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Marcos narrando

De longe vejo Tais chegar com vários sacolas da loja da Natália, desgraçada, é claro que ela ia dar um jeito de incomodar.

- Foi fazer oque lá? - Eu falo

- Comprar roupas - Ela diz - Não posso?

- UE - Eu falo - Pode - Ela me encara - Em qualquer outra loja.

- La as roupas são bonitas - Ela fala - E chiques.

- Nunca ligou para isso - Eu falo

- Tá enchendo o saco Marcos por causa do valor? - Ela fala

- Tenho muita grana e isso é só migalha - Eu respondo

- Então não entendi a paranoia - Ela diz

- Paranoia nenhuma - Eu falo puxando meu baseado.

Encaro a sacola da loja com o nome da loja, respiro fundo e vou para o meu escritório. Ligo o computador e começo a procurar sobre a Natália, tinha várias reportagens sobre ela, na alto sociedade e tudo, essa mulher cresceu e foi muito.

- Vai sair? - Tais pergunta - Pensei que ia ficar em casa.

- Volto cedo - Eu falo para ela

- Te espero para o jantar? - Ela pergunta

- Não sei - Eu respondo - Fica de olho nos garotos. - Ela assente.

Dou um beijo rápido em seus lábios e pego o meu capacete, subo na moto e vou até um dos endereços da sua loja.

Paro a moto no outro lado da rua e consigo ver o movimento da sua loja, logo vejo o seu carro parando na frente e ela desce sem olhar para os lados, entra na loja cumprimentando as vendedoras e as clientes que estão lá, sempre com um sorriso no rosto.

- Oque você está fazendo aqui? - Gustavo fala do mmeu lado\, ele estava com seu uniforme policial e consigo ver a viatura parado mais para trás.

- A rua é pública - Eu falo

- Que coincidência - Ele diz - Você parado na frente da loja da minha mãe?

- Qual o problema? - Eu pergunto - Estou pensando em comprar um presente. - Ele balança a cabeça rindo.

- Oque você quer Marcos? - Ele fala - Já não basta você ter virado a cabeça do Ruan\, Você quer oque mais?

- Você deve tá com raiva né - Eu falo para ele - Porque eu estou com a ficha limpa e você não tem como me levar preso nesse exato momento.

- Ficha limpa porque você comprou muita gente para limpar ela - Ele responde

- Não importa - Eu falo - Admite que você tá se corroendo por dentro.

- uma hora a sua casa cai - Ele diz - E quem vai te levar para cadeia\, sou eu.

- Prender o próprio pai? - Falo rindo

- Você sabe que não é meu pai - Ele diz - Tô de olho - Ele fala se afastando quando o rádio toca.

- Você tamnem não é meu filho - Eu grito de volta sorrindo para ele.

Era essa educação que a Natália deu para ele?

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Natália narrando

Antes de ir para casa, passei na outra loja que fica localizada em copa cabana, ela não era em shopping era na rua, e graças a Deus estava muito bem movimentada.

- A mercadoria nova já chegou? - Pergunto para Luísa que era a gerente aqui.

- Já sim - Ela fala - Já está no estoque sendo colocado preço para arrumar para o lançamento.

- Ótimo  - Eu falo - Falta pouco para o Natal e eu quero que esteja tudo perfeito.

- Vai está  - Ela fala

- Você acha que vamos precisar contratar mais uma vendedora? - Eu pergunto

- Acho que ainda não  - Ela responde - Só mais para frente.

- Vamos conversando sobre isso - Ela assente.

Entrou cliente e como as outras três vendedoras estava ocupada ela foi atender, quando precisava eu atendia também, trabalhei muito como vendedora também, comecei assim para construir tudo oque eu tenho hoje.

- Chegou mais um cliente - Luísa fala

- Pode deixar que eu ajudo - Ela me encara - Fica tranquila\, estou aqui para isso também.

Era um homem e ele estava de Costa, mas era familiar, não sei porque.

- Boa tarde - Eu falo - Meu nome é Natália\, posso ajudar?

- Boa tarde - Ele fala se virando e eu encaro ele de braço cruzados.

- Você aqui? - Eu falo para ele

- Você não pode atender a Tais - Ele diz - Mas quis me atender?

- Todas as minhas vendedoras estão ocupadas - Eu falo para ele - Oque você deseja? Infernizar a minha vida mais uma vez?

- Quero comprar um presente - Ele fala

- Para sua esposa? - Eu pergunto

- Eu não tenho esposa - Ele fala - Mas não é para a Tais não  - Eu encaro Ele.

- Vai embora Marcos - Eu falo para ele

- Eu sou um cliente da sua loja e vou pagar pelo oque comprar - Ele fala até parecendo gente - Então\, Você vai me atender ou vou ter que ir em outra loja?

- Oque você procura? - Eu pergunto

- Um vestido talvez - Ele fala - Gosto de azul claro.

Eu sei. Ele me fazia vestir lingeries azul claro, eu tenho pavor desse tom.

- Nessa parte da loja tenho algumas opções nesse tom - Eu levo ele até lá e começo a mostrar os vestidos - Gostou de alguma das peças?

- Você poderia experimentar? - Ele fala me olhando

- Você tá de sacanagem  - Eu falo - Vai embora da minha loja.

- Quer mesmo me expulsar? Quer que eu faça um escândalo com a sua loja cheia de clientes? - Ele fala e eu encaro a loja que estava lotada.

- me acompanha  - Eu falo para ele indo até um provador que era só um\, longe dos outros e mais para o fundo da loja - Eu ainda não entendi oque você quer.

- Comprar um presente - Ele diz irônico.

Eu resolvi afastar ele do meio da loja para não ter problemas mais sérios.

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