um herói.
_Você pode nos ajudar a colocar a Ellie na Van para podermos voltar ao quartel?
Domênico confirma e segura a guia de Ellie levando-a para a van e ele mesmo colocando-a ela na jaula de proteção, aproveitando que a cachorra está calma, um dos soldados coloca nela a focinheira.
_É mesmo necessário essa focinheira?
_Senhora, Dayane, é, sim, embora não gostamos nem um pouco da prática, a cachorra ficou muito abalada pela morte de Carl, e não obedece mais ninguém, sei que com o passar dos dias a cachorra voltará a ser o quê é, mas por enquanto usaremos a focinheira para proteger os soldados para que ela não os ataque.
Quando a van parte, Domênico se dá conta que Ellie é a ponte para descobrir o que realmente aconteceu no Iraque, embora ele tente desviar seus pensamentos desse caso.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Ariel Pires
Que dó que fiquei da Ellie! Cena muito triste e muito bem dosada na carga emocional
2023-06-22
5
Jessy Navarro
Fiquei com mais dó da Ellie do que da Day. rsrsrs. Me julguem.
2023-05-02
1
Jessy Navarro
Conseguiu me fazer chorar. Dor dor tadinha da Ellie. Quero ela pra mim.
2023-05-02
1