Capítulo 02

Assim que falo meu nome, tenciono em sair daquela conversa, já estava me sentindo impaciente quanto a àquilo. Eu não gostava de falar muito com as pessoas, ainda mais quando se trata de alguém que tinha a boca feito um rádio.

- É Luna, certo? Preciso ir agora.

- Interrompi ela, enquanto a mesma tentava me falar de algo, como, nos conhecermos melhor.

- Ué mas já? É que eu gostaria de conversar mais um pouco...

Mas como eu poderia dizer as pessoas que eu prefiro ficar sozinho no meu canto?

- Lamento, mas preciso ir. - Falo e nem precisei mais da opinião dela para ficar aí parado.

Quando dou as costas para ela, vejo que a mesma não disse nenhuma única palavra, o que me fez agradecer mentalmente, mas ainda assim, ela olhava pra mim, com uma expressão triste. Mas não me importei e segui meu caminho.

A mesma, tinha o cabelo loiro com algumas faixas pretas, a cor dos olhos parecia um céu azul e os seus olhos eram muito lindos. Os detalhes do seu rosto também eram delicados, diria que foi uma obra de arte, porque o seu rosto era angelical. Mas... Tudo aquilo se havia se tornado sufocante porque a boca dela não parava de falar.

Quando me despachei dela, passeava pelo corredor e olhava cada detalhe da escola, de cima a baixo. Era muito linda a escola, mas durante o percurso, me deparei com o Marco.

Marco é um amigo de infância, passamos a maior parte da nossa infância juntos, até que ele teve que se mudar para uma outra cidade, que na qual por coincidência é a mesma cidade que eu e a minha mãe nos mudamos recentemente. E ainda por coincidência estamos estudando na mesma escola, pelo menos descobri isso ontem. O nosso reencontro não foi lá um dos melhores porque ele também falava demasiado, o que me incomodava bastante. Ele era alto, moreno e tinha os olhos igual a cor do cabelo, preto. Os seus cabelos eram meio bagunçado.

- Anthony amigo! - Ele diz se aproximando e tentando me dar um aperto de mão, com um sorriso largo no rosto, que na verdade agora me parecia ser meio irritante. Ele sempre teve a tendência de ser alguém muito descontraído, não importa quantas vezes você o ignore ou grite com ele, nunca se importava.

- Olá Marco. - O cumprimento e depois o ignoro totalmente. Dando as costas para ele, e me virando em outra direção, com os passos largos.

- Anthony, você vai continuar assim até quando? - Ele grita atrás de mim, tentando me alcançar.

- Com isso o que ? - Respondo de forma grossa e arrogante.

- Sei lá, assim. - Ele finalmente me alcança, me fazendo parar e olhar para ele.

- Eu sou assim Marco. E sempre fui assim, se você não gosta de mim assim, melhor SUMIR DE UMA VEZ. - Falo com muita raiva.

Notei que ele ficou triste, se calhar eu esteja cometendo um grande erro, porque na época o Marco era um dos meus grandes amigos. Ele e mais dois, quando ele se mudou, provavelmente não sabia da morte do meu pai, por isso ele admira ao me ver no que me tornei. Acho que devo ser um pouquinho brando com ele ou talvez não, porque a minha intenção era que as pessoas me deixassem em paz.

- Desculpa Marco, é que não estou lá muito bem.  - Respiro fundo antes de dizer tais palavras e o mesmo pareceu ter entendido.

- Ahhh de boa, já estou acostumado com esse tipo de coisa. - Ele abaixa a cabeça por uns instantes com o semblante triste, e depois volta a olhar para mim, com um pequeno sorriso. 

- Como assim você está acostumado com isso?

- Em casa com meu pai, é quase a mesma coisa, ele grita por tudo e por nada. Mas Enfim, não se preocupe com isso.

No momento fiquei sem o que lhe dizer, mas o convidei a passear na escola comigo. E durante a caminhada, comentávamos de quando éramos mais pequenos, e foi muito bom lembrar daquilo, ele me recordou de coisas que até havia me esquecido.

No momento em que falávamos, senti muita falta daquela época, porque naquela época eu me sentia livre e sem peso na consciência. E pensar naquilo fez-me recordar novamente o quanto era bom ser criança, aquilo foi tão NOSTÁLGICO!

...Luna...

Ele é exatamente como a sua mãe disse que era: frio, impaciente e impossível! E de certa forma, aquilo fez-me perguntar a mim mesma o que  levou-me a estar apaixonada por ele. Como eu poderia gostar de alguém tão frio e que parece não ter sentimentos?

