Criada na dor
Laura
- Aí meus pés -
Eu reclamo ao ter que fica novamente nas pontas dos pés, mais eu realmente não me importo de fazer ballet é melhor do que ter que ficar fazendo compras com minha madrasta e suas amigas, preferia ficar lendo, mais minha madrasta diz que mulheres como nós devem estar sempre na moda, não concordo acho que nós mulheres deveríamos fazer o que quiséssemos. Mais infelizmente não somos quaisquer mulheres,somos esposas, filhas,e futuras esposas de capos, Consigliere, Capitães e Soldados. Em resumo devemos ser burras e superficiais.
- Laura, foco! -
A minha professora grita, me tirando dos meus pensamentos.
- Desculpe -
- ok, ok por hoje é só querida -
Ela fala com um forte sotaque francês, até agora eu quero saber como pai deixou uma francesa me dar aula.
Me despeço da professora e vou ao vestiário me trocar, quando saio do vestiário dou de cara com os meus cunhados, Matteo Pagano ( Consigliere ) Romero Caccini ( Capitão ).
- O que vocês estão fazendo aqui?! -
- Oi pra você também -
Matteo diz, se aproximando e me dá um beijo na testa.
Me aproximo e dou um beijo na bochecha de Romero e de Matteo.
- Bom agora me digam o que vocês fazem aqui? vocês estão muito longe do território de vocês. E cadê as minhas irmãs? - Eu pergunto já impaciente.
- Bom querida, estamos aqui com o seu Capo, ele está aqui para... -
- Ele não é meu Capo -
- Para de me interromper, ele está aqui para resolver negócios -
- Na minha escola de ballet?! -
- Não, ele só está aqui por que queríamos te ver, mais acho que ele se perdeu procurando o banheiro - Romero quem diz. E eu dou uma risadinha.
- Você cresceu -
Uma voz rouca e grossa diz atrás de mim.
Finjo que não escuto e continuo falando com os meninos.
- Então Romero como está Liliana? -
Matteo dá um risadinha e diz
- Parece que ela não tem medo do nosso capo durão -
- Ela está bem - Romero diz sorrindo
Ele ama a minha irmã não dá pra não perceber
- E Gianna? -
- Estressando a merda fora de mim como sempre - Matteo diz todo bobo apaixonado, nem parece que mata as pessoas rindo.
- Bom meninos o papo tá ótimo mas já vou indo, mandem um beijo para as minhas irmãs, amo vocês -
Antes de ir embora escuto Luca dizer
- Tchau fujona - Ando o mas rápido que consigo, odeio ficar perto de Luca, e não por que não goste dele, me acostumei com ele, já que o mesmo é da minha família há anos, só que, tenho medo de ficar perto dele e ser obrigada a casar com ele, na máfia existem os motivos mas estranhos para casar uma mulher, e nem sempre a política e paz estão envolvidas nessas decisões.
Horas depois
Me sento atrás de minha escrivaninha, a uns anos tento entrar em contato com Viktor ou com Fabiano, isso se tornou quase impossível, ambos mantiam contato comigo, mais pararam sem nenhuma simples explicação, Fabiano é meu irmão e Viktor um amigo muito importante, pensando assim, percebo o quanto sou dependente, depois que minha mãe sumiu, só sobrou meus irmãos e eu, minhas irmãs foram forçadas a se casar, Fabiano foi expulso de nossa família, não sei os motivos até hoje, hoje todos eles são praticamente sobras, minhas irmãs quase não vem me ver, não culpo meus cunhados por não deixarem elas virem sem eles, se eu pudesse também não iria vir, pego meu celular e disco o número que tenho discado nós últimos 10 anos.
- Demorou para ligar - Dante diz do outro lado da linha, solto um suspiro.
- Na verdade, tentei não ligar, mas você sabe como é -
- Sim, eu sei - Ele sabe, há anos conversamos sobre como essa casa é vazia e solitária, conversamos sobre como eu poderia simplesmente me casar com o nosso primo e ficar mas perto deles, e há anos eu simplesmente nego.
- Como está Valentina? - Conversamos por horas, como sempre, Dante sempre foi paciente e calmo comigo, sempre impôs ao meu pai que esperasse um tempo para me casar com alguém.
- Que tal você dormir aqui hoje? Fazer a noite das meninas - Dante diz de repente.
- Tá bom -
- Você não vai negar? Você sempre nega - Sorrio.
- Hoje vou facilitar para você, para nós dois -
- Obrigada, daqui a 12 minutos estou aí - Moramos no mesmo Condomínio, só que Dante sempre faz questão de quê eu vá e volte com ele para casa.
30 mimutos
- Seu cabelo cresceu - Valentina diz.
- Ele só cresce - A mesma sorri para mim, Valentina é minha prima e Dante meu irmão, é uma história difícil de explicar, assim como o casamento do meu outro irmão com minha sobrinha que não é sobrinha dele mas é sobrinha de Dante, sim, minha família é assim.
- Alguma carta já foi respondida? - Valentina pergunta, a uns anos mando cartas para lugares aonde eu acho que minha mãe está, porém não tenho resposta, meu pai diz mamãe está morta, mas eu sei que não está, eu sinto que não está.
- Nada ainda -
- Podemos tentar a Rússia, as pessoas vão lá para se esconder e além do mais titia era russa certo? Alguém pode saber dela - Dou de ombros.
- Não sei -
- Vale a pena tentar, é uma possibilidade boa, mas mudando de assunto, Rocco já desistiu da idéia de casar você? - Nego, beberico meu café preto.
- Não sei, depois que Dante falou com ele, ele não me disse mas nada, na verdade ele tem me evitado e para ser sincera estou aliviada com isso, talvez eu consiga fugir -
- Vale mesmo a pena deixar sua família para trás e ser casada até á morte? Tem coisas que nem Dante pode controlar - Isso me faz pensar, realmente vale a pena cortar todo e qualquer laço com a minha família? Não, não vale.
- Queria ter sumido junto com mamãe -
- Mas não sumiu e sou grato por isso - Dante diz atrás de mim, sim, mesmo com tudo, até com as surras, sou grata por não ter sumido junto com a minha mãe, vi a felicidade de Liliana quando ela casou com o homem que amava, vi Gianna se apaixonando por alguém que disse que nunca ia se apaixonar, vi Dante se entregando para o amor pela segunda vez, vi coisas que fazem coisas ruins valerem a pena.
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Atualizado até capítulo 32
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