capitulo 8

Danilo

Nem bem chego a sala e Willian já estava com as informações em mãos.

_Como me pediu, eu investiguei a vida de Alan de fio a pavio.

_Perfeito Willian venha para o escritório e aí você  me conta tudo o que descobriu desse repórter intrometido. 

Seguimos para o meu escritório e eu estou curioso para saber quem é esse Alan e porque se embrenhou entre duas máfias para xeretar.

Entramos e eu me sento, Willian prefere continuar em pé, ele começa a falar.

_Danilo eu descobri seu nome Alan Bianco idade 30 anos, perdeu os pais em uma guerra que quando criança ele acreditava ser de gangues e que quando cresceu descobriu ser de máfias rivais.

_Provavelmente Cosa Nostra e Colombo, nessa época meu pai era o líder dá Colombo.

_Ele tinha 10 anos quando o ocorreu. Só se salvou porque se escondeu entre o banco do passageiro e do motorista até a polícia chegar, mora com seus avós desde então. Seus avós venderam a casa para que no futuro ele tivesse uma renda para custear seus estudos.

_Danilo, você não vai gostar nada do que vou te contar agora sobre Alan.

Isso me preocupou, o que o Willian vai me contar sobre o Alan que prejudique a minha chefia da máfia?

_Willian, ele é policial, se formou em jornalismo e trabalha para a página policial do jornal Corriere de la Sierra. Essas duas profissões para nós mafiosos é perigosa, ele é policial e pode se defender com suas habilidades e como jornalista ele pode colher informações estando infiltrado com segurança no meio de bandidos.

Não foi o que me pareceu hoje, se ele tem experiência em se infiltrar provavelmente deixou ela em casa quando saiu.

_Danilo, se eu fosse você eu executava esse repórterzinho policial de merda, ele trará muita dor de cabeça para a máfia Colombo.

_Ei, só pedi para você investigar a vida dele, não pedi a sua opinião para o que eu devo ou não fazer com ele. Eu disse uma vez e não quero ter que repetir mais, o repórter é assunto meu e eu decido o que vou fazer ou não com ele. Ficou claro Willian, eu já havia te dito isso.

_Eu só achei que consideraria o meu conselho, Danilo jamais quiz passar por cima das suas ordens de chefe, afinal.

_O melhor que você tem a fazer Willian é ficar de boca fechada e cuidar doa negócios da nossa máfia. Deixa que do repórter eu cuido.

_Bom, Danilo, você  sabe o que faz e eu não vou me intrometer mais.

_Assim é melhor. Quero que faça uma coisa para mim Willian, fica de olho no Alan, eu o ameacei e acredito eu que ele não seria besta de tentar escapar. Mas como você me disse que ele é policial e muito provavelmente deve ser da polícia do estado, quero que o vigie, ele vai tentar dar uma de herói e eu tenho planos pessoais para ele.

_Pode deixar comigo Danilo.

Saio da presença do Willian, eu tenho planos para o Alan, eu me encantei por ele e quero ele para mim, para satisfazer os meus mais insanos desejos e para mim ele ser policial não muda nada, ele continua sendo imbecil e burro.

Eu posso ir à suíte e executá-lo agora mesmo, mais eu já tomei a minha decisão, eu vou mantê-lo em cativeiro. Eu não vou mentir, eu me encantei por aquele rosto de menina.

Vou vê-lo no quarto, eu fiquei de levar alguma coisa para ele comer e até agora não levei nada. Ele me tirou do sério a ponto de eu beijá-lo a força, meu beijo foi sua punição. Deixá-lo sem comer seria desumano.

Vou à cozinha e pego o prato que a cozinheira deixou preparado para mim, esquento no micro-ondas e levo a comida para ele, entro no quarto e ele me enfrenta:

_O que quer Danilo não acha que me deixar em cativeiro já não é o bastante?

_Deixar você em cativeiro é uma coisa Alan te matar de fome é outra entendeu!

_Eu quero que você se alimente, posso demonstrar com minhas palavras, o contrário, mas eu não sou uma pessoa ruim.

_Se não fosse ruim, me deixaria ir embora, Danilo.

_Não posso Alan, eu descobri que além de repórter você é policial, eu poderia te matar, mais uma força maior me impede. Você presenciou muita coisa.

_Eu não direi nada, me deixe ir, Danilo!

_Isso nunca, Alan se conforme você  é minha aquisição, minha propriedade.

_Ué, deixei de ser o seu bichinho de estimação?

Esse rapaz quer me tirar a sanidade mental, só pode ser.

_Você  é meu tudo, Alan, enfie isso nessa sua cabeça de policial de merda.

Deixo a comida em cima da cama e saio do quarto.

Eu saio para evitar beijá-lo novamente, eu preciso entender o que está acontecendo comigo. Ele me deixa atraído, isso é fato, mais já matei mesmo estando atraído e o Alan esse eu não consegui deixá-lo morrer e não consigo matá-l o. Eu poderia mandar um de meus subordinados fazerem por mim. _Mas de que adiantou eu salvar ele do tiroteio se eu o matar agora?

Vou para o escritório, ficar sozinho, eu preciso refletir sobre tudo o que aconteceu hoje.

Estava indo tudo tão bem até que esse repórterzinho de merda se colocou em meu caminho.

Me sento na cadeira e fico a pensar em tudo que o Willian me disse. Eu deveria matá-lo, mas não consigo e não quero.

Espero que ele se alimente, não quero que ele morra de inanição. Eu como chefe da máfia não deveria me importar, mais infelizmente me importa.

Eu era mais cruel, mas aqueles olhos me encantaram, fora a ousadia dele tirar fotos de um lugar aonde não era para ele nem chegar perto.

Entendo, ele e o motivo que o levou a seguir carreira na polícia, também é obvio ele não quer que ninguém passe a dor que ele passou, uma teria bonita mais que, na prática, não funciona assim, pois, pessoas morrem todo dia.

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