Não faz mais de um mês que ele e a sua mãe se mudaram pra cá, e admito que aquilo foi amor a primeira vista, mas não sei exatamente como isso foi acontecer. Eu sempre quis ir falar com ele, mas nunca tive a tamanha coragem. As vezes quando imaginava chegar perto dele, eu perdia todas as forças. Mas é claro, acho que eu já esgotei todas as oportunidades que tinha com ele, sendo que ele achou que sou uma chata de certeza. "Tens fome?" Mas que pergunta mais idiota.

E hoje quando eu estava com ele, não pude deixar de notar sua postura masculina. sua presença exalava um ser perfeito, não pude parar de reparar tão de perto a cor dos seus olhos que reflectiam o mel, o seu cabelo preto e encaracolado, e no seu aroma tão doce, e como se não bastasse ele tinha covinhas!

Não sei como alguém podia ser absurdamente lindo. As minhas pernas não paravam de tremer e o meu coração não parava de bater...  Então, se calhar era somente aquilo que me fazia gostar dele: a sua beleza... ou talvez não, não sei!

Enquanto eu estava parada em algum lugar na escola me babando pensando no Anthony, ouço minha amiga vindo em minha direção.

- Meu Deus Luna, não me fale que está pensando naquele garoto de novo. - Diz a minha amiga Brenda, me abraçando de lado. Eu e ela somos melhores amigas desde sempre! Ela é carinhosa, gentil, e tudo que uma melhor amiga poderia ter!

Ela tinha um cabelo longo e liso, sua pele era branca e os olhos eram verdes. E era dona de um corpo e tanto, e por isso alguns nos consideravam super lindas, somos bem populares aqui na escola, e eu odeio isso, porque certos babacas não param de vir atrás.

- Ai meu Deus, Brenda! Eu já disse pra você que o Anthony não é um simples garoto, ele é um ser divino, isso sim. - Ela começa a rir-se de mim. - E saiba que hoje eu tive a coragem de falar com ele, e aquilo foi simplesmente uau!

- É sério? Me conte logo vai.- Ela pergunta curiosa.

No primeiro dia de aula, que foi exatamente ontem, eu mostrei o Anthony para a Brenda, ela Simplesmente disse que eu não teria chances com ele, isso porque de cara, dava para ver que ele não queria ninguém por perto. Mas eu disse para ela, não importa como, eu tenho que ter esse garoto nos meus braços...

Então, contei tudinho pra ela e claro, no final ela achou que o Anthony devia levar um tapa por ter me descartado totalmente, mas eu ignorei esse fato e fiz com que ela se acalmasse, o que eu devia fazer mesmo é procurar forma de ser pelo menos amiga dele. Enquanto eu falava com a Brenda, sinto alguém me abraçar por trás, me envolvendo totalmente nos seus braços, e eu sabia que apenas uma pessoa fazia isso.

- Como está a dona do meu coração?

- Ele fala com um sorriso ladino e com um pouco de sarcasmos na voz.

- Bruno eu já disse, comigo não vai rolar, e além disso, como ficaria seu relacionamento sério?! - faço aspas com os dedos. O Bruno também é um amigo de longa data, ele sempre tentou algo comigo mas nunca dei uma chance pra ele.

- Para a sua surpresa, eu terminei o relacionamento para ficar com você.

- O mesmo fala, e sorri ainda mais, pensando que vou considerá-lo um herói por ele ter feito isso.

- Meu Deus Bruno, você não devia ter feito isso, a outra deve estar se lamentando nesse momento. - Falo, ainda com os risos entre os dentes.

- Mas eu não entendo o porquê de você não querer ficar comigo.

- Olha aqui meu Bruninho, acontece que você não faz o tipo dela. - Diz a Brenda, fazendo careta para ele.

- Brenda, você não está ajudando, e eu não entendo como assim não faço o seu tipo, digo, não sou feio, sou um cara popular, e sou muito boa pessoa.

Na verdade ele tinha razão. Não era feio, e também era muito popular. (embora isso não me importa), mas é que sei lá... O meu coração não escolheu ele sabe, e quanto a isso, não posso fazer nada.

- A questão não é essa Bruno, eu não gosto de você só isso. - Falo. E vi nitidamente sua expressão de alegria a se transformar em tristeza. De seguida ele vai embora e não diz nada, tento segui-lo, mas a Brenda disse que estava tudo bem, depois ele volta.

Geralmente é sempre assim, tenho que ficar dando um NÃO a todos os garotos que me aparecem pela frente. Odeio isso!

A única pessoa que eu quero, ainda não me conhece direito. Que saco.

^^^Continua....^^^

